O Empreendedorismo é o principal fator promotor do desenvolvimento económico e social de um país. Afinal, o que é o empreendedorismo? O empreendedorismo é o fenómeno que visa a busca da criação de valor, através da expansão da atividade económica, pela introdução de novos produtos, processos ou acesso a novos mercados. Ao empreendedorismo estão associadas muitas vantagens económicas, tais como a criação de novas empresas, o que conduz a investimentos nas economias locais, a criação de postos de trabalho, a melhoria na competitividade empresarial, e a promoção de métodos, técnicas e modelos inovadores.
O empreendedorismo e a inovação são, portanto, considerados como objetivos prioritários para o desenvolvimento e para o aumento da competitividade da economia nacional. Portugal devia apostar numa nova realidade económica, competitiva e aberta ao mundo, assente em conhecimento e inovação, capital humano altamente qualificado e forte espírito empreendedor.
A esta luz, foi criado o programa estratégico para o empreendedorismo e inovação (+e+i), que tem como principais objetivo contribuir para a formação de uma sociedade mais empreendedora, ou seja o fomento da mudança cultural, intergeracional, a favor do espírito de iniciativa e do empreendedorismo. Este, deverá ser promovido e cultivada desde cedo, e ser um dos motores de inovação. Alargar a base de empresas inovadoras e com uma forte componente exportadora é uma peça essencial. Importa sermos um país inserido nas redes internacionais de empreendedorismo, conhecimento e inovação e sermos capazes de tirar melhor partido do investimento que, neste contexto, possa ser realizado. Para que Portugal se afirme a nível internacional de forma competitiva é necessário que se concentrem esforços nas empresas com maior potencial inovador, para que possam ser desenvolvidas capacidades e competências competitivas e diferenciadoras e, consequentemente, para que sejam criadas vantagens competitivas ao nível das ofertas de mercado.
Os pilares fundamentais deste programa assentam no alargamento das competências da população, dinamização da inovação, estímulo ao empreendedorismo e promoção destes objetivos através de adequados instrumentos de financiamento.
Apesar dos progressos que estas matérias têm vindo a conhecer nas últimas décadas, verifica-se que existem dificuldades estruturais, que acarretam impactos negativos na capacidade de recuperação económica. Destaca-se, por exemplo, a insuficiente capacidade de rentabilização económica da Investigação e Desenvolvimento (I&D), ou o reduzido impacto do capital de risco, circunstância que limita as soluções de financiamento de novos projetos e conduz a um peso pouco significativo da ciência e da tecnologia na globalidade da economia.
Neste contexto, o empreendedorismo e a inovação carecem de uma intervenção prioritária e especialmente direcionada para as atividades de índole empresarial, indo além dos campos da investigação e da ciência. As prioridades da estratégia Europa2020 e da sua iniciativa Innovation Union são referenciais para o desenvolvimento da política de inovação em Portugal para os próximos anos.
Na minha opinião, o Programa Estratégico para o empreendedorismo e inovação é essencial para que haja uma maior aposta no empreendedorismo, que, no fundo, é o incentivador de mudança para uma sociedade equitativa, justa e solidária e, acima de tudo, é um desafio necessário, sendo possível uma maior promoção da inovação, que é um dos principais fatores que impulsionam o desenvolvimento económico do nosso país.
Margarida Marques Cardoso
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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