Nos últimos meses o mundo vêm presenciando uma enorme crise econômica na qual diversas estratégias estão sendo tomadas pelos governos e pelas empresas para evitar a falência e a quebra de grandes companhias mundias. Desse modo, podemos citar o aumento das fusões entre essas, estratégia muito utilizada como forma de entrada em novos mercados internacionais, mas que também pode ser uma saída para os problemas de capital que se multiplicam com o aumento da recessão econômica.
Nesse sentido, foi anunciada no dia 20 de Janeiro desse ano a fusão entre a italiana FIAT e a americana Chrysler, do setor automobilístico, sendo que ficou acordado que a primeira receberia 35% das ações da Chrysler, ficando responsável pela reestruturação e reforma das fábricas desta nos Estados Unidos, e podendo, futuramente, aumentar a sua parcela de ações para 55%.
A Chrysler já vinha enfrentando problemas há algum tempo, especialmente porque não estava preparada para se adaptar ao aumento do petróleo em 2007 e 2008, possuindo ainda uma frota pouco econômica, e sofrendo com a concorrência japonesa, que já estava bem mais evoluída no desenvolvimento de modelos híbridos.
Devemos destacar dois aspectos importantes diretamente relacionados a essa decisão, sendo que, inicialmente, percebe-se o risco existente hoje decorrente da dependência de petróleo, e, numa segunda instância, coloca-se em questão o modo como os governos e a sociedade em si são afetados com a fusão de duas grandes empresas como essas.
Assim, com o anúncio da FIAT, surge a questão: como uma notícia como essa afeta o mercado e a economia mundial?
Com a fusão de duas enormes empresas, por um lado, a economia se fortalece na medida em que se evita a falência de uma gigante do setor automobilístico como a Chrysler, o que consequentemente iria afetar bolsas de valores e desequilibrar ainda mais a economia mundial nessa situação de crise. Porém, por outro lado, a cada nova fusão de grandes empresas, questiona-se a perda do poder estatal, na medida em que a empresa toma proporções tão grandes que ultrapassa a escala estatal.
Talvez possa sim se ver aumentado o poder das grandes empresas e a forma como elas alteram as características do Sistema Internacional, mas ainda pode ser cedo para se afirmar que o poder do Estado passa a ser menor que o das grandes companhias multinacionais, na medida em que, numa situação de crise como a que se está presenciando hoje, a atuação do governo tem se tornado extremamente necessária como meio para se resolver os problemas.
Além disso, um dos pontos principais da reestruturação das fábricas da Chrysler pela FIAT é o desenvolvimento do setor de tecnologias menos poluentes e com economia de combustível, o que pode levar não só ao aumento das vendas, mas a diminuição da sensibilidade a variação dos preços do petróleo, sendo que esse foi um dos fatores que levou ao declínio das finanças da Chrysler, e leva, pode-se afirmar, a enormes problemas mundiais, pois a cada aumento do preço dos barris de petróleo, percebe-se a enorme dependência mundial de uma fonte de energia concentrada 62% no Oriente Médio, uma região instável e susceptível a aumentos desordenados no preço do pretróleo, seja decorrente de uma crise ou mesmo de uma decisão da OPEP, que controla a maior parte da produção mundial de petróleo.
Assim, seria melhor considerar a fusão de grandes empresas como algo positivo, não que diminui o poder estatal, mas que aumenta o potencial da economia mundial, e, no caso especificado, ainda dá um passo adiante na diminuição da dependência energética mundial.
Lais Beltrão Silva
[artigo de opinião produzido no âmbito da u.c. "Economia Portuguesa e Europeia", do Curso de Gestão (1º ciclo) da EEG/UMinho]
Bibliografia:
Notícias Uol.
Nesse sentido, foi anunciada no dia 20 de Janeiro desse ano a fusão entre a italiana FIAT e a americana Chrysler, do setor automobilístico, sendo que ficou acordado que a primeira receberia 35% das ações da Chrysler, ficando responsável pela reestruturação e reforma das fábricas desta nos Estados Unidos, e podendo, futuramente, aumentar a sua parcela de ações para 55%.
A Chrysler já vinha enfrentando problemas há algum tempo, especialmente porque não estava preparada para se adaptar ao aumento do petróleo em 2007 e 2008, possuindo ainda uma frota pouco econômica, e sofrendo com a concorrência japonesa, que já estava bem mais evoluída no desenvolvimento de modelos híbridos.
Devemos destacar dois aspectos importantes diretamente relacionados a essa decisão, sendo que, inicialmente, percebe-se o risco existente hoje decorrente da dependência de petróleo, e, numa segunda instância, coloca-se em questão o modo como os governos e a sociedade em si são afetados com a fusão de duas grandes empresas como essas.
Assim, com o anúncio da FIAT, surge a questão: como uma notícia como essa afeta o mercado e a economia mundial?
Com a fusão de duas enormes empresas, por um lado, a economia se fortalece na medida em que se evita a falência de uma gigante do setor automobilístico como a Chrysler, o que consequentemente iria afetar bolsas de valores e desequilibrar ainda mais a economia mundial nessa situação de crise. Porém, por outro lado, a cada nova fusão de grandes empresas, questiona-se a perda do poder estatal, na medida em que a empresa toma proporções tão grandes que ultrapassa a escala estatal.
Talvez possa sim se ver aumentado o poder das grandes empresas e a forma como elas alteram as características do Sistema Internacional, mas ainda pode ser cedo para se afirmar que o poder do Estado passa a ser menor que o das grandes companhias multinacionais, na medida em que, numa situação de crise como a que se está presenciando hoje, a atuação do governo tem se tornado extremamente necessária como meio para se resolver os problemas.
Além disso, um dos pontos principais da reestruturação das fábricas da Chrysler pela FIAT é o desenvolvimento do setor de tecnologias menos poluentes e com economia de combustível, o que pode levar não só ao aumento das vendas, mas a diminuição da sensibilidade a variação dos preços do petróleo, sendo que esse foi um dos fatores que levou ao declínio das finanças da Chrysler, e leva, pode-se afirmar, a enormes problemas mundiais, pois a cada aumento do preço dos barris de petróleo, percebe-se a enorme dependência mundial de uma fonte de energia concentrada 62% no Oriente Médio, uma região instável e susceptível a aumentos desordenados no preço do pretróleo, seja decorrente de uma crise ou mesmo de uma decisão da OPEP, que controla a maior parte da produção mundial de petróleo.
Assim, seria melhor considerar a fusão de grandes empresas como algo positivo, não que diminui o poder estatal, mas que aumenta o potencial da economia mundial, e, no caso especificado, ainda dá um passo adiante na diminuição da dependência energética mundial.
Lais Beltrão Silva
[artigo de opinião produzido no âmbito da u.c. "Economia Portuguesa e Europeia", do Curso de Gestão (1º ciclo) da EEG/UMinho]
Bibliografia:
Notícias Uol.
Acessado em 27 de Abril de 2009.
Revista Auto Esporte.
Revista Auto Esporte.
Acessado em 27 de Abril de 2009.
Notícias Terra.
Notícias Terra.
Acessado em 27 de Abril de 2009.
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