A evolução do
desemprego é um fator de preocupação, não só em Portugal, mas em todos os
países. O emprego é a principal fonte de rendimento de muitas famílias e,
portanto, a sua perda pode ter vários impactes negativos, implicando, muitas
das vezes, a redução da qualidade de vida e a perda de bem-estar.
Para conhecer o estado em que um país se
encontra a nível de desemprego, é necessário realizar uma avaliação da
população, que pode ser feita utilizando alguns métodos. Um deles é a análise
da situação laboral dos indivíduos, na qual se contabiliza o número de
indivíduos empregados, desempregados, reformados, etc.
Pessoas (com idades compreendidas entre os
15 e os 74 anos) que não têm emprego, mas que estão ativamente à procura de
emprego e se encontram disponíveis para trabalhar, constituem a população desempregada. Ainda que os
Centros de Emprego trabalhem para auxiliar as pessoas na procura de emprego, o
processo pode ser algo complicado e demorado. A taxa de desemprego permite-nos definir o peso da população
desempregada sobre o total da população ativa. Através deste resultado é então
feita a avaliação da situação.
As piores taxas do desemprego português
foram registadas em 2013, quando a taxa de desempego atingiu 16,25%. Quando
comparado com o resto da União Europeia, Portugal esteve sempre numa pior
posição, registando sempre taxas de desemprego bastante superiores. A partir de
2013, o desemprego começou a sofrer uma diminuição bastante significativa,
acompanhando a tendência decrescente que se verificava na União Europeia.
Atualmente, o desemprego
nacional está a passar uma boa fase. Em
Portugal, segundo dados estatísticos do INE, a taxa de desemprego
estabilizou em julho nos 6,8%, o que corresponde ao nível mais reduzido desde setembro
de 2002. Face a julho de 2017, a queda foi de 2,1 pontos percentuais, enquanto
no Chipre totalizou 3 pontos percentuais e na Grécia 2,2 pontos percentuais.
Na Zona Euro, a taxa de desemprego estabilizou em 8,2%, um
mínimo desde novembro de 2008, enquanto na União Europeia desceu uma décima,
para 6,8%, igual ao valor registado em Portugal. No ranking dos países com a taxa de desemprego mais elevada, Portugal
desceu mais uma posição, igualando agora o registado pela Eslováquia.
O desemprego trata-se de recursos
desperdiçados, pois os indivíduos que se encontram desempregados têm capacidade
para trabalhar e contribuir para a economia, no entanto, não o fazem.
Ana Rita Jordão Macedo
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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