A população desempregada em Portugal está prestes a «atingir o valor simbólico» de meio-milhão de desempregados. A taxa de desemprego atingiu os 8,9% no primeiro trimestre do corrente ano, o que representa um agravamento de 1,3% face a igual período de 2008. Segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), a subida do desemprego verificou-se em todo os grupos etários, e sobretudo nos indivíduos de sexo masculino. Esta taxa de desemprego é considerada a 7ª pior entre os 28 países da OCDE.
Em termos médios europeus, o desemprego desce à medida da progressão da qualificação escolar da mão-de-obra; em Portugal verifica-se o fenómeno inverso em idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos, sendo o desemprego significativamente alto para os detentores de qualificações escolares superiores. Nuno de Almeida Alves, no Observatório das Desigualdades - estrutura independente constituída no quadro do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (CIES-ISCTE), considera que esta taxa de desemprego, nesta faixa etária, deve ser relativizada visto que se trata de um conjunto de indivíduos recentemente saídos das universidades, na maioria dos casos sem qualquer experiência profissional, e cujos primeiros anos de actividade se desenvolvem em postos de trabalho precários, demorando algum tempo até encontrarem uma relativa estabilidade laboral.
No entanto, Avelino de Jesus, Director do ISG - Instituto Superior de Gestão, considera que é necessário articular o aparelho produtivo, com o educativo, de modo a lançar no mercado diplomados com algum treino para o mundo do mercado de trabalho. E dessa forma reduzir a taxa de desemprego nas pessoas mais qualificadas, visto que, muitas das vezes, o factor determinante para essas pessoas se encontrarem no desemprego é mesmo não lhes ser dada uma primeira oportunidade, uma vez que não detêm experiência profissional. Deveremos seguir modelos como os europeus, no sentido de fomentar a necessidade dos jovens portugueses a entrarem no mercado de trabalho enquanto estudam, para dessa forma alterar-se este paradigma de desemprego. Por exemplo, no ano de 2006, em Portugal apenas 11% dos estudantes do ensino superior, entre os 20 e os 24 anos, estudavam e trabalhavam, contra a média de 37% da OCDE, 60% da Dinamarca e 69% da Holanda. Valores muito díspares do de Portugal. No caso concreto da Noruega, o ensino é gratuito, todos recebem uma bolsa de estudo e cerca de metade, porém, trabalha. O Director do ISG considera ainda que, esta situação representa o comportamento típico e verdadeiramente moderno, na Europa trabalhadora e de elevadas produtividades.
Deve ser esse o caminho que Portugal deve tomar, o caminho de uma maior conciliação estudos/trabalho para que a inserção na vida activa seja de forma mais suave, mas mais eficaz.
Em termos médios europeus, o desemprego desce à medida da progressão da qualificação escolar da mão-de-obra; em Portugal verifica-se o fenómeno inverso em idades compreendidas entre os 15 e os 24 anos, sendo o desemprego significativamente alto para os detentores de qualificações escolares superiores. Nuno de Almeida Alves, no Observatório das Desigualdades - estrutura independente constituída no quadro do Centro de Investigação e Estudos de Sociologia do Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (CIES-ISCTE), considera que esta taxa de desemprego, nesta faixa etária, deve ser relativizada visto que se trata de um conjunto de indivíduos recentemente saídos das universidades, na maioria dos casos sem qualquer experiência profissional, e cujos primeiros anos de actividade se desenvolvem em postos de trabalho precários, demorando algum tempo até encontrarem uma relativa estabilidade laboral.
No entanto, Avelino de Jesus, Director do ISG - Instituto Superior de Gestão, considera que é necessário articular o aparelho produtivo, com o educativo, de modo a lançar no mercado diplomados com algum treino para o mundo do mercado de trabalho. E dessa forma reduzir a taxa de desemprego nas pessoas mais qualificadas, visto que, muitas das vezes, o factor determinante para essas pessoas se encontrarem no desemprego é mesmo não lhes ser dada uma primeira oportunidade, uma vez que não detêm experiência profissional. Deveremos seguir modelos como os europeus, no sentido de fomentar a necessidade dos jovens portugueses a entrarem no mercado de trabalho enquanto estudam, para dessa forma alterar-se este paradigma de desemprego. Por exemplo, no ano de 2006, em Portugal apenas 11% dos estudantes do ensino superior, entre os 20 e os 24 anos, estudavam e trabalhavam, contra a média de 37% da OCDE, 60% da Dinamarca e 69% da Holanda. Valores muito díspares do de Portugal. No caso concreto da Noruega, o ensino é gratuito, todos recebem uma bolsa de estudo e cerca de metade, porém, trabalha. O Director do ISG considera ainda que, esta situação representa o comportamento típico e verdadeiramente moderno, na Europa trabalhadora e de elevadas produtividades.
Deve ser esse o caminho que Portugal deve tomar, o caminho de uma maior conciliação estudos/trabalho para que a inserção na vida activa seja de forma mais suave, mas mais eficaz.
Luísa Silva
[artigo de opinião produzido no âmbito da u.c. "Economia Portuguesa e Europeia", do Curso de Gestão (1º ciclo) da EEG/UMinho]
Bibliografia consultada
Acesso 29/05/09:
http://www.jornaldenegocios.pt/
http://jn.sapo.pt/paginainicial/
http://observatorio-das-desigualdades.cies.iscte.pt/
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