Com diz o provérbio grego “Antes de marcar um gol, é preciso definir a meta”. Esse ditado foi seguido pela Portugal Telecom, empresa portuguesa criada em 1877, a qual iniciou, em 1995, seu processo de privatização e traçou uma consistente estratégia e planejamento empresarial. Seu plano foi posto em prática em 1998, quando deu os primeiros passos rumo à internacionalização com uma criteriosa escolha da geografia de expansão.
A Portugal Telecom, empresa de telefonia mais antiga de Portugal, é proprietária de complexa infra-estrutura dos meios de comunicação no território em questão, principal fator de sua vantagem competitiva. Ela está presente em todos os segmentos do setor de telecomunicações, reflexo de seu portfólio diversificado de negócios. Sua estratégia abarca parcerias com fornecedores, trabalhadores motivados, “know-how”, clientes satisfeitos, confiança transmitida ao público por sua experiência, aspecto conciliador e presença constante, etc.
Em Portugal, a PT ocupava uma posição de monopólio nas telecomunicações, de modo que, inicialmente, seus gastos com marketing eram reduzidos em relação aos demais setores. No entanto, com a entrada em outros mercados[1] e o aparecimento de novos concorrentes[2], estratégias de marketing foram traçadas, recebendo altos investimentos. Isso pode ser comprovado pelas fortes campanhas publicitárias feitas pelas diversas empresas do grupo PT, difundidas pela mídia e moldadas de acordo com seu público-alvo e com as metas traçadas.
Dentro da gama de estratégias criadas pelo grupo PT, a mais latente foi a compra da companhia brasileira Telecom Celular, em 1998. A partir deste investimento, a Vivo foi criada pela parceria entre a Portugal Telecom e a espanhola Telefónica Móviles em 2002 e foi considerada uma das maiores apostas de internacionalização da PT. A parceria ocorreu devido a interesses comuns: ambos são líderes nos mercados domésticos e tem a América Latina como extensão natural.
Nos anos seguintes, na visão do Presidente Executivo da PT holding, Carlos Vasconcellos Cruz, o grupo não poderia se limitar ao Brasil. Como fruto de uma estratégia de expansão, a internacionalização da empresa ocorreu em território africano, cujo potencial de negócio é enorme, com o lançamento da África PT. Nos dias atuais, a ampliação do grupo atrelada à inserção de novas tecnologias na África mostra a importância deste mercado como um de seus vetores de crescimento.
A internacionalização do grupo PT em mercados com características similares às lusófonas, como a língua e valores comuns, facilitaram a entrada da Portugal Telecom no Brasil e em países africanos de língua portuguesa. No entanto, se a estratégia de expansão da empresa continuar a ser executada, o grupo poderá encontrar obstáculos no sentido de que entrará, inevitavelmente, em mercados com características culturais e linguísticas distintas das suas, facilidades que encontrou nos países em que atua com sucesso nos dias atuais. Para essa questão, várias estratégias podem ser planejadas, cabendo somente a PT descobrir qual será a mais apropriada a cada caso em específico.
Julia de Macedo Meira
Bibliografia:
- www.telecom.pt- http://www.dpp.pt/pages/files/infor_inter_2002_II.pdf
[1] Alguns exemplos: Cabo Verde, Moçambique, Timor e Angola.
[2] Como as operadoras Vodafone e Optimus. Porém, a PT ainda possui mais de 50% do total de clientes.
[artigo de opinião produzido no âmbito da u.c. "Economia Portuguesa e Europeia", do Curso de Gestão (1º ciclo) da EEG/UMinho]
A Portugal Telecom, empresa de telefonia mais antiga de Portugal, é proprietária de complexa infra-estrutura dos meios de comunicação no território em questão, principal fator de sua vantagem competitiva. Ela está presente em todos os segmentos do setor de telecomunicações, reflexo de seu portfólio diversificado de negócios. Sua estratégia abarca parcerias com fornecedores, trabalhadores motivados, “know-how”, clientes satisfeitos, confiança transmitida ao público por sua experiência, aspecto conciliador e presença constante, etc.
Em Portugal, a PT ocupava uma posição de monopólio nas telecomunicações, de modo que, inicialmente, seus gastos com marketing eram reduzidos em relação aos demais setores. No entanto, com a entrada em outros mercados[1] e o aparecimento de novos concorrentes[2], estratégias de marketing foram traçadas, recebendo altos investimentos. Isso pode ser comprovado pelas fortes campanhas publicitárias feitas pelas diversas empresas do grupo PT, difundidas pela mídia e moldadas de acordo com seu público-alvo e com as metas traçadas.
Dentro da gama de estratégias criadas pelo grupo PT, a mais latente foi a compra da companhia brasileira Telecom Celular, em 1998. A partir deste investimento, a Vivo foi criada pela parceria entre a Portugal Telecom e a espanhola Telefónica Móviles em 2002 e foi considerada uma das maiores apostas de internacionalização da PT. A parceria ocorreu devido a interesses comuns: ambos são líderes nos mercados domésticos e tem a América Latina como extensão natural.
Nos anos seguintes, na visão do Presidente Executivo da PT holding, Carlos Vasconcellos Cruz, o grupo não poderia se limitar ao Brasil. Como fruto de uma estratégia de expansão, a internacionalização da empresa ocorreu em território africano, cujo potencial de negócio é enorme, com o lançamento da África PT. Nos dias atuais, a ampliação do grupo atrelada à inserção de novas tecnologias na África mostra a importância deste mercado como um de seus vetores de crescimento.
A internacionalização do grupo PT em mercados com características similares às lusófonas, como a língua e valores comuns, facilitaram a entrada da Portugal Telecom no Brasil e em países africanos de língua portuguesa. No entanto, se a estratégia de expansão da empresa continuar a ser executada, o grupo poderá encontrar obstáculos no sentido de que entrará, inevitavelmente, em mercados com características culturais e linguísticas distintas das suas, facilidades que encontrou nos países em que atua com sucesso nos dias atuais. Para essa questão, várias estratégias podem ser planejadas, cabendo somente a PT descobrir qual será a mais apropriada a cada caso em específico.
Julia de Macedo Meira
Bibliografia:
- www.telecom.pt- http://www.dpp.pt/pages/files/infor_inter_2002_II.pdf
[1] Alguns exemplos: Cabo Verde, Moçambique, Timor e Angola.
[2] Como as operadoras Vodafone e Optimus. Porém, a PT ainda possui mais de 50% do total de clientes.
[artigo de opinião produzido no âmbito da u.c. "Economia Portuguesa e Europeia", do Curso de Gestão (1º ciclo) da EEG/UMinho]
Sem comentários:
Enviar um comentário