A discriminação ocorre quando alguém adota uma atitude preconceituosa em
relação a alguém, seja por questões raciais, de gênero, orientação sexual,
nacionalidade, religião, situação econômica ou qualquer outro aspeto social.
Este é um dos temas mais discutidos atualmente em todo o mundo.
Apesar dos vários progressos que têm sido sentidos nos últimos anos, estas
diferenças ainda não foram completamente extraídas e, principalmente, no
mercado de trabalho é onde se encontram mais visíveis.
Relativamente à Europa,
segundo os dados do PORDATA, o país que apresentava maior desigualdade em 2007
era a Áustria (25,5%). No entanto, em 2016, foi a Estónia (25,3%).
É também necessário
salientar que, em 2007, o país que apresentava uma menor proporção era a
Eslovénia, equivalente a 5,0%. No entanto, em 2016, estima-se que o valor mais
baixo observado foi na Roménia - aproximadamente 5,2%.
Em Portugal, em 2007, a
diferença observada era de 8,5%. Já em 2016 era de 17,5%. Apesar de possuir uma
proporção mais reduzida quando comparado com vários países, Portugal foi
daqueles que registou um maior aumento nesta vertente, de quase 10% em menos de
10 anos. Para além de Portugal, os países onde ocorreram aumentos drásticos
foram: Bulgária, Eslovénia, Itália, Letónia, Malta e Reino Unido.
Posto isto, existem vários
níveis de qualificação e também vários tipos de setores de atividade económica.
Relativamente ao primeiro
aspeto, estes podem ser diferenciados em quadros superiores, quadros médios,
encarregados mestres, chefe de equipa, profissionais altamente qualificados,
profissionais semiqualificados, profissionais não qualificados e, por fim,
praticantes e aprendizes. Como em anos anteriores, a divisão “quadros
superiores” é aquela que apresenta uma maior diferença e, contrariamente,
aquela que apresenta uma proporção mais baixa é “praticantes e aprendizes”. É
ainda interessante observar que, relativamente ao nível de escolaridade, aquele
que apresenta maior disparidade encontra-se nos níveis de habilitações
académicas mais elevadas.
Em relação à segunda,
podemos dividir os vários setores de atividade: indústrias extrativas,
indústrias transformadoras, abastecimento de eletricidade, gás, vapor e ar
condicionado, abastecimento de água/rede de esgotos, construção, comércio por
grosso e a retalho, transportes e armazenagem, alojamento/restauração,
informação/comunicação, atividades financeiras e de seguros, atividades
imobiliárias, atividades de consultoria, atividades administrativa e dos
serviços de apoio, educação, atividades de saúde humana e apoio social e
atividades artísticas. Aqui, segundo os dados de 2016, o setor que apresenta
maior diferença é o de atividades artísticas e aquele que apresenta menor é o
de educação. Há ainda setores, embora poucos, onde as mulheres ganham mais do
que os homens, como as “indústrias extrativas”.
Mas porque é que existe
esta discriminação entre géneros?
Um dos fatores que
contribui para a discriminação é ainda o velho pensamento onde se associa o
homem ao trabalho duro, enquanto que a mulher deve ficar em casa a cuidar desta
e dos seus filhos. No seguimento da afirmação anterior, surge a licença da
maternidade, isto é, a contratação de mulheres é como que um risco para a
empresa. Assim, a entidade patronal prefere contratar o sexo masculino visto
não estar sujeito a este risco.
Em modo de conclusão,
como a maior parte destas diferenças não tem justificações plausíveis, é
necessário (e urgente) promover a igualdade de géneros, começando pelo nosso
país, visto ainda precisar de alterar medidas.
Francisca
Nogueira da Cunha
BIBLIOGRAFIA
https://www.pordata.pt/Europa/Disparidade+salarial+entre+sexos+nos+trabalhadores+por+conta+de+outrem+(percentagem)+total+e+por+sector+de+actividade+econ%C3%B3mica-2811
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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