União
Europeia (UE)
é uma união económica e política de 27 Estados-membros independentes. A UE tem
as suas origens na Comunidade Europeia do Carvão e do Aço (CECA) e na
Comunidade Económica Europeia (CEE), formadas por seis países em 1958. Nos anos
de intervenção, a UE cresceu em dimensão com a adesão de novos Estados-membros
e em poder, por meio da adição de domínios políticos nas suas competências. O
Tratado de Maastricht estabeleceu a União Europeia com o seu nome atual, em 1993. A última alteração ao
fundamento constitucional da UE, o Tratado de Lisboa, entrou em vigor em 2009.
A UE opera através de um sistema híbrido de
instituições supranacionais independentes e de decisões intergovernamentais
feitas e negociadas pelos Estados-membros. As mais importantes instituições da UE
são a Comissão Europeia, o Conselho da União Europeia, o Conselho Europeu, o
Tribunal de Justiça da União Europeia e o Banco Central Europeu. O Parlamento
Europeu é eleito a cada cinco anos pelos cidadãos da UE.
A UE tem desenvolvido um mercado comum através de
um sistema padronizado de leis que se aplicam a todos os Estados-membros.
Em termos de políticas comuns,
estas existem em três esferas diferentes: a agricultura, as pescas e a
segurança e política externas.
Relativamente à primeira, a agricultura, temos a
Politica Comum Agrícola (PAC). Trata-se de um sistema de subsídios à
agricultura e programas de desenvolvimento em áreas afins, parte do primeiro
dos três Pilares da
União Europeia, designado como Comunidades europeias. Foi criada em 1962, tendo como
objetivos principais assegurar o abastecimento regular de géneros alimentícios e
garantir aos agricultores um rendimento em conformidade com os seus
desempenhos.
Tem como principais objectivos aumentar a
produtividade agrícola, garantir um bom nível de vida à população agrícola,
estabilizar os mercados, garantir os fornecimentos regulares e garantir preços
razoáveis no abastecimento ao consumidor.
No caso das pescas, temos a Politica Comum das
Pescas. O futuro do sector da pesca depende das práticas de pesca responsáveis
de hoje. A história da pesca, apesar de por vezes marcada por conflitos, tem
sido de um modo geral caracterizada pela cooperação na procura de soluções para
problemas comuns. A pesca e a aquicultura constituem actividades importantes, na
medida em que fornecem alimentos e proporcionam emprego em zonas costeiras e
rurais. Mas o seu êxito depende da protecção dos ecossistemas marinhos em que
são exercidas, principalmente ameaçados pela sobre-exploração e pela poluição:
como os efeitos destas não conhecem fronteiras, devem ser combatidos por acções
colectivas. Na União Europeia, existe outro motivo para a gestão comum do
sector da pesca: na altura do estabelecimento das regras relativas às
obrigações da Comunidade, foi decidido que o sector da pesca seria da
competência comunitária, a fim de poder ser garantida a segurança do
abastecimento alimentar. A Comunidade foi criada para assegurar a paz e
promover a prosperidade na Europa.
Entre as
políticas instituídas para alcançar estes objectivos conta-se o desenvolvimento
económico das regiões afectadas pela falta de emprego e de oportunidades: a
pesca e a aquicultura têm um papel importante a desempenhar no âmbito desta
tarefa de coesão económica e social. Uma Política Comum das Pescas é, pois, essencial
para a União Europeia. Esta deve abranger a dimensão biológica, económica e
social do sector, estabelecendo medidas coerentes relativas à conservação,
gestão e exploração dos recursos aquáticos vivos, à limitação do impacto da
pesca no ambiente, às condições de acesso às águas e aos recursos, à política
estrutural e à gestão das capacidades da frota, ao controlo e à execução, à
aquicultura, à organização comum do mercado e às relações internacionais.
O Sector das Pescas na União Europeia é o terceiro
maior do mundo, fornecendo actualmente cerca de 6,9 milhões de toneladas de
peixe. A pesca e a transformação do pescado são responsáveis por mais de 400 000
postos de trabalho. Assim, não é invulgar que os recursos marinhos ofereçam um
contributo importante no crescimento e emprego na União Europeia.
Por último, a Politica Externa e de Segurança. A
defesa e a segurança são tradicionalmente questões de soberania nacional. A
política da União Europeia neste domínio foi estabelecida como o segundo dos
três pilares do Tratado de Maastricht (1992), abolido com o Tratado de Lisboa,
em 2009. A
Política Externa e de Segurança Comum (PESC) foi alargada pelo Tratado de
Amsterdão (1997), que define os seus objetivos, redefinidos pelo Tratado de
Lisboa. A política é coordenada pelo Alto Representante da União para os
Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança. Embora a NATO seja a
responsável pela defesa territorial da Europa, a UE adotou missões de paz e
humanitárias. O exército da UE inclui uma força europeia de intervenção rápida,
compreendendo 60.000 membros.
O efeito da Política Externa da União também se
sente através do processo de alargamento. Sendo atrativos para vários Estados
que solicitaram entretanto a adesão, esta é um fator que contribui para a
reforma e estabilização dos países do antigo bloco comunista na Europa.
Rui Filipe Bastos Carvalho
[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3.º ano do curso de Economia (1.º ciclo) da EEG/UMinho]
[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3.º ano do curso de Economia (1.º ciclo) da EEG/UMinho]
3 comentários:
Muuuito obrigado, me ajudou bastante, Simplesmente nota 10 :D
Seria melhor se vocês listassem quais são as politicas comuns
Obrigada mesmo me ajudou muito!!!
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