O Investimento Directo Estrangeiro (IDE) em Portugal tem vindo a diminuir de forma expressiva ao longo destes últimos anos. Segundo dados divulgados pela Eurostat o IDE em Portugal caiu 41,5 por cento em 2008, face ao ano anterior, para 2,4 mil milhões de euros, sendo que em 2007 já tinha sido registada uma diminuição superior a 50 por cento.
Os valores das estatísticas europeias mostram que o IDE em 2008, proveniente de outros países da União Europeia recuou de 2,8 mil milhões de euros para 1,1 mil milhões de euros.
Os investimentos estrangeiros fora da UE em Portugal, mantiveram os seus investimentos nos 1,3 mil milhões de euros. De salientar que os países extracomunitários responsáveis pela maior parte do fluxo de investimentos em Portugal foram, os Estados Unidos, o Canadá e a Índia.
Num ranking entre 15 países europeus, Portugal situa-se em 13º lugar no que se refere à atractividade de investimento estrangeiro em países europeus, ou seja, à criação de novos postos de trabalho por projectos de investimento vindos do exterior. Estes dados foram revelados no relatório anual da consultora Ernst & Young sobre o IDE.
No entanto, o IDE criou 3448 postos de trabalho em Portugal no ano passado, uma diferença de 597 relativamente a 2007, o que representa uma descida de 15 por cento. Assim, só no primeiro trimestre deste ano, o anúncio de novos projectos caiu 8 por cento, em termos homólogos, e os projectos existentes foram revistos ou suspensos como consequência da recessão económica. Deste modo, as empresas optam por correr menos riscos, retraindo as apostas empresariais além-fronteiras. Relativamente a Portugal o receio de investimento estrangeiro traduz-se, em grande parte, em empréstimos ou suprimentos de curto prazo a filiais, sendo uma ínfima percentagem desse investimento aplicado na constituição de novas empresas. Outra das formas de investimento estrangeiro em Portugal tem sido através de compra de quotas ou acções de sociedades. No que concerne aos vários sectores para os quais se direcciona o investimento estrangeiro no nosso país destacam-se a indústria transformadora (30%), o comércio, actividades hoteleiras e restauração (26,7%), o sector financeiro (7,5%) e o imobiliário (23,2%). Segundo o Ministro da Economia, Manuel Pinho, todo o IDE tem aumentado excepto no sector imobiliário, contrariamente aos dados apresentados pelo Eurostat. Um dos exemplos referidos por Manuel Pinho é as minas de Aljustrel em que considera que o investimento estipulado e os postos de trabalho criados acabam por ser "maiores" do que os que são inicialmente anunciados (previa-se para a reactivação das minas de Aljustrel um investimento de 76 milhões de euros, quando o grupo sueco/canadiano Lundin Mining acabou por investir 118 milhões de euros).
Para Gonzaga Rosa, partner da Ernst & Young a situação em Portugal é singularmente difícil uma vez que, na realidade, o investimento em indústrias de crescimento rápido, como produção de software e da saúde é praticamente inexistente, tendo sido efectuado um maior investimento em indústrias de desenvolvimento muito lento como a dos automóveis. Em Portugal podemos destacar como exemplo a Autoeuropa, no que se refere tanto na dificuldade da conservação dos postos de trabalho como do investimento estrangeiro.
O investimento estrangeiro é importante e necessário em Portugal, sendo o sector das Energias Renováveis e do Turismo duas das áreas onde se tem verificado um grande investimento. Das vantagens que Portugal apresenta, podemos distinguir a qualidade das infra-estruturas rodoviárias, a localização geográfica e climatérica, muitas vezes não presentes em outros países.
Os valores das estatísticas europeias mostram que o IDE em 2008, proveniente de outros países da União Europeia recuou de 2,8 mil milhões de euros para 1,1 mil milhões de euros.
Os investimentos estrangeiros fora da UE em Portugal, mantiveram os seus investimentos nos 1,3 mil milhões de euros. De salientar que os países extracomunitários responsáveis pela maior parte do fluxo de investimentos em Portugal foram, os Estados Unidos, o Canadá e a Índia.
Num ranking entre 15 países europeus, Portugal situa-se em 13º lugar no que se refere à atractividade de investimento estrangeiro em países europeus, ou seja, à criação de novos postos de trabalho por projectos de investimento vindos do exterior. Estes dados foram revelados no relatório anual da consultora Ernst & Young sobre o IDE.
No entanto, o IDE criou 3448 postos de trabalho em Portugal no ano passado, uma diferença de 597 relativamente a 2007, o que representa uma descida de 15 por cento. Assim, só no primeiro trimestre deste ano, o anúncio de novos projectos caiu 8 por cento, em termos homólogos, e os projectos existentes foram revistos ou suspensos como consequência da recessão económica. Deste modo, as empresas optam por correr menos riscos, retraindo as apostas empresariais além-fronteiras. Relativamente a Portugal o receio de investimento estrangeiro traduz-se, em grande parte, em empréstimos ou suprimentos de curto prazo a filiais, sendo uma ínfima percentagem desse investimento aplicado na constituição de novas empresas. Outra das formas de investimento estrangeiro em Portugal tem sido através de compra de quotas ou acções de sociedades. No que concerne aos vários sectores para os quais se direcciona o investimento estrangeiro no nosso país destacam-se a indústria transformadora (30%), o comércio, actividades hoteleiras e restauração (26,7%), o sector financeiro (7,5%) e o imobiliário (23,2%). Segundo o Ministro da Economia, Manuel Pinho, todo o IDE tem aumentado excepto no sector imobiliário, contrariamente aos dados apresentados pelo Eurostat. Um dos exemplos referidos por Manuel Pinho é as minas de Aljustrel em que considera que o investimento estipulado e os postos de trabalho criados acabam por ser "maiores" do que os que são inicialmente anunciados (previa-se para a reactivação das minas de Aljustrel um investimento de 76 milhões de euros, quando o grupo sueco/canadiano Lundin Mining acabou por investir 118 milhões de euros).
Para Gonzaga Rosa, partner da Ernst & Young a situação em Portugal é singularmente difícil uma vez que, na realidade, o investimento em indústrias de crescimento rápido, como produção de software e da saúde é praticamente inexistente, tendo sido efectuado um maior investimento em indústrias de desenvolvimento muito lento como a dos automóveis. Em Portugal podemos destacar como exemplo a Autoeuropa, no que se refere tanto na dificuldade da conservação dos postos de trabalho como do investimento estrangeiro.
O investimento estrangeiro é importante e necessário em Portugal, sendo o sector das Energias Renováveis e do Turismo duas das áreas onde se tem verificado um grande investimento. Das vantagens que Portugal apresenta, podemos distinguir a qualidade das infra-estruturas rodoviárias, a localização geográfica e climatérica, muitas vezes não presentes em outros países.
Daniela Sofia Cabral de Freitas
Referência bibliográfica:
INE – Instituto Nacional de Estatística, http://www.ine.pt/
Jornal de Notícias, http://www.jn.sapo.pt/, consulta realizada na data 09/06/2009
Diário de Notícias, http://www.dn.pt/, consulta realizada na data 09/06/2009
Referência bibliográfica:
INE – Instituto Nacional de Estatística, http://www.ine.pt/
Jornal de Notícias, http://www.jn.sapo.pt/, consulta realizada na data 09/06/2009
Diário de Notícias, http://www.dn.pt/, consulta realizada na data 09/06/2009
[artigo de opinião produzido no âmbito da u.c. "Economia Portuguesa e Europeia", do Curso de Gestão (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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