A
globalização é acompanhada por uma transformação económica num quadro de
processos competitivos e concorrenciais onde se situam muitos dos bens e
serviços criados pela região do Minho. Sendo esta região relevante, existe a
necessidade do abandono progressivo de visões mais limitadas dos planos
políticos, sociais e económicos, de forma, a debater
os problemas. Esta emergente globalização exige uma crescente exploração
de recursos endógenos e humanos, assentes no alargamento da estrutura e
dinâmica empresarial.
Relativamente às condições de oferta, o Minho é composto por cerca
de 1,1 milhões de habitantes e revela um envelhecimento da população e níveis
de escolaridade baixos comparados com o país, com maior expressão no Ensino
Superior, mas que apresenta carência de diplomados nas áreas científicas e
tecnológicas. No entanto, esta região também oferece uma maior dimensão dos
estabelecimentos industriais, encontrando-se numa posição favorável ao
investimento estrangeiro, devido ao emprego que concentra atualmente. O Minho
é um território atrativo e com potencial de valorização dos produtos locais,
recursos naturais e património cultural. Os centros históricos característicos
de Braga e Guimarães, o Parque Nacional da Peneda Gerês, a Serra D’Arga, o
Património cultural, o vinho e a gastronomia são exemplos de fatores de
diversidade e integração social, bem como a afirmação crescente das dinâmicas
culturais no desenvolvimento e regeneração urbana.
Perante
as dificuldades é necessário promover as suas potencialidades
com o objetivo de traçar os caminhos para que o Minho seja uma região mais
competitiva. Para isso é necessário uma forte especialização nos sectores da
Agricultura e Pesca, principalmente no distrito de Viana do Castelo, criação de
riqueza das empresas de tecnologia como indicador de fatores competitivos,
aumentar a intensidade exportadora e diversificar os mercados de destino.
A passagem destas condições de oferta para uma economia polarizada
pelo dinamismo da procura centra-se principalmente nas condições de suporte. Estas
traduzem-se na emergência de novas dimensões de competitividade empresarial de
forma a utilizarem recursos específicos para chegar a produtos segmentados e
diferenciados com fim de produzirem soluções de consumo.
O Minho apresenta essas condições de suporte a nível de
infraestruturas. Nomeadamente, uma boa dotação da rede de telecomunicações, o
Porto de Viana do Castelo como estrutura de apoio à atividade local e às
indústrias, a favorável rede de infraestruturas rodoviárias, que permite a
interação prática com o universo empresarial, bem como o centro Ibérico das
nanotecnologias, o Instituto Politécnico de Viana do Castelo e a Universidade
do Minho como alavancas de conhecimento e articulação pragmática com as empresas,
entre outras.
O desenvolvimento económico tem vindo a ganhar novas dimensões
polarizadas no crescimento endógeno e que colocam no centro do processo de
criação de riqueza a eficiência da organização e os recursos de conhecimentos
científicos e tecnológicos avançados.
Como se pode confirmar, o Minho é uma região com facilitadores
nomeadamente as instituições de ensino, as infraestruturas de suporte e os
recursos. Estes levam a um modelo competitivo e a um padrão de cooperação, por
isso é necessário o reforço da celeridade de resposta à implementação de novas
empresas e articulação de competências de campos de intervenção.
Jéssica Letícia da Silva Abreu
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