Depois de nos últimos dois anos ter conseguido responder às
dúvidas, em Portugal e em Bruxelas, quanto à capacidade de cumprir regras,
reduzir o défice e fazer a economia portuguesa crescer, o ministro das Finanças
português foi o vencedor da corrida à presidência do Eurogrupo. Não foi logo à
primeira, mas à segunda volta.
A decisão sobre quem iria assumir a presidência do Eurogrupo foi tomada e o vencedor foi Mário Centeno. Visto como favorito à corrida desde o início, tinha três adversários: os ministros das Finanças da Letónia, do Luxemburgo e da Eslováquia.
A decisão sobre quem iria assumir a presidência do Eurogrupo foi tomada e o vencedor foi Mário Centeno. Visto como favorito à corrida desde o início, tinha três adversários: os ministros das Finanças da Letónia, do Luxemburgo e da Eslováquia.
Após a segunda volta, Mário Centeno
recebeu a notícia de que seria o vencedor, numa disputa com o eslovaco,
Pierre Gramegna, depois da desistência do candidato luxemburguês Peter Kazimir.
No final da votação, o atual presidente, Jeroen Dijsselbloem, anunciou que Centeno tinha sido o
escolhido entre "quatro candidatos excelentes" e desejou-lhe
felicidades para o novo cargo. Dijsselbloem já anteriormente tinha sido
portador de boas notícias, sem querer, ao dizer, num deslize, que Mário Centeno seria o seu sucessor.
“Sou presidente até dia 12 de janeiro e Mário Centeno, assumirá o cargo, a
13", disse aos jornalistas à entrada da reunião que iria decidir o
vencedor. E se à entrada da reunião, Mário Centeno referiu estar confiante,
depois da vitória disse estar preparado e ansioso para formar consensos: "É uma
honra devido à relevância deste grupo, à qualidade dos meus colegas e à
importância do trabalho que temos de fazer nos próximos anos", declarou,
durante a conferência de imprensa.
Este resultado é bem visto e consensual da esquerda à
direita, Governo, Presidente da República e até a oposição já demonstraram o
seu agrado com a nomeação. “Com esta eleição não há
margem nem para descuidos, nem aventuras”, disse o Presidente
da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que felicitou a conquista do ministro das Finanças,
mas reforçou alertas: “Se o Governo não
estivesse a produzir bons resultados, o presidente do Eurogrupo não
seria o ministro das Finanças de Portugal”. A partir de Marrocos, António Costa referiu-se à eleição do seu ministro das
Finanças como um reconhecimento internacional da credibilidade de Portugal
numa área sensível: “Não é possível presidir ao Eurogrupo e
depois prevaricar dentro de casa”.
Do lado do PSD houve saudações mas também alertas: a “Política de oposição não mudará pelo facto de o ministro
das Finanças ser presidente do Eurogrupo”. Também o CDS afirmou que
a eleição deve ser valorizada, mas que o seu sucesso vai depender do “desempenho do próprio”. E
que o Ministério das Finanças não deve ser descurado.
Na minha opinião, e indo em consonância com o que foi
anteriormente escrito, esta eleição é notável pois reflete o bom trabalho e os
bons resultados que têm sido obtidos pelo atual governo. Pode, esta eleição,
significar, também, uma maior capacidade de negociação de Portugal junto de
Bruxelas. Sendo assim, além do reconhecimento do trabalho que tens sido
realizado, Portugal pode também ver a sua capacidade de negociação
internacional aumentada.
António Manuel Freitas
Martins Cardoso
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
Sem comentários:
Enviar um comentário