quarta-feira, 10 de junho de 2009

O continuado abrandamento da queda das exportações impulsionará a economia?

As exportações portuguesas continuam em queda, apesar de ser a um ritmo menos acelerado que, em iguais períodos homólogos anteriores. Mais concretamente, as vendas de mercadorias ao exterior recuaram 28,8% em Janeiro, desceram 31,3% em Fevereiro e baixaram 23% em Março, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE). Reportando-se assim, uma descida de 27,7% no primeiro trimestre, face ao período homólogo. O abrandamento das quedas verificou-se no comércio com países da UE, mas também fora da UE. As exportações intracomunitárias desceram 25,3% em Março, depois de terem recuado 33,2% em Fevereiro. As exportações extra comunitárias baixaram 15,1% em Março, depois de terem recuado 24,8% em Fevereiro. Com estes resultados, o défice da balança comercial portuguesa desagravou-se em 1,46 mil milhões de euros, o que resulta numa redução da dívida para com países Terceiros.
No entanto, esta quebra de exportações apresenta repercussões danosas quer na micro, quer na macroeconomia como: falências, encerramentos, desemprego, crescimento económico. E esta queda das exportações derruba o “modelo” de crescimento proferido por este Governo. Ora se os “nossos” clientes estão actualmente em recessão económica, consequentemente compram menos produtos. O mesmo acontece com as importações portuguesas que registam também um abrandamento, se o nosso poder de compra tem vindo a diminuir naturalmente face à crise, resultará em importar menos, mas, mesmo que, o poder de compra aumentasse, Portugal não tem mercado que chegue sequer para atenuar o efeito de uma quebra das vendas para o exterior, quanto mais, ser auto-suficiente.
Como diz Pedro Santos Guerreiro, Director do Jornal de Negócios, adaptando uma opinião de um leitor acerca de futebol, sendo porém uma regra dos mercados financeiros, «Sucessos passados não asseguram rentabilidades futuras. Nem exportações». Neste caso, sejamos realistas!

Luísa Silva


Bibliografia:
Acesso 09/06/09
http://www.agenciafinanceira.iol.pt/
http://www.jornaldenegocios.pt/
http://www.ine.pt/
[artigo de opinião produzido no âmbito da u.c. "Economia Portuguesa e Europeia", do Curso de Gestão (1º ciclo) da EEG/UMinho]

Sem comentários: