Blogue de apoio à unidade curricular "Economia Portuguesa e Europeia"
quarta-feira, 14 de dezembro de 2022
sexta-feira, 11 de março de 2022
quarta-feira, 9 de fevereiro de 2022
¿Cuánta energía consumen tus electrodomésticos en casa?
Para responder a esta pregunta, es fundamental conocer la cantidad de consumo energético de tu hogar y además saber cómo se calcula este consumo, para así no solo tener como resultado el ahorro en tu próxima factura de la luz, sino también optimizar el uso de los recursos del planeta.
Nuestra factura de la luz se destina principalmente a la calefacción, y en segundo lugar a los electrodomésticos. Y te preguntarás, ¿cómo poder ahorrar en el consumo de energía de estos?, el primer paso, es encontrar el proveedor de luz adecuado y para ello puedes utilizar un comparador de luz, que te permitirá encontrar las mejores tarifas; luego es imprescindible saber cuánto consume cada uno de tus electrodomésticos y hacer un uso responsable, eficiente y adecuado.
El consumo energético de tu electrodomésticos varía según el modelo y la marca, es por este motivo que te recomendamos revisar la clasificación energética o la misma pegatina del electrodoméstico para que tengas un dato más exacto, sin embargo a continuación te mostramos el consumo promedio de cada uno:
Electrodoméstico | Consumo anual | Consumo anual aproximado (€) |
Nevera | 650 kWh/año | 84 |
Televisión | 263 kWh/año | 34 |
Lavadora | 500 kWh/año | 64 |
Secadora | 300 kWh/año | 39 |
Lavavajillas | 300 kWh/año | 39 |
Aire acondicionado | 3000 kWh/año | 385 |
Horno Eléctrico | 231 kWh/año | 30 |
Stand by | 231 kWh/año | 30 |
Plancha* | 3000 W | |
Aspiradora* | 1600 W | |
Tostadora* | 1500 W | |
Vitrocerámica* | 2000 W | |
Secadora de pelo* | 3000 W | |
Microondas* | 1500 W | |
Estufa* | 2000 W | |
Bombillas* | 40 W |
*Al ser un electrodoméstico que no se usa de manera continua no se puede medir el consumo en kWh/año
¿Cómo calcular el consumo energético?: Fórmula para calcular el consumo de un electrodoméstico
Para poder calcular cuánta energía consumimos, debemos conocer cómo contabilizar la cantidad de kilovatios (kWh) que un electrodoméstico o cualquier aparato electrónico ha consumido, y se tiene que aplicar con una fórmula, de la siguiente manera:
Energía Consumida = Potencia eléctrica (kW) x Tiempo de utilización (h)
Al tener la energía consumida en kilovatios (kWh) procederemos a calcular cuánto nos costaría utilizar este artefacto, multiplicándose con el precio de la luz, como por ejemplo:
Potencia eléctrica (1 kW) x Tiempo de utilización (5 h) x Precio de la luz (0.14791 €/kWh) = 0.74 €
Esto quiere decir que, al usar 5 horas este artefacto eléctrico habremos gastado 0.74 € de nuestro presupuesto. Cabe destacar que, dentro de tu factura de luz se integran otro tipo de conceptos que veremos más adelante y que pueden aumentar el pago a fin de mes, por ello te recomendamos darte de alta a luz con el mejor proveedor.
Si quieres contratar la mejor tarifa de luz para tí, te recomendamos asesorarte con uno de nuestros expertos.
¿Cuánto se gasta de electricidad en un año?
Según las estadísticas, se sabe que, la media de consumo anual por cada hogar es de aproximadamente 3,487 kWh, de los cuales, un 25% corresponde con el consumo de electricidad. Por lo que, esto supondría un costo a cada familia cerca de unos 990 euros anuales, mientras que una vivienda unifamiliar requiere un poco más de consumo y puede llegar hasta los 3,754 kWh/año, que son cerca de 1,070 euros anuales.
A continuación podrás ver un aproximado del consumo energético por el tipo de familia y cantidad de personas que viven en una casa:
Una persona, 2,198 kWh/año.
Dos personas, 2,450 kWh/año.
Tres personas, 2,703 kWh/año.
Cuatro personas, 2,956 kWh/año.
Cinco personas, 3,208 kWh/año.
La verdad es que, muchas veces, es complicado saber exactamente cuánto de electricidad gastamos diariamente, ya que los recibos de luz integran conceptos como el término de potencia contratada, alquiler del contador, impuestos sobre la electricidad, entre otros, que aumentan la tarifa que se paga al mes.
¿Qué es el consumo fantasma y cuánto aumenta la factura de luz?
Finalmente, es importante conocer acerca del consumo fantasma de electricidad, esta es la cantidad de electricidad que están gastando los dispositivos conectados a la corriente en standby o prendidos sin utilizarse, como por ejemplo, los cargadores móviles, el LED de la televisión, una consola de playstation apagada, el decodificador de la tv, etc. Si bien el mayor consumo es el de los electrodomésticos, se recomienda tener estos consumos controlados ya que suponen alrededor de 3000 kWh al año aproximadamente.
Si tu objetivo es tener un consumo responsable de energía, te recomendamos que no dejes ningún aparato en modo fantasma y que lo apagues de forma completa, y si es posible desconectarlo de la corriente eléctrica. Debido a que, al estar conectado sigue consumiendo kWh, y por tanto, sigue aumentando el consumo del hogar en tu hogar.
Fuente: https://www.companias-de-luz.
terça-feira, 11 de janeiro de 2022
Conta bancária de serviços mínimos: forte potencial, pouca visibilidade
Ao longo dos anos, os produtos
bancários sofreram alterações substanciais nos custos que acarretam para os
consumidores. As mensalidades, anuidades e até mesmo as comissões exigidas
pelos bancos têm-se mostrado imparáveis, alcançando novos máximos ao longo do
tempo. Assim, tornou-se determinante encontrar uma solução para esta
problemática, um novo produto que garanta que as pessoas com menos
possibilidades também possam possuir uma conta bancária à ordem. Mas será que
todos os cidadãos têm conhecimento deste serviço?
Segundo dados disponibilizados pela
Lusa, até setembro de 2021, as comissões dos principais bancos tinham subido
cerca de 10,8% no ano, em comparação com o período homólogo de 2020,
correspondendo a 1.453,2 milhões de euros em comissões apenas referentes aos
cinco principais bancos portugueses (BCP, Caixa Geral de Depósitos (CGD),
Santander Totta, Novo Banco e BPI). Assim, com estas variações nos custos de
manutenção das contas à ordem tradicionais, houve uma contínua busca dos
consumidores por produtos de manutenção mais baratos e que, complementarmente,
suprissem as suas necessidades básicas.
Uma conta de serviços mínimos é
definida como uma conta à ordem que engloba os serviços bancários considerados
indispensáveis, a custo reduzido. Legalmente, a comissão de manutenção de uma
conta desta tipologia, no ano de 2022, não pode superar os 4,43€ - 1% do
indexante dos apoios sociais para este mesmo ano -, o que não incentiva,
propriamente, os bancos a publicitar e a estimular a sua adesão. Contudo, os
números falam por si – o número de contas abertas deste tipo passou das 1000,
no início deste milénio, para as 141 000, em 2021 -, mostrando o aumento
da instrução da população acerca deste produto obrigatório em todas as unidades
bancárias.
Pelo nome que acarreta, é usual
pensar-se que este tipo de contas apresenta um conjunto muito reduzido de
operações, no entanto, este tem vindo a sofrer sucessivas atualizações, sendo
que, neste momento, apresenta uma boa panóplia de serviços, já incluindo a
possibilidade de transferências interbancárias através de homebanking e, ainda, transferências limitadas através de
aplicações de terceiros, nomeadamente, MB WAY. Tal melhoria tem vindo a aliciar
os consumidores a optar por este tipo de serviços, contudo, a existência de
barreiras ao acesso a este leva a que a maioria dos portugueses não possa abrir
uma conta de serviços mínimos, nomeadamente por já possuir outra(s) conta(s) à
ordem no sistema bancário.
Em termos de poupança, esta é, sem
dúvida, a melhor opção no mercado, sendo que a poupança pode chegar aos 91
euros anuais, quando comparada a contas à ordem tradicionais. Em 2021, foram
comparados os custos anuais de uma conta de serviços mínimos com a respetiva
conta à ordem mais barata dos diferentes bancos, sendo que ficou claro que o
banco mais barato e onde não há qualquer diferença de custos entre as duas
tipologias de conta é o Activo Bank, sendo o custo de manutenção das duas
contas igual a zero. Por outro lado, o banco mais caro é o Santander, onde a
conta à ordem tradicional mais barata se situava nos 137.28€ - cerca de 86€
mais cara que a respetiva conta de serviços mínimos.
De um ponto de vista pessoal,
considero que deveriam ser realizadas ações de sensibilização acerca desta opção
bancária junto dos consumidores. Apesar do aumento no número de contas ativas,
não há dúvida que os bancos não publicitam este produto, tentando que os
clientes optem por contas tradicionais, cujas comissões são bem mais aliciantes
para as estruturas bancárias. Adicionalmente, considero que rever as regras de
acesso a este serviço – principalmente, a obrigação dos indivíduos não
possuírem nenhuma outra conta no sistema bancário - seria importante. Uma conta
de serviços mínimos é uma verdadeira alternativa a contas tradicionais, sendo
que a possibilidade de adesão a estas por uma maior parcela da população é, a
meu ver, o caminho mais assertivo.
Marta Miranda
[artigo de opinião desenvolvido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
Crescimento Económico Europeu
O crescimento económico europeu tem vindo a definir o peso da
Europa na economia global. É um facto que o seu ritmo de crescimento é mais
lento que o dos Estados Unidos da América, e ainda mais lento que o da economia
chinesa, no entanto, este acontecimento não é novidade. Em causa está a
diferença entre os modelos económicos, as instituições, a demografia e os
equilíbrios sociais. Isso explica o porquê deste fenómeno de crescimento díspar.
Até à atualidade, a economia norte-americana é uma das mais
desenvolvidas do mundo, com um elevado nível de produção e do Produto Interno
Bruto per capita. Mantém um
crescimento médio anual de 1,8% desde 2010, ao passo que a Europa opera a
metade desse valor, com um crescimento médio anual de 0,9%. Facilmente
denotamos uma assimetria do crescimento destas economias, que visto a
médio-prazo são apenas umas décimas de diferença, no entanto, esta disparidade
tem tendência a aumentar no longo-prazo.
Em particular, o período da crise financeira de 2008 denota
grande importância para explicar essa diferença de desenvolvimento. A Europa
priorizou o equilíbrio em vez do crescimento, apostando na estabilidade das
finanças públicas e numa política monetária bastante rigorosa, com vista a um
crescimento mais rápido no futuro, no entanto, este crescimento nunca se
verificou. Metade dos países da Europa registaram valores da dívida pública, em
percentagem do PIB, superiores a 100%, como é o caso dos países do Sul. Estes
países, que à partida teriam maior potencialidade de crescimento económico, uma
vez que partem de níveis de rendimento mais baixos, acabaram por divergir do
resto da União Europeia. Este pobre desempenho não só não contribuiu para o
desenvolvimento europeu como agravou a média.
Numa opinião pessoal, a dificuldade de
adaptação por parte da Europa às condições de crescimento da economia é também
em grande parte suportada pelas questões demográficas. Particularmente, por
cada 100 jovens portugueses, há 182 idosos atualmente (23,4% da população
residente — Censos 2021).
Efetivamente, o envelhecimento da população implica uma redução da
produtividade, o que exige um aumento da despesa pública ao nível das pensões.
Já o mercado de trabalho norte-americano atrai imigrantes de todo o mundo,
tendo este uma das taxas mais elevadas ao nível da imigração mundial. O seu
grande dinamismo empresarial capta profissionais mais qualificados, como
população de 1ª geração, capaz de vingar mais facilmente no país.
O continente europeu assenta numa
forte base de apoio social, nomeadamente ao nível da saúde e da educação.
Particularmente, Portugal padece significativamente neste aspeto, sendo um dos
países da UE menos educado, contudo, tem tido uma evolução bastante considerável.
A Europa mantém ainda uma preocupação ética em liderar áreas como a sustentabilidade
e o ambientalismo, ainda que o mundo não acompanhe este ideal, como é o caso
americano que pouco ou nada investe nesse sentido, e cujo retorno económico não
iguala (nem de perto nem de longe) o investimento. Daí o lento progresso.
Neste sentido, precisamos de encontrar soluções que tornem as
necessidades sociais compatíveis com a eficiência económica, por via do
investimento na educação e na investigação científica. Efetivamente, a UE criou
o Plano de Recuperação para a Europa, que
considera esta abordagem. A par da recuperação económica, o programa visa
viabilizar uma recuperação sustentável e resiliente dos Estados-Membros, bem
como a melhoria da qualidade de vida dos cidadãos da UE, sustentando uma
transição ecológica e digital das economias da UE.
Assim, do ponto de vista pessoal, penso que estes aspetos
apresentam ser um método eficiente e eficaz, capazes de proporcionar um
crescimento económico consistente e sustentável e efetivamente destacar a
Europa.
Bruna Oliveira
[artigo de opinião desenvolvido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
As dificuldades atuais dos jovens trabalhadores
“Três em cada quatro jovens ganham menos de 950 euros”. Este é um dos vários títulos de notícias que têm vindo a ser publicadas nos media acerca da temática dos salários baixos e instabilidade do mercado para a faixa etária entre os 15 e 34 anos. Temos vindo a observar um aumento exponencial na formação dos jovens, na criação maciça de mão-de-obra qualificada e pronta a operar nas diversas áreas. No entanto, tal crescimento das qualificações académicas não está sempre aliado nem a remunerações justas nem a empregos estáveis. Estará Portugal a perceber as consequências desta falta de evolução e organização do mercado?
Através
de dados conseguidos no estudo “Os jovens em Portugal, hoje”, liderado pela
Fundação Francisco Manuel dos Santos, foi possível determinar que metade dos
jovens apresenta trabalho pago, enquanto os restantes não. Dentro da metade
remunerada, que corresponderá a 1,1 milhões de jovens, é onde se enfatiza os
salários baixos praticados no mercado, assim como a instabilidade dos empregos.
Cerca de três quartos dos jovens – 72%, se quisermos analisar em valores
concretos – não recebem mais de 950 euros líquidos por mês, sendo que a maior
parcela de jovens (30%) acaba mesmo por apenas auferir entre 601 e 767 euros
líquidos mensais. Se já não fossem suficientes os salários reduzidos praticados
no mercado de trabalho, mais de metade (51%) encontra-se em situações de
emprego precário e onde o vínculo contratual é instável.
Esta
conjuntura salarial afeta diretamente a qualidade de vida dos jovens, limitando
as opções viáveis que estes podem suportar. Neste mesmo estudo, ficou
comprovado que apenas 19% dos jovens vive confortavelmente com o que ganha e,
complementarmente, 40% não se sente realizado no seu emprego, o que deixa no ar
uma preocupação imensa sobre o futuro da geração ativa mais jovem.
Um
dos projetos que é mais adiado pelos jovens nestas condições é a saída de casa
dos pais – em média, os jovens tendem a sair de casa dos pais pelos 30 anos,
valor este superior à média europeia (27 anos), o que, consequentemente, coloca
Portugal como o quinto país onde os jovens saem mais tardiamente de casa. Esta
situação pode ser justificada, em parte, pelo fraco conforto financeiro atual
dos indivíduos na faixa etária entre os 15 e 34 anos, o que os impede de aderir
a novos projetos pessoais e profissionais, levando ao seu adiamento por tempo
indeterminado.
Por
outro lado, a insatisfação e visão negativista desta faixa etária em relação ao
mercado de trabalho português pode ser vista como um incentivo à emigração.
Apesar de não haver dados muito alarmantes sobre esta possível tendência – é
evidenciado que os jovens aceitam muito mais facilmente a ideia da mobilidade
em Portugal, em comparação com a ideia de se deslocarem para o estrangeiro –
ainda, é atingido o patamar dos 30%, valor este de que transparece a quantidade
de jovens que se mostrou totalmente disponível para emigrar.
Assim,
tendo em conta a problemática evidenciada, considero que o mercado de trabalho
português não incentiva os jovens a escolher Portugal como país impulsionador
da sua carreira profissional. Portugal investe cada vez mais na educação da sua
população, contudo, a fraca consistência do mercado não gera os incentivos
necessários para que a mão-de-obra qualificada, cuja educação foi parcialmente
sustentada pelo Estado, encare o mercado de trabalho português com positivismo.
A
meu ver, rever os salários praticados no mercado, assim como a estabilidade dos
empregos, que, atualmente, se mostra difícil de se conseguir para os que
iniciam a sua vida adulta, seria importante. A revisão de regras já existentes acerca
das diversas situações salariais, levando a uma distribuição mais justa dos
indivíduos em termos do respetivo salário e à tentativa de aumento da média
salarial portuguesa, seriam determinantes na solução deste problema.
Marta Miranda
[artigo de opinião desenvolvido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
segunda-feira, 10 de janeiro de 2022
O plano “Reativar Turismo|Construir Futuro”
O turismo foi um dos setores que mais evoluiu ao longo dos tempos, sendo, atualmente, reconhecido com um dos setores prioritários para o desenvolvimento do país, principalmente no que se reporta à produção de riqueza e emprego. Com isto, podemos afirmar que economia portuguesa é muito dependente do setor turístico e este é um dos que mais influencia o PIB português.
Com
a chegada do COVID-19 ao nosso país, o setor foi o que mais sofreu, o que,
consequentemente, provocou graves consequências na economia portuguesa, o que
fez com que o Governo sentisse a necessidade de criar uma estratégia para a
recuperação deste setor. Com este propósito, aprovou-se o plano “Reativar
Turismo|Construir Futuro”, o qual pretende responder às necessidades imediatas
do setor, apoiar a fase de retoma que se acompanhará e potencializar ainda mais
o valor do turismo na economia nacional. Ou seja, “pretende ser um guião orientador para o setor turístico,
público e privado, cujas ações estão totalmente integradas com os objetivos do
Plano de Recuperação e Resiliência e da Estratégia Portugal 2030, assegurando
assim uma estratégia concertada para a retoma da economia nacional” (Turismo de
Portugal, 2021).
O
mesmo incide em quatro pilares: apoiar empresas, fomentar segurança, gerar
negócio e construir futuro. Estes são compostos por ações particulares que, a
curto, médio e longo prazos, possibilitarão renovar o setor e posicioná-lo num nível
superior de geração de valor e, ao mesmo tempo, cooperar de forma clara para o
crescimento do PIB e para uma distribuição mais justa da riqueza.
O
primeiro tenciona ajudar as empresas, tanto a nível financeiro, com o uso de instrumentos
flexíveis e adaptados às exigências do momento, como ao nível da estratégia
operacional, mantendo a cadeia de valor disponível e preparada para retomar a
atividade. Já o pilar de fomentar a segurança incentiva ações de segurança no
setor turístico, preparando as empresas para responderem às novas necessidades
dos turistas. Quanto à geração de negócio, este, como o nome indica, tem como
objetivo gerar negócio a curto ou médio/longo prazos através da promoção dos
mercados, devolução da conectividade e facilitação da compra. Por último temos
o pilar construir futuro, o qual possui projetos que permitem a aceleração da
construção de um turismo mais inteligente, responsável e sustentável.
Tudo
isto é criado para atingir um objetivo, ultrapassar, em 2027, os 27 mil milhões
de euros de receitas turísticas, a partir de uma gestão sustentável, através da
diversificação de mercados e segmentos e de uma gestão cuidada da riqueza e do
bem-estar em todo o território, tendo um orçamento previsto de, aproximadamente,
6 mil milhões de euros.
Para
mim, esta estratégia adotada pelo Governo está bem idealizada, uma vez que,
para além de ajudar o setor a alcançar os valores da época pré-Covid, ainda
promove uma evolução muito significativa do mesmo, principalmente a nível
tecnológico. O único entrave que vejo no plano é o facto da Covid-19 ainda não
ter acabado e ser imprevisível, o que pode causar uma menor efetividade do
mesmo. No entanto, pode-se reduzir esta consequência através da revisão do
mesmo, por exemplo, em 2024, e de uma possível adaptação. Para além disso, acho
que devia ser mais publicitado e ter uma explicação mais detalhada sobre as
várias medidas adotadas, para que todos os indivíduos que possam estar
envolvidos neste tenham uma melhor compreensão do mesmo. Indico isto pois,
apesar de agora haver mais informação, numa fase inicial esta era muito
reduzida e era difícil saber, especificamente, como é que iam ser aplicados os
vários pontos do plano.
Só
queria então concluir dizendo que, apesar do setor turístico e da economia
terem sido bastante afetados com a pandemia, a mesma também nos fez evoluir e
reconhecer novos métodos e estratégias, como o caso do plano “Reativar Turismo|Construir
Futuro”, que nos pode elevar para um novo patamar.
Bárbara Labajos
[artigo de opinião desenvolvido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
Crise do Gás Natural - Nas mãos da Rússia? À espera do resgate dos EUA?
Cavernas
de sal reformadas, aquíferos e depósitos de combustível que armazenam o gás
natural da Europa nunca estiveram tão vazios como neste do Inverno. Apenas
quatro meses depois dos EUA virem a público dizer que a Europa não estava a
fazer o suficiente para se preparar para a estação escura e fria que se
avizinhava, o “velho” continente está a lutar contra uma crise de abastecimento
que tem causado preços de referência do gás mais do quádruplo dos níveis do ano
passado, comprimindo as empresas e as famílias. A crise deixou a União Europeia
à mercê do tempo e das “artimanhas” do Presidente russo Vladimir Putin, ambas
notoriamente difíceis de prever.
Fonte- EUROSTATA
A
Europa está no meio de uma transição energética, encerrando centrais elétricas
alimentadas a carvão e aumentando a sua dependência das energias renováveis. O
vento e a energia solar são mais limpos mas, por vezes inconstantes, como
ilustrado pela súbita queda na energia gerada por turbinas que o continente
registou no ano passado.
A
crescente influência de Moscovo sobre os seus vizinhos tornou-se evidente no final
dos últimos tempos. Um Inverno invulgarmente frio e longo esgotou os stocks de gás da Europa precisamente
quando as suas economias estavam a reemergir da recessão induzida pela
pandemia.
Um
recente choque nas importações de GNL dos EUA proporcionou algum alívio, mas é,
na melhor das hipóteses, temporário. A França precisa de desligar vários dos
seus reatores para manutenção e reparações, resultando numa redução de 30% na
capacidade nuclear no início de Janeiro deste ano, enquanto a Alemanha está a
avançar com planos para encerrar todas as suas centrais nucleares. Com os dois
meses mais frios de Inverno ainda pela frente, o receio é de que a Europa possa
ficar sem gás. Dado isto, estaremos nós nas mãos da Rússia?
Os comerciantes já se estão a preparar-se para o pior, com os preços do gás a subir cerca de 40% durante os últimos meses. Alguns dizem que a crise pode durar até 2025, quando a próxima vaga de projetos de GNL nos Estados Unidos começar a abastecer o mercado mundial. Serão os Estados Unidos a salvação para estabilizar os mercados energéticos?
Maria Helena Mendes
[artigo de opinião desenvolvido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
A Evolução do Turismo Português
A evolução do turismo nos últimos anos esteve intrinsecamente ligado ao desenvolvimento mundial. O consumo e as tendências dos consumidores cada vez mais informados evoluíram para uma procura de experiências personalizadas, que permitam diferenciar-se da população em geral. O mundo está a mudar e o turismo está a mudar o mundo. A globalização assente numa competitividade sustentável será um dos pilares do futuro turístico a nível mundial. O presente artigo pretende efetuar uma breve abordagem histórica à evolução do Turismo e aos aspetos conceptuais que perspetivam as tendências de evolução turística.
Começamos
em 1934, onde António Ferro, diretor do Secretariado Nacional de Informação, Cultura Popular e Turismo (SNI) da época,
apresentou um projeto de difusão da imagem do país, demonstrando as fronteiras
de uma nova visão multidisciplinar com base no turismo. Contudo, apenas em 1944
Ferro consegue mesmo colocar em prática o seu projeto, conciliando a cultura e
o turismo, de forma a promover um conceito de “diferença” para a imagem do país.
O ano de 1964 foi um ano importante para Portugal, tendo este atingindo pela
primeira vez um milhão de entradas de estrangeiros no país.
Com
a revolução de abril de 1974, o país enfrenta anos agitados, levando o VI
Governo provisório a declarar o turismo “como atividade privada e prioritária”.
Contudo, as quedas de 50% das entradas de estrangeiros no país foram
desanimadoras para o setor. Só em 1986, com a construção do Instituto de
Promoção Turística e do Plano Nacional do Turismo, o país recupera a sua reputação
internacionalmente, mostrando uma nova imagem e novas áreas promocionais.
Com
a entrada do seculo XXI, o turismo apresentou um crescimento muito acentuado,
nomeadamente em algumas zonas do país, como o Algarve, a Madeira e Lisboa. Nos últimos 9 anos, o país registou uma
taxa de crescimento médio anual de 7,2% nas dormidas, assim com um acréscimo de
10,8 mil milhões de euros nas receitas. Sendo assim, verificamos a
existência de um comportamento pró-ativo por parte do país e das pessoas
ligadas ao turismo como forma de capitalização de novas oportunidades de
negócio.
Contudo,
com a entrada do ano 2020, o setor do turismo registou o pior ano desde que há registo, tudo graças ao
aparecimento da pandemia Covid-19. Com
as restrições impostas na deslocação de pessoas entre fronteiras e em linha com
outros destinos mundiais, o setor do turismo nacional registou decréscimos
significativos da procura. Apenas foram registados 25,9 milhões de dormidas em
2020 (12,3 milhões de dormidas de estrangeiros e 13,6 milhões de dormidas de
nacionais).
Os
principais mercados emissores para Portugal foram, respetivamente, o Reino
Unido com 2,0 milhões (9,4 milhões, em 2019), a Alemanha com 1,8 milhões (5,9
milhões, em 2019) e a Espanha com 1,7 milhões (5,2 milhões, em 2019).
Fonte: Turismo de Portugal - Plano de Ação “Reativar o Turismo | Construir o Futuro”
Os
decréscimos refletiram-se também nas receitas, com uma redução de -135,9%,
correspondente a 10,5 mil milhões de euros.
Em
2020, as receitas do turismo apenas representavam 7,7 mil milhões de euros. Neste
indicador, os principais mercados emissores para Portugal foram a França (1,5 mil
milhões €), o Reino Unido (1,2 mil milhões €) e a Espanha (1,0 mil milhões €).
Em relação ao
futuro, o governo arquitetou o Plano de Ação “Reativar o Turismo
| Construir o Futuro”, um plano para estimular a economia e a atividade
turística, que permitirá superar os objetivos e as metas de sustentabilidade
económica, ambiental e social definidas na Estratégia de Turismo 2027.
Fonte: Turismo de Portugal - Plano de Ação “Reativar o Turismo | Construir o Futuro”
O
plano consiste em 4 pilares de atuação (apoiar empresas, fomentar segurança,
gerar negócio e construir o futuro) e é composto por ações especificas que, a
curto, médio e longo prazos, permitirão transformar o setor e posicioná-lo num
patamar superior, contribuindo de forma expressiva para o crescimento do PIB.
Este plano deverá permitir ultrapassar os 27 mil milhões € de receitas
turísticas e os 80 milhões de dormidas em 2027, de uma forma sustentável, ao
longo do território.
Por fim, na minha opinião, ter um bom turismo possui os dois lado das moedas. A verdade consiste na forma como este serviço cresce na esfera económica de cada pais. Em Portugal, apesar de o turismo representar uma grande parcela do PIB português, isto faz com que esteja muito dependente das economias exteriores para o seu crescimento, proporcionando assim uma maior facilidade de decréscimo face a uma crise mundial. Sendo assim, Portugal deve usufruir da oportunidade dada pelo Programa de Recuperação e Resiliência para combater esta desigualdade, empenhando-se em criar maiores facilidades para os outros setores.
Paulo Henrique da Costa Gonçalves
[artigo de opinião desenvolvido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
domingo, 9 de janeiro de 2022
Os problemas na competitividade da economia portuguesa
Uma economia competitiva é aquela que regista um crescimento elevado e sustentado da produtividade. A competitividade de um país depende da sua capacidade para colocar no mercado produtos e serviços que atendam aos padrões de qualidade dos mercados, assim como proporcionem rendimentos face aos recursos utilizados ou consumidos na sua produção. Esta maior competitividade global colocou maiores desafios às empresas, bem como aos profissionais que contribuem para o seu desenvolvimento. A flexibilidade, melhoria contínua e a criatividade devem ser orientadas e focadas para a resolução de problemas reais e importantes na sociedade. Atualmente, governos, empresas e indivíduos enfrentam elevados níveis de incerteza à medida que a tecnologia e as forças geopolíticas remodelam a ordem económica e política.
Fonte: Global
Competitiveness Report 2020
Analisando
o caso de Portugal, verifica-se que, apesar de ser um país desenvolvido, este ainda
possui muitas deficiências na sua competitividade com o mercado exterior.
Uma
destas deficiências é representada pelo mercado de trabalho. Portugal
ocupa péssimas posições do ranking global
no que respeita às práticas de contratação e despedimento, mobilidade dos
trabalhadores, taxa de imposto sobre o trabalho, flexibilidade na determinação
do salário, produtividade e burocracia. Isto impede que Portugal consiga
resolver os seus problemas de produtividade, pois muitas vezes não existem
incentivos para aumentar a capacidade produtiva das empresas.
Para
além disto, o sistema financeiro também é um dos pilares onde a economia
portuguesa apresenta graves problemas. A instabilidade do sistema
financeiro nacional, assim como crédito não-produtivo e a falta de financiamento
das PMEs são exemplo destas dificuldades. Da mesma forma, são de salientar as
distorções provocadas pelos impostos e pela ausência de subsídios, que proporcionam
a falta de concorrência das empresas portuguesas nos mercados internacionais. Devido
à crise de 2008, Portugal também continua a apresentar uma pontuação bastante
desfavorável na dinâmica da dívida pública, sendo um dos países com maior
divida em função do seu PIB.
Ao
nível de escolaridade, Portugal demorou a entrar no comboio dos países
desenvolvidos. O nosso país ainda possui um número médio de anos de
escolaridade da população bastante baixo, o que impossibilita o desenvolvimento
de novas qualidades por parte da população ativa, como por exemplo dotações
digitais. Para além disso, o baixo investimento na formação dentro das empresas
levou a que este problema se agravasse e a que a qualidade produtiva portuguesa
diminuísse.
Em
relação ao setor empresarial português, os novos gestores possuem muita
dificuldade em lidar com decisões associadas ao risco, o que pode levar a
diferentes caminhos no desenvolvimento das suas marcas. A falta de incentivos
para o crescimento de empresas inovadoras e adoção de ideias disruptivas, assim
como o elevado tempo e custo no início de um negócio, contribuem para o colapso
das empresas portuguesas frente ao mercado internacional. Por este motivo,
Portugal ainda possui essencialmente uma baixa taxa de abertura ao comércio mundial,
o que é medida pelo rácio das importações e exportações no PIB nacional.
Contudo,
é importante salientar os progressos feitos por Portugal para reduzir estes problemas.
Portugal a partir da revolução de abril investiu em grande massa na redução do
analfabetismo da população e criou melhores condições para os trabalhadores. Com
a entrada na CEE, que por sua vez disponibilizou recursos, o governo tornou-se num
dos grandes financiadores das empresas, o que ajudou em muito o desenvolvimento
do país face a outros.
Finalizando, na minha opinião as empresas
necessitam de ter uma visão mais abrangente do mercado, estando dispostas a
apostar numa presença global, na criação e desenvolvimento de produtos e
serviços inovadores, na criação de marcas credíveis, em canais de distribuição
adequados e na elevada presença digital. Portugal possui infraestruturas rodoviárias, acessos e
conectividade entre estradas e autoestradas de qualidade que podem facilitar o
escoamento desta produção. As abordagens tradicionais
no sentido de assegurar o crescimento já não são suficientes para mitigar as
pressões competitivas e concorrenciais. Por isso, todos os esforços de redução
de custos devem estar completamente interligados com o conceito de crescimento.
Sendo assim, Portugal tem de apostar mais em prevenir os seus erros em vez de remediá-los.
Paulo Henrique da Costa Gonçalves
[artigo de opinião desenvolvido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
O papel da Educação no desenvolvimento económico
Evitar situações de pobreza e de marginalização é um objetivo do qual a sociedade civil não se pode alhear, e para o qual todos devemos estar sensibilizados e mobilizados. Uma das formas possíveis de atuação é através do apoio a projetos concretos com manifesta capacidade empreendedora e de realização. Isto deve ser estimulado com o apoio das escolas que, enquanto entidades de referência na missão educativa, tornam-se essenciais nestas iniciativas de inclusão social.
No início dos anos 70, no livro Small is Beautiful,
Ernst Schumacher defendia: “O desenvolvimento não começa com os recursos
materiais, o desenvolvimento começa com as pessoas e a sua educação,
organização e disciplina. Sem estes três pilares, todos os recursos permanecem
inúteis”.
O ritmo e o nível de crescimento económico de um país ou de
uma região resultam, efetivamente, da interação de um conjunto complexo de
fatores, em que se destacam, por um lado, a educação (incluindo a formação
profissional, a investigação e o desenvolvimento tecnológico) e, por outro, os
comportamentos, valores dos agentes económicos e da sociedade em que estão inseridos,
ou seja, a organização e a disciplina a que Schumacher se referia.
A capacidade dos diferentes países para tirarem partido do
acesso à informação e do conhecimento está limitada pelas diferenças de
capacidade local para usar essas tecnologias ou transformar o conhecimento
codificado. Ela depende do conhecimento tácito e de outros elementos de
competência que, por definição, são difíceis de transferir. O que conta já não
é só o conhecimento de que se dispõe ou a informação que está disponível mas,
também, e sobretudo, a capacidade de aprender. É necessário ter trabalhadores
com novos atributos: maior educação, maiores qualificações e maior capacidade
de adaptação aos novos requisitos decorrentes das novas tecnologias.
A capacidade para aceder às redes e a competência para delas
extrair a informação relevante e para a utilizar em termos económicos são os
fatores críticos do desempenho dos trabalhadores e dos níveis de remuneração. Isto
significa que, sem formação profissional e sem renovação das organizações, a
introdução de novas tecnologias pode resultar em enormes perdas de eficiência.
A recente utilização do conceito “economia do conhecimento” constitui uma forma
de reconhecer que o conhecimento e a capacidade de aprendizagem das pessoas,
das empresas e dos sistemas nacionais são os fatores‐chave do desenvolvimento
económico.
Ao confrontar tais ideias com
a realidade portuguesa, é possível perceber porque é tão difícil para nós alcançar
qualquer tipo de crescimento económico a longo-prazo. A falta de investimento
em educação combinada com a má gestão do setor cria muito pouco incentivo para
o desenvolvimento de indivíduos intelectualmente notáveis.
É fundamental reconhecer que as escolas são os atores
principais na missão educativa, mas têm de ser coadjuvadas pelo Estado e pelos
vários setores da sociedade civil. As empresas, enquanto principais recetores
dos trabalhadores qualificados, deverão intensificar a articulação com o sistema
educativo e de formação profissional, manifestando as suas necessidades de
conhecimentos e aptidões.
Ao Estado e às comunidades locais compete reforçar, de forma
articulada, aqueles três subsistemas – educação, formação profissional e
investigação − através das políticas públicas, instituições e infraestruturas. Diante
do exposto, é notável que o progresso tecnológico
tem um enorme peso no crescimento económico. O progresso tecnológico só pode
ser alcançado por mentes criativas e curiosas, tornando-se, portanto, de grande
importância refletir sobre a importância de fomentar estes valores entre os
estudantes do presente e os investigadores do futuro. Sendo a educação uma das
principais formas de estimular a criatividade, é extremamente importante investir
nas instituições de ensino, pois elas definem o nosso futuro.
Ângela
Ferreira
[artigo de opinião desenvolvido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]