segunda-feira, 18 de maio de 2009

A Crise Econômica (e Social) Mundial : Medidas de Recuperação Governamentais

No último dia primeiro de Maio, feriado mundial do Dia Internacional do Trabalho, o que se viu não foram comemorações, mas sim diversos protestos de pessoas que foram as ruas pedindo por uma atuação mais assídua do governo na resolução da crise, especialmente para a tomada de medidas que melhorem a situação atual do mercado de trabalho, que vem sofrendo retrações profundas neste ano de 2009.

As notícias são alarmantes: na Alemanha, em Dezembro, o número de desempregrados registrou um aumento de 114 mil pessoas, chegando a 3.1 milhões, enquanto na Espanha o número chega a 4.010.700 milhões, sendo que houve um aumento de 108% em apenas um ano. E esses são dados de somente dois países, sendo que as estatísticas estão piorando em todo o mundo, pois com o aumento da recessão econômica e a falência de um número cada vez maior de empresas, acentua-se o índice de desempregados e os problemas sociais nos diversos Estados.

Se torna então de extrema prioridade a adoção de medidas que incidam diretamente no mercado de trabalho e mantenham um pouco mais estáveis os índices de desemprego. Desse modo, chefes dos governos se reúnem para discutir acerca de soluções para a crise econômica- e podemos dizer, social - mundial, como ocorreu na reunião do G-20, no dia 1 de Abril desse ano.

Assim, no encontro que que se passou em Londres, foi aprovado um programa de 1,1 bilhão de dólares para restaurar o crédito, o crescimento e o emprego na economia mundial. Porém, o que se percebe é que mesmo com o aumento de medidas governamentais, o capital injetado na economia acaba beneficiando em sua maior parte os bancos e outras agências financeiras , como o FMI, e muitas vezes não afeta em si a população que tem perdido os seus empregos numa velocidade alarmante a cada dia.

Desse modo, é necessária uma atuação mais firme dos governos e mesmo dos Organismos Internacionais para se tentar alterar a situação mundial preocupando-se com o lado social da crise, pois os protestos só tendem a piorar caso a situação continue no ritmo que hoje se apresenta.

O diretor da Organização Internacional do Trabalho vêm se pronunciando e pedindo uma maior atenção a proteção dos trabalhadores, sendo que em seu pronunciamento no dia 26 de Abril no Comitê de Desenvolvimento - fórum conjunto do FMI e do BIRD – ele alertou para o aprofundamento da crise do emprego enquanto que existe uma defasagem da recuperação do mercado de trabalho em relação ao PIB, em decorrência da pouca atenção dada aos trabalhadores em relação as medidas de recuperação dos mercados financeiros.

Agora, esperamos que os governos se unam, e, com a ajuda das Organizações Internacionais, adotem medidas para a melhora da situação social da crise, diminuindo a ocorrência de protestos e aumentando o apoio por parte da população, afinal, em uma crise econômica de tão grande amplitude como essa, as diversas partes precisam ser beneficiadas, para que a recuperação realmente seja efetiva.

Lais Beltrão Silva

[artigo de opinião produzido no âmbito da u.c. "Economia Portuguesa e Europeia", do Curso de Gestão (1º ciclo) da EEG/UMinho]

Bibliografia:

Opinião e Notícia:
Acessado em 4 de Maio de 2009.

Opinião e Notícia:
Acessado em 4 de Maio de 2009.

BBC Brasil:
Disponível em
Acessado em 4 de Maio de 2009.

Parlamento Europeu:
Disponível em http://www.europarl.europa.eu/news/expert/ infopress_page/008-42164-322-11-47-901-20081117IPR42160-17-11-2008-2008-true/default_pt.htm.
Acessado em 4 de Maio de 2009.

Globo Notícias:
Disponível em http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,MUL995608-5602,00.html>.
Acessado em 4 de Maio de 2009.

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