Numa fase em
que muita se fala das declarações da Troika reconhecendo que falharam as
medidas aplicadas, como o aumento de impostos, da sustentabilidade do país pós-Troika
e se realmente conseguimos atingir as metas por eles estipuladas, saíram duas
noticias no Jornal Publico que, para as empresas e famílias, vê-las realizadas
seria um grande bónus para se libertarem do aperto em que se encontram.
A primeira medida
é a redução de impostos, defendida pelo Banco de Portugal. No Boletim Económico
de Outono, Carlos Costa mostra se preocupado com a diminuição do investimento
empresarial e consequentes implicações no crescimento económico futuro do país
e, por isso, “defende que é necessária uma redução da carga fiscal sobre
empresas e famílias gradual mas duradoura”, de forma a aumentar a
competitividade das empresas, dando assim “incentivos à inovação e à
incorporação de progresso técnico por parte daquelas, assim como ao
investimento em educação e capital humano por parte das famílias.
A segunda
medida é proposta pelo PSD, e consiste numa redução do Imposto Municipal sobre
os Imóveis (IMI) para famílias com mais de dois filhos. A ideia é redução até
10% para família com dois dependentes, redução até 25% com três dependentes,
redução até 50% com quatro dependentes, redução até 60% com cinco dependentes e
redução até 75% para seis ou mais dependentes, de forma a discriminar
“positivamente as famílias, pela via da diminuição da taxa aplicada a agregados
familiares mais numerosos”.
Visto que a
“estratégia de consolidação orçamental deverá prosseguir tendo cada vez mais em
conta a necessidade de garantir um crescimento económico sustentável no médio
prazo”, vejo nestas duas medidas as formas ideais de aumentar o investimento
por parte das empresas, podendo contratar mais funcionários ou dando margem a
investimentos em projectos inovadores, aumentar o consumo interno das famílias
e ao mesmo tempo e não menos importante um incentivo ao aumento da taxa de
natalidade. O Estado deve assim aplicar mais cortes na despesa pública e dar incentivos
internos para aumentar a confiança e consequente investimento nos mais diversos
sectores, que possam levar à normalidade das contas públicas.
José Manuel da Silva
Mendes
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1ºciclo) da EGG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1ºciclo) da EGG/UMinho]
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