Num mundo global e numa Europa sem fronteiras, devíamos dar mais importância às estatísticas sobre o futuro dos portugueses e repensar as forças de atratividade do país, ora vejamos: em 2012, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), Portugal registou 52 mil emigrantes permanentes e mais de 69 mil emigrantes temporários (pessoas com intenção de permanecer no estrangeiro por um período inferior a um ano). Quer isto dizer que, num só ano, abandonaram o país mais de 121 mil portugueses, sendo um indicador preocupante para a economia.
A tendência decrescente dos fluxos migratórios como a de Portugal, em que a imigração está a diminuir e a emigração aumentar, é justificada pela crise económica e consequente redução do número de ofertas de trabalho na União Europeia. E, neste seguimento, em 2012, a população portuguesa voltou a diminuir, registando menos de 90 mil nascimentos, ao passo que tenha tido um total de 121 mil emigrantes temporários e permanentes.
Com 52 mil emigrantes permanentes e 14 mil imigrantes permanentes, registados pelo INE em 2012, podemos verificar uma saída em grande escala de Portugal aliada a uma ideia de estagnação económica e de fraca atração.
A motivação económica para a emigração, que remonta à década de 60, faz hoje outra vez sentido: a procura de melhores salários e de melhores condições de vida tem levado os portugueses a saírem do seu país à procura de novos destinos já desde a época dos descobrimentos, e atualmente para diferentes países, mas em número de emigrantes próximo (rondando os 170 mil emigrantes).
Nestes últimos anos, tem-se verificado a abertura para novos mercados de emigração, como Angola e Brasil, continuando a ter como destinos tradicionais a França, a Alemanha, o Luxemburgo ou a Suíça.
Por fim, é importante, salientar que a emigração tem consequências graves para Portugal, nomeadamente ao nível demográfico, contribuindo para o envelhecimento da população portuguesa e fuga de população com qualificações em idade de trabalhar.
Patrícia da Conceição Oliveira Gomes
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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