Na
semana anterior, os membros do Parlamento Europeu, da Comissão Europeia e do
Conselho Europeu chegaram a um consenso sobre o rumo do Plano Juncker e
decidiram aumentar o Fundo Europeu para Investimento Estratégico para os 500
mil milhões de euros. À luz desta notícia, decidi dar a minha opinião sobre o
assunto enquanto concilio alguns conceitos abordados nos meus estudos.
No tratado de Maastricht, em 1991, foi
implementado um dos grandes pilares da União Europeia: a criação de uma união
monetária. A moeda única não só nos permite excluir da equação os custos de conversão
mas também os riscos cambiais. Mas existe uma problemática associada a estes
benefícios que será a dificuldade por parte do Banco Central Europeu conduzir
uma política monetária adequada a todos os países na presença de choques
assimétricos (diferentes de país para país). Para acabar com este problema é
necessário que exista uma convergência a nível económico, para se chegar a uma
área monetária ótima, uma área onde uma moeda única é solução deveras mais
eficiente, onde as oportunidades proporcionadas pela moeda sejam superiores aos
custos provenientes da perda de independência.
É por estas razões que iniciativas como
o Plano Juncker são essenciais. No caso de Portugal, já foram financiados mais
de 1,209 mil milhões de euros, o que financiou 15 projetos nas áreas das
infraestruturas e inovação e 7 acordos com intermediários financeiros que
beneficiaram 1314 pequenas e médias empresas e “startups”. Além disto, os
fundos são direcionados para áreas da economia com pouco apoio, como é o caso
do ambiente, a energia e os transportes. Ao fazer isto, não só se tornam mais
atrativos os setores ao investimento como também se eliminam barreiras ao
desenvolvimento.
Este crescimento não é superficial, é
intrínseco, e pode ser o “empurrão” que Portugal precisa para voltar ao caminho
da prosperidade e talvez, até, a coesão que traz pode levar a que a Europa
volte ao caminho certo. Não existem “desculpas” para Portugal ficar atrás dos
seus companheiros europeus com tantas oportunidades para crescer.
Adriano Lopes
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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