Na
passada sexta-feira, dia 15 de dezembro de 2017, a agência Fitch subiu o rating de Portugal em dois patamares, de
BB+ para BBB, cuja perspetiva associada a esta dotação é a de crédito
“estável”. De notar que a notação atribuída pela Fitch a Portugal não era
alterada desde novembro de 2011. Ora, com dois ratings positivos (a S&P também subiu o rating de Portugal em Setembro), temos o retorno de Portugal aos
principais índices de obrigações, o que indica boas perspetivas de investimento
em dívida nacional a juros mais baixos.
Os investidores que debruçaram as suas
ações sob a expetativa da Fitch tomar esta decisão agilmente compraram dívida
portuguesa a preços mais favoráveis na expetativa de, com esta confirmação, vender
mais caro a investidores mais cautelosos. Tendo em conta também que muitos
investidores optam não por investir num emitente específico mas sim por
investir num índice, se a dívida portuguesa volta a constar em determinado
índice, isso leva a que muitos investidores tenham de comparar dívida pública.
Temos portanto uma ótima notícia para
Portugal tendo em conta que se pode financiar nos mercados com uma taxa de juro
mais baixa e com forte interesse por parte dos investidores. Acrescentando-se
que foi previsto que no ano de 2017 a economia portuguesa entregaria 4,3% do PIB
apenas para saldar juros da dívida pública, uma notícia que indique que esta
fatia do PIB possa diminuir nos próximos anos é obviamente agradável. É
espectável que nos próximos meses recebamos uma boa nova similar por parte das
restantes agências de rating tendo em
conta o que as outras agencias já anunciaram, mas também tendo presente as
melhorias a nível económico que o país tem apresentado nos últimos tempos, que
contribuem para um clima de maior estabilidade.
Ana
Isabel Ferreira da Rocha
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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