Economia Portuguesa e Europeia
Blogue de apoio à unidade curricular "Economia Portuguesa e Europeia"
quarta-feira, 14 de dezembro de 2022
sexta-feira, 11 de março de 2022
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022
¿Cuánta energía consumen tus electrodomésticos en casa?
Para responder a esta pregunta, es fundamental conocer la cantidad de consumo energético de tu hogar y además saber cómo se calcula este consumo, para así no solo tener como resultado el ahorro en tu próxima factura de la luz, sino también optimizar el uso de los recursos del planeta.
Nuestra factura de la luz se destina principalmente a la calefacción, y en segundo lugar a los electrodomésticos. Y te preguntarás, ¿cómo poder ahorrar en el consumo de energía de estos?, el primer paso, es encontrar el proveedor de luz adecuado y para ello puedes utilizar un comparador de luz, que te permitirá encontrar las mejores tarifas; luego es imprescindible saber cuánto consume cada uno de tus electrodomésticos y hacer un uso responsable, eficiente y adecuado.
El consumo energético de tu electrodomésticos varía según el modelo y la marca, es por este motivo que te recomendamos revisar la clasificación energética o la misma pegatina del electrodoméstico para que tengas un dato más exacto, sin embargo a continuación te mostramos el consumo promedio de cada uno:
Electrodoméstico | Consumo anual | Consumo anual aproximado (€) |
Nevera | 650 kWh/año | 84 |
Televisión | 263 kWh/año | 34 |
Lavadora | 500 kWh/año | 64 |
Secadora | 300 kWh/año | 39 |
Lavavajillas | 300 kWh/año | 39 |
Aire acondicionado | 3000 kWh/año | 385 |
Horno Eléctrico | 231 kWh/año | 30 |
Stand by | 231 kWh/año | 30 |
Plancha* | 3000 W | |
Aspiradora* | 1600 W | |
Tostadora* | 1500 W | |
Vitrocerámica* | 2000 W | |
Secadora de pelo* | 3000 W | |
Microondas* | 1500 W | |
Estufa* | 2000 W | |
Bombillas* | 40 W |
*Al ser un electrodoméstico que no se usa de manera continua no se puede medir el consumo en kWh/año
¿Cómo calcular el consumo energético?: Fórmula para calcular el consumo de un electrodoméstico
Para poder calcular cuánta energía consumimos, debemos conocer cómo contabilizar la cantidad de kilovatios (kWh) que un electrodoméstico o cualquier aparato electrónico ha consumido, y se tiene que aplicar con una fórmula, de la siguiente manera:
Energía Consumida = Potencia eléctrica (kW) x Tiempo de utilización (h)
Al tener la energía consumida en kilovatios (kWh) procederemos a calcular cuánto nos costaría utilizar este artefacto, multiplicándose con el precio de la luz, como por ejemplo:
Potencia eléctrica (1 kW) x Tiempo de utilización (5 h) x Precio de la luz (0.14791 €/kWh) = 0.74 €
Esto quiere decir que, al usar 5 horas este artefacto eléctrico habremos gastado 0.74 € de nuestro presupuesto. Cabe destacar que, dentro de tu factura de luz se integran otro tipo de conceptos que veremos más adelante y que pueden aumentar el pago a fin de mes, por ello te recomendamos darte de alta a luz con el mejor proveedor.
Si quieres contratar la mejor tarifa de luz para tí, te recomendamos asesorarte con uno de nuestros expertos.
¿Cuánto se gasta de electricidad en un año?
Según las estadísticas, se sabe que, la media de consumo anual por cada hogar es de aproximadamente 3,487 kWh, de los cuales, un 25% corresponde con el consumo de electricidad. Por lo que, esto supondría un costo a cada familia cerca de unos 990 euros anuales, mientras que una vivienda unifamiliar requiere un poco más de consumo y puede llegar hasta los 3,754 kWh/año, que son cerca de 1,070 euros anuales.
A continuación podrás ver un aproximado del consumo energético por el tipo de familia y cantidad de personas que viven en una casa:
Una persona, 2,198 kWh/año.
Dos personas, 2,450 kWh/año.
Tres personas, 2,703 kWh/año.
Cuatro personas, 2,956 kWh/año.
Cinco personas, 3,208 kWh/año.
La verdad es que, muchas veces, es complicado saber exactamente cuánto de electricidad gastamos diariamente, ya que los recibos de luz integran conceptos como el término de potencia contratada, alquiler del contador, impuestos sobre la electricidad, entre otros, que aumentan la tarifa que se paga al mes.
¿Qué es el consumo fantasma y cuánto aumenta la factura de luz?
Finalmente, es importante conocer acerca del consumo fantasma de electricidad, esta es la cantidad de electricidad que están gastando los dispositivos conectados a la corriente en standby o prendidos sin utilizarse, como por ejemplo, los cargadores móviles, el LED de la televisión, una consola de playstation apagada, el decodificador de la tv, etc. Si bien el mayor consumo es el de los electrodomésticos, se recomienda tener estos consumos controlados ya que suponen alrededor de 3000 kWh al año aproximadamente.
Si tu objetivo es tener un consumo responsable de energía, te recomendamos que no dejes ningún aparato en modo fantasma y que lo apagues de forma completa, y si es posible desconectarlo de la corriente eléctrica. Debido a que, al estar conectado sigue consumiendo kWh, y por tanto, sigue aumentando el consumo del hogar en tu hogar.
Fuente: https://www.companias-de-luz.
terça-feira, 11 de janeiro de 2022
Conta bancária de serviços mínimos: forte potencial, pouca visibilidade
Ao longo dos anos, os produtos
bancários sofreram alterações substanciais nos custos que acarretam para os
consumidores. As mensalidades, anuidades e até mesmo as comissões exigidas
pelos bancos têm-se mostrado imparáveis, alcançando novos máximos ao longo do
tempo. Assim, tornou-se determinante encontrar uma solução para esta
problemática, um novo produto que garanta que as pessoas com menos
possibilidades também possam possuir uma conta bancária à ordem. Mas será que
todos os cidadãos têm conhecimento deste serviço?
Segundo dados disponibilizados pela
Lusa, até setembro de 2021, as comissões dos principais bancos tinham subido
cerca de 10,8% no ano, em comparação com o período homólogo de 2020,
correspondendo a 1.453,2 milhões de euros em comissões apenas referentes aos
cinco principais bancos portugueses (BCP, Caixa Geral de Depósitos (CGD),
Santander Totta, Novo Banco e BPI). Assim, com estas variações nos custos de
manutenção das contas à ordem tradicionais, houve uma contínua busca dos
consumidores por produtos de manutenção mais baratos e que, complementarmente,
suprissem as suas necessidades básicas.
Uma conta de serviços mínimos é
definida como uma conta à ordem que engloba os serviços bancários considerados
indispensáveis, a custo reduzido. Legalmente, a comissão de manutenção de uma
conta desta tipologia, no ano de 2022, não pode superar os 4,43€ - 1% do
indexante dos apoios sociais para este mesmo ano -, o que não incentiva,
propriamente, os bancos a publicitar e a estimular a sua adesão. Contudo, os
números falam por si – o número de contas abertas deste tipo passou das 1000,
no início deste milénio, para as 141 000, em 2021 -, mostrando o aumento
da instrução da população acerca deste produto obrigatório em todas as unidades
bancárias.
Pelo nome que acarreta, é usual
pensar-se que este tipo de contas apresenta um conjunto muito reduzido de
operações, no entanto, este tem vindo a sofrer sucessivas atualizações, sendo
que, neste momento, apresenta uma boa panóplia de serviços, já incluindo a
possibilidade de transferências interbancárias através de homebanking e, ainda, transferências limitadas através de
aplicações de terceiros, nomeadamente, MB WAY. Tal melhoria tem vindo a aliciar
os consumidores a optar por este tipo de serviços, contudo, a existência de
barreiras ao acesso a este leva a que a maioria dos portugueses não possa abrir
uma conta de serviços mínimos, nomeadamente por já possuir outra(s) conta(s) à
ordem no sistema bancário.
Em termos de poupança, esta é, sem
dúvida, a melhor opção no mercado, sendo que a poupança pode chegar aos 91
euros anuais, quando comparada a contas à ordem tradicionais. Em 2021, foram
comparados os custos anuais de uma conta de serviços mínimos com a respetiva
conta à ordem mais barata dos diferentes bancos, sendo que ficou claro que o
banco mais barato e onde não há qualquer diferença de custos entre as duas
tipologias de conta é o Activo Bank, sendo o custo de manutenção das duas
contas igual a zero. Por outro lado, o banco mais caro é o Santander, onde a
conta à ordem tradicional mais barata se situava nos 137.28€ - cerca de 86€
mais cara que a respetiva conta de serviços mínimos.
De um ponto de vista pessoal,
considero que deveriam ser realizadas ações de sensibilização acerca desta opção
bancária junto dos consumidores. Apesar do aumento no número de contas ativas,
não há dúvida que os bancos não publicitam este produto, tentando que os
clientes optem por contas tradicionais, cujas comissões são bem mais aliciantes
para as estruturas bancárias. Adicionalmente, considero que rever as regras de
acesso a este serviço – principalmente, a obrigação dos indivíduos não
possuírem nenhuma outra conta no sistema bancário - seria importante. Uma conta
de serviços mínimos é uma verdadeira alternativa a contas tradicionais, sendo
que a possibilidade de adesão a estas por uma maior parcela da população é, a
meu ver, o caminho mais assertivo.
Marta Miranda
[artigo de opinião desenvolvido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
Crescimento Económico Europeu
O crescimento económico europeu tem vindo a definir o peso da
Europa na economia global. É um facto que o seu ritmo de crescimento é mais
lento que o dos Estados Unidos da América, e ainda mais lento que o da economia
chinesa, no entanto, este acontecimento não é novidade. Em causa está a
diferença entre os modelos económicos, as instituições, a demografia e os
equilíbrios sociais. Isso explica o porquê deste fenómeno de crescimento díspar.
Até à atualidade, a economia norte-americana é uma das mais
desenvolvidas do mundo, com um elevado nível de produção e do Produto Interno
Bruto per capita. Mantém um
crescimento médio anual de 1,8% desde 2010, ao passo que a Europa opera a
metade desse valor, com um crescimento médio anual de 0,9%. Facilmente
denotamos uma assimetria do crescimento destas economias, que visto a
médio-prazo são apenas umas décimas de diferença, no entanto, esta disparidade
tem tendência a aumentar no longo-prazo.
Em particular, o período da crise financeira de 2008 denota
grande importância para explicar essa diferença de desenvolvimento. A Europa
priorizou o equilíbrio em vez do crescimento, apostando na estabilidade das
finanças públicas e numa política monetária bastante rigorosa, com vista a um
crescimento mais rápido no futuro, no entanto, este crescimento nunca se
verificou. Metade dos países da Europa registaram valores da dívida pública, em
percentagem do PIB, superiores a 100%, como é o caso dos países do Sul. Estes
países, que à partida teriam maior potencialidade de crescimento económico, uma
vez que partem de níveis de rendimento mais baixos, acabaram por divergir do
resto da União Europeia. Este pobre desempenho não só não contribuiu para o
desenvolvimento europeu como agravou a média.
Numa opinião pessoal, a dificuldade de
adaptação por parte da Europa às condições de crescimento da economia é também
em grande parte suportada pelas questões demográficas. Particularmente, por
cada 100 jovens portugueses, há 182 idosos atualmente (23,4% da população
residente — Censos 2021).
Efetivamente, o envelhecimento da população implica uma redução da
produtividade, o que exige um aumento da despesa pública ao nível das pensões.
Já o mercado de trabalho norte-americano atrai imigrantes de todo o mundo,
tendo este uma das taxas mais elevadas ao nível da imigração mundial. O seu
grande dinamismo empresarial capta profissionais mais qualificados, como
população de 1ª geração, capaz de vingar mais facilmente no país.
O continente europeu assenta numa
forte base de apoio social, nomeadamente ao nível da saúde e da educação.
Particularmente, Portugal padece significativamente neste aspeto, sendo um dos
países da UE menos educado, contudo, tem tido uma evolução bastante considerável.
A Europa mantém ainda uma preocupação ética em liderar áreas como a sustentabilidade
e o ambientalismo, ainda que o mundo não acompanhe este ideal, como é o caso
americano que pouco ou nada investe nesse sentido, e cujo retorno económico não
iguala (nem de perto nem de longe) o investimento. Daí o lento progresso.
Neste sentido, precisamos de encontrar soluções que tornem as
necessidades sociais compatíveis com a eficiência económica, por via do
investimento na educação e na investigação científica. Efetivamente, a UE criou
o Plano de Recuperação para a Europa, que
considera esta abordagem. A par da recuperação económica, o programa visa
viabilizar uma recuperação sustentável e resiliente dos Estados-Membros, bem
como a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos da UE, sustentando uma
transição ecológica e digital das economias da UE.
Assim, do ponto de vista pessoal, penso que estes aspetos
apresentam ser um método eficiente e eficaz, capazes de proporcionar um
crescimento económico consistente e sustentável e efetivamente destacar a
Europa.
Bruna Oliveira
[artigo de opinião desenvolvido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
As dificuldades atuais dos jovens trabalhadores
“Três em cada quatro jovens ganham menos de 950 euros”. Este é um dos vários títulos de notícias que têm vindo a ser publicadas nos media acerca da temática dos salários baixos e instabilidade do mercado para a faixa etária entre os 15 e 34 anos. Temos vindo a observar um aumento exponencial na formação dos jovens, na criação maciça de mão-de-obra qualificada e pronta a operar nas diversas áreas. No entanto, tal crescimento das qualificações académicas não está sempre aliado nem a remunerações justas nem a empregos estáveis. Estará Portugal a perceber as consequências desta falta de evolução e organização do mercado?
Através
de dados conseguidos no estudo “Os jovens em Portugal, hoje”, liderado pela
Fundação Francisco Manuel dos Santos, foi possível determinar que metade dos
jovens apresenta trabalho pago, enquanto os restantes não. Dentro da metade
remunerada, que corresponderá a 1,1 milhões de jovens, é onde se enfatiza os
salários baixos praticados no mercado, assim como a instabilidade dos empregos.
Cerca de três quartos dos jovens – 72%, se quisermos analisar em valores
concretos – não recebem mais de 950 euros líquidos por mês, sendo que a maior
parcela de jovens (30%) acaba mesmo por apenas auferir entre 601 e 767 euros
líquidos mensais. Se já não fossem suficientes os salários reduzidos praticados
no mercado de trabalho, mais de metade (51%) encontra-se em situações de
emprego precário e onde o vínculo contratual é instável.
Esta
conjuntura salarial afeta diretamente a qualidade de vida dos jovens, limitando
as opções viáveis que estes podem suportar. Neste mesmo estudo, ficou
comprovado que apenas 19% dos jovens vive confortavelmente com o que ganha e,
complementarmente, 40% não se sente realizado no seu emprego, o que deixa no ar
uma preocupação imensa sobre o futuro da geração ativa mais jovem.
Um
dos projetos que é mais adiado pelos jovens nestas condições é a saída de casa
dos pais – em média, os jovens tendem a sair de casa dos pais pelos 30 anos,
valor este superior à média europeia (27 anos), o que, consequentemente, coloca
Portugal como o quinto país onde os jovens saem mais tardiamente de casa. Esta
situação pode ser justificada, em parte, pelo fraco conforto financeiro atual
dos indivíduos na faixa etária entre os 15 e 34 anos, o que os impede de aderir
a novos projetos pessoais e profissionais, levando ao seu adiamento por tempo
indeterminado.
Por
outro lado, a insatisfação e visão negativista desta faixa etária em relação ao
mercado de trabalho português pode ser vista como um incentivo à emigração.
Apesar de não haver dados muito alarmantes sobre esta possível tendência – é
evidenciado que os jovens aceitam muito mais facilmente a ideia da mobilidade
em Portugal, em comparação com a ideia de se deslocarem para o estrangeiro –
ainda, é atingido o patamar dos 30%, valor este de que transparece a quantidade
de jovens que se mostrou totalmente disponível para emigrar.
Assim,
tendo em conta a problemática evidenciada, considero que o mercado de trabalho
português não incentiva os jovens a escolher Portugal como país impulsionador
da sua carreira profissional. Portugal investe cada vez mais na educação da sua
população, contudo, a fraca consistência do mercado não gera os incentivos
necessários para que a mão-de-obra qualificada, cuja educação foi parcialmente
sustentada pelo Estado, encare o mercado de trabalho português com positivismo.
A
meu ver, rever os salários praticados no mercado, assim como a estabilidade dos
empregos, que, atualmente, se mostra difícil de se conseguir para os que
iniciam a sua vida adulta, seria importante. A revisão de regras já existentes acerca
das diversas situações salariais, levando a uma distribuição mais justa dos
indivíduos em termos do respetivo salário e à tentativa de aumento da média
salarial portuguesa, seriam determinantes na solução deste problema.
Marta Miranda
[artigo de opinião desenvolvido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
segunda-feira, 10 de janeiro de 2022
O plano “Reativar Turismo|Construir Futuro”
O turismo foi um dos setores que mais evoluiu ao longo dos tempos, sendo, atualmente, reconhecido com um dos setores prioritários para o desenvolvimento do país, principalmente no que se reporta à produção de riqueza e emprego. Com isto, podemos afirmar que economia portuguesa é muito dependente do setor turístico e este é um dos que mais influencia o PIB português.
Com
a chegada do COVID-19 ao nosso país, o setor foi o que mais sofreu, o que,
consequentemente, provocou graves consequências na economia portuguesa, o que
fez com que o Governo sentisse a necessidade de criar uma estratégia para a
recuperação deste setor. Com este propósito, aprovou-se o plano “Reativar
Turismo|Construir Futuro”, o qual pretende responder às necessidades imediatas
do setor, apoiar a fase de retoma que se acompanhará e potencializar ainda mais
o valor do turismo na economia nacional. Ou seja, “pretende ser um guião orientador para o setor turístico,
público e privado, cujas ações estão totalmente integradas com os objetivos do
Plano de Recuperação e Resiliência e da Estratégia Portugal 2030, assegurando
assim uma estratégia concertada para a retoma da economia nacional” (Turismo de
Portugal, 2021).
O
mesmo incide em quatro pilares: apoiar empresas, fomentar segurança, gerar
negócio e construir futuro. Estes são compostos por ações particulares que, a
curto, médio e longo prazos, possibilitarão renovar o setor e posicioná-lo num nível
superior de geração de valor e, ao mesmo tempo, cooperar de forma clara para o
crescimento do PIB e para uma distribuição mais justa da riqueza.
O
primeiro tenciona ajudar as empresas, tanto a nível financeiro, com o uso de instrumentos
flexíveis e adaptados às exigências do momento, como ao nível da estratégia
operacional, mantendo a cadeia de valor disponível e preparada para retomar a
atividade. Já o pilar de fomentar a segurança incentiva ações de segurança no
setor turístico, preparando as empresas para responderem às novas necessidades
dos turistas. Quanto à geração de negócio, este, como o nome indica, tem como
objetivo gerar negócio a curto ou médio/longo prazos através da promoção dos
mercados, devolução da conectividade e facilitação da compra. Por último temos
o pilar construir futuro, o qual possui projetos que permitem a aceleração da
construção de um turismo mais inteligente, responsável e sustentável.
Tudo
isto é criado para atingir um objetivo, ultrapassar, em 2027, os 27 mil milhões
de euros de receitas turísticas, a partir de uma gestão sustentável, através da
diversificação de mercados e segmentos e de uma gestão cuidada da riqueza e do
bem-estar em todo o território, tendo um orçamento previsto de, aproximadamente,
6 mil milhões de euros.
Para
mim, esta estratégia adotada pelo Governo está bem idealizada, uma vez que,
para além de ajudar o setor a alcançar os valores da época pré-Covid, ainda
promove uma evolução muito significativa do mesmo, principalmente a nível
tecnológico. O único entrave que vejo no plano é o facto da Covid-19 ainda não
ter acabado e ser imprevisível, o que pode causar uma menor efetividade do
mesmo. No entanto, pode-se reduzir esta consequência através da revisão do
mesmo, por exemplo, em 2024, e de uma possível adaptação. Para além disso, acho
que devia ser mais publicitado e ter uma explicação mais detalhada sobre as
várias medidas adotadas, para que todos os indivíduos que possam estar
envolvidos neste tenham uma melhor compreensão do mesmo. Indico isto pois,
apesar de agora haver mais informação, numa fase inicial esta era muito
reduzida e era difícil saber, especificamente, como é que iam ser aplicados os
vários pontos do plano.
Só
queria então concluir dizendo que, apesar do setor turístico e da economia
terem sido bastante afetados com a pandemia, a mesma também nos fez evoluir e
reconhecer novos métodos e estratégias, como o caso do plano “Reativar Turismo|Construir
Futuro”, que nos pode elevar para um novo patamar.
Bárbara Labajos
[artigo de opinião desenvolvido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]