O
Desemprego é uma situação de inatividade forçada da mão-de-obra ativa que,
embora tenha capacidade para o exercício de uma profissão remunerada, não tem
possibilidade, no momento, de a exercer.
O
desemprego é explicado por causas estruturais e conjunturais. Há vários tipos
de desemprego, tais como, tecnológico, cíclico, friccional, de longa duração,
sazonal, voluntário e jovem.
As
situações de desemprego, em especial com taxas elevadas, têm efeitos negativos
na economia, nomeadamente: encargos para a segurança social; subida de preços;
exploração de trabalhadores; e mercado negro do trabalho.
A
União Europeia tem defendido uma política de emprego preventiva que deve assentar
na empregabilidade dos candidatos ao emprego, na igualdade de oportunidades para
todos, adaptabilidade das empresas e dos trabalhadores às inovações
tecnológicas e estímulo do espírito empresarial.
Em
muitos países, incluindo Portugal, têm sido tomadas medidas que procuram
incentivar a empregabilidade e ao mesmo tempo reduzam o desemprego,
nomeadamente: a realização de cursos para desempregados; incentivos à criação
do próprio emprego; fomento da formação profissional para jovens.
Pela
sua dimensão económica e social, o combate ao desemprego é uma das prioridades
de qualquer governo.
O
desemprego está a descer em praticamente toda a Europa, com os 28
Estados-membros a reduzirem o peso do número de pessoas à procura de trabalho,
mas os dados divulgados recentemente pelo Eurostat revelam que em Portugal a
descida homóloga está a ser mais acentuada, tanto em termos de taxa de
desemprego, como em número de desempregados. Ainda assim, Portugal era em Julho
o sexto país da União Europeia com a taxa mais elevada.
O
desemprego na zona euro recuou para 10,2% em Abril, o valor mais baixo desde Agosto
de 2011, e caiu para 8,7% na União Europeia, a menor taxa desde Abril de 2009.
Desde 2009 que o desemprego em Portugal não divergia tão pouco da média
europeia.
Em
janeiro de 2013, quando a taxa de desemprego atingiu um máximo histórico de
17,4%, Portugal nunca viu a Europa tão longe no que diz respeito à saúde do
mercado laboral – a diferença face à taxa de desemprego da Zona Euro foi de 5,4
pontos.
O
Eurostat mostra que no último ano a taxa de desemprego desceu em 24
Estados-membros, dos 28 analisados. As maiores descidas foram registadas no
Chipre, na Croácia e em Espanha. Neste momento, a Grécia e a Espanha continuam
sendo os países com as taxas de desemprego mais elevadas (23,5% no caso da
Grécia), enquanto que as menores taxas se verificam na Alemanha e na República
Checa.
Em
Julho a taxa de desemprego jovem em Portugal situava-se nos 26,3%, o que
representava o quarto maior valor da UE, ultrapassado unicamente pela Grécia,
Espanha e Itália. Os dados do INE mostram que o número de desempregados entre
os 15 e os 24 anos está ao nível mais baixo em quinze anos, ou seja tem estado
ligeiramente a cair desde 2012, o que é parcialmente explicado pela emigração e
por uma ligeira criação de emprego.
Esta
evolução também resultou da redução do desemprego de longa duração, visto que o
mesmo afeta dois terços do total de desempregados.
É
sobretudo o sector dos serviços que explica a criação de emprego, quer em
termos trimestrais quer em termos homólogos. As classificações
"transportes e armazenagem e atividades de comunicação" e as
atividades financeiras e de seguros registam taxas homólogas de dois dígitos.
Com
a economia a crescer aquém do esperado, a evolução favorável do desemprego tem
apanhado todos de surpresa.
Edilson Gonga Mateus
[artigo
de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e
Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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