Vila Nova de Famalicão
é uma cidade portuguesa, localizada a Norte do país, com uma área de 201,59 km² e cerca de 140.000 habitantes. Ao longo dos anos
foi desenvolvendo a sua indústria e este ano está nomeada para Município do Ano
2019 – na categoria Norte. O projeto que originou esta nomeação foi “Famalicão Visão 25 -
Comunidade do Futuro”, um projeto que visa projetar a Vila como uma comunidade
tecno-industrial global, com um grande território verde e multifuncional,
focando-se em alguns setores, como o agroalimentar e o têxtil.
Apesar de este ser o projeto nomeado para o prémio, não é o único
existente em Famalicão. Ao longo dos últimos anos o concelho tem-se tornado
cada vez mais dinâmico. O exemplo disso mesmo é o projeto “Made in Famalicão”,
que tem como objetivo promover o desenvolvimento tecnológico. Este projeto tem
três eixos bem definidos: Famalicão Made
INcubar, Famalicão Made INvestir
e Famalicão Made INcentivar. A ação,
à qual está associada a assinatura ‘Um Concelho com Marca’, pretende
reforçar a ligação de Famalicão a um bom município para viver e investir,
procurando intensificar a atratividade do município na captação de novos
investimentos nacionais e estrangeiros e também estimular o empreendedorismo
empresarial já existente.
Este município
vai além-fronteiras, sendo considerado o município mais exportador do Norte do
país. 25% dos bens transacionados internacionalmente têm como destino a
Alemanha, e em segundo lugar encontra-se a Espanha, com 14,5% das exportações. O
exigente mercado Europeu é o destino de mais de 50% das exportações do concelho
famalicense, que se destaca pelo valor acrescentado bruto das suas indústrias
transformadoras, que entre 2013 e 2016, cresceu mais de 25 por cento. Manuel
Caldeira Cabral reconheceu publicamente que “o concelho famalicense deu um
contributo decisivo para o processo de recuperação económica nacional, com um
crescimento de exportações que tem sido sistemático e onde se destacam
igualmente os novos investimentos.”
Contudo,
Famalicão é mais que apenas um local para investidores. O município tem
diversos programas de apoio às famílias, que são transversais às diferentes
faixas etárias. Medidas como o alargamento da atribuição de manuais escolares
aos alunos do concelho e a promoção do desporto de reabilitação para as pessoas
que sofrem alguma patologia neurológica, músculo-esquelética,
respiratória ou oncológica foram algumas das medidas implementadas para o apoio
das famílias do concelho.
Para além
disso, a nível mais financeiro e como apoio à economia das famílias, a taxa de
IMI foi fixada no mínimo legal (0,35%), existe ainda um IMI familiar, que
atribui um desconto no pagamento do imposto de 40 euros para as famílias com
dois filhos e de 70 euros para as famílias com três ou mais dependentes.
Em suma, Famalicão
é mesmo uma potência portuguesa. Tem contribuído para o crescimento do país e
para o bem-estar da população. Para todos aqueles que têm o privilégio de viver
em Famalicão, tem sido ótimo acompanhar este crescimento do concelho e o
reconhecimento que tem recebido, tanto por entidades governamentais como de
empresas estrangeiras que confiam e importam muitas matérias-primas portuguesas
para incluir no seu processo produtivo.
Famalicão deve servir de exemplo para todos os
restantes concelhos do país, para que Portugal se possa tornar num país mais
produtivo e mais competitivo nos mercados internacionais. Para os restantes
municípios, é necessário relembrar que o crescimento está ao alcance de todos.
São necessárias políticas que impulsionem o mercado, mas o retorno dessas
mesmas políticas é visível e beneficia o país como um todo. Para Famalicão é
importante lembrar que o caminho continua e que o crescimento deve continuar a
ser trabalhado e desenvolvido, alargando a outros setores e indústrias.
Portugal é um país com muitos recursos, ao
nível do capital mas também ao nível da mão-de-obra. Se cada concelho utilizar
os recursos da melhor forma, Portugal irá crescer exponencialmente,
beneficiando cada um de nós.
Rita
Mesquita
[artigo
de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e
Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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