terça-feira, 18 de dezembro de 2018

O desemprego na Zona Euro

A Zona Euro refere-se à uma união monetária dentro da União Europeia, na qual alguns Estados-membros adotaram oficialmente o euro como moeda comum. Esta é a segunda maior economia do mundo, segundo estimativas da Agência Central de Inteligência (CIA), em 2013. Atualmente, são 19 estados membros da União Europeia que fazem parte da zona do euro, nomeadamente: a Alemanha, a Áustria, a Bélgica, o Chipre, a Eslováquia, a Eslovénia, a Espanha, a Estónia, a Finlândia, a França, a Grécia, a Irlanda, a Itália, a Letónia, a Lituânia, o Luxemburgo, a Malta, os países baixos e Portugal. No entanto, Alguns países que fazem parte da União Europeia resolveram não adotaram a moeda única, a exemplo de Inglaterra, Suécia e Dinamarca.
Em relação ao desemprego, este é um tema muito relevante e discutido na atualidade, uma vez que é um dos maiores problemas do mundo em que vivemos. Segundo Garraty, o desemprego significa a condição da pessoa sem algum meio aceitável de ganhar a vida e os desempregados são pessoas capazes de trabalhar para satisfazer as suas necessidades mais ociosas, que elas possam fazer para atender às necessidades da sociedade. Desta forma, o desemprego fica caraterizado como sendo a não possibilidade do trabalho assalariado ou por conta própria nas organizaçōes.
Na Zona Euro, a taxa de desemprego fixou-se em 8,6%, em Janeiro, estável em relação a Dezembro e abaixo dos 9,6% de Janeiro do ano passado (2017). Este era o valor mais baixo que se verificou em janeiro quando foi feito o estudo. Contudo, o nível se manteve estável em Outubro de 2018, em 7,3%, o mesmo valor foi registrado em Dezembro.
Segundo os dados do Eurostat, entre os Estados-membros da União Europeia, as taxas de desemprego mais baixas foram registadas na República Checa (2,2%) e Alemanha (3,3%), enquanto as mais elevadas foram observadas na Grécia (18,9% em agosto) e na Espanha (14,8%).
As descidas mais acentuadas foram registadas em Chipre, Grécia, Croácia, Espanha e Portugal, onde o desemprego caiu, em Janeiro, para 7,9%. Dados recentes mostram que desde janeiro de 2018 a taxa de desemprego na zona do euro tem vindo a descer consideravelmente, recuando para 8,1% em Agosto de 2018.
 Entretanto, esta manteve-se constante, em outubro, em 8,1% (quando comparada com os meses de Agosto e Setembro), na zona euro e na União Europeia (UE), com Portugal a registar a quarta maior descida (de 8,4% para 6,7%), depois da Croácia (de 10,2% para 8,1%), da Grécia (de 20,8% para 18,9%, em agosto) e da Espanha (de 16,6% para 14,8%).
Segundo os dados da Eurostat, este é o valor mais baixo na taxa de desemprego registado até Outubro de 2018:

Figura 1: Desemprego na Zona Euro
Fonte: Eurostat

É de salientar que em relação ao desemprego jovem, isto é, respeitante a jovens com idade inferior a 25 anos, este desceu tanto na Zona Euro como na União Europeia.  Dados da Eurostat mostram que, em Janeiro deste ano, 3.646 milhões de jovens estavam desempregados, dos quais 2.535 milhões na Zona Euro.  
Em comparação com Janeiro de 2017, o desemprego jovem caiu em 333 mil na União Europeia e em 280 mil na Zona Euro. A taxa de desemprego jovem desceu para 16,1% na UE e para 16,6 % em agosto de 2018 na região da moeda única, o que compara com 17,6% e 19,9%, respetivamente, em Janeiro de 2017.


Ilustro no gráfico abaixo a considerável descida na taxa de desemprego entre os jovens:

Figura 2: Desemprego entre jovens

Tendo em conta que a taxa de desemprego tem vindo a diminuir de forma significativa, acompanhada de um aumento dos salários mais baixos, pode-se concluir que o progresso económico e tecnológico tem sido cada vez mais notório, causando assim um impacto extremamente positivo na Economia Portuguesa e Europeia. Constatei também que a taxa de desemprego e o salário mínimo possuem uma relação direta, uma vez que o Professor Doutor João Cerejeira, afirma que a acentuada subida no salário mínimo nacional (SMN) é fruto de uma considerável redução na taxa de desemprego.

Shelcia Sofia Lima Custódio

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

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