É do conhecimento público que Portugal é
um país devedor, com necessidades líquidas de financiamento cada vez mais
evidentes e com poucas possibilidades de poder pagar aos seus credores. Todos
os dias são noticiados os números do défice externo e da dívida pública em
relação ao PIB e do quanto esses números estão distantes dos Critérios de
Convergência Nominal estabelecidos no âmbito da criação de uma moeda única.
Uma das principais causas para estes
sucessivos aumentos do défice e da dívida pública é o sucessivo endividamento
da Administração Central e da também sucessiva necessidade de financiamento,
sendo que há um aumento da necessidade de endividamento a partir do ano de
2011. No entanto, este défice da Administração Central não é causado pelo Investimento
em Formação Bruta
de Capital Fixo, pois esse Investimento tem vindo a cair a partir do mesmo ano.
Este défice é causado, sobretudo, pelo pagamento de Juros e de Empréstimos,
tanto a Longo como a Curto Prazo.
Por outro lado, tem-se verificado a um excedente
nas contas das Administrações Locais, também a partir do ano de 2011, sendo que
no ano 2011 contava com uma necessidade líquida de financiamento (-586),
passando para 855,9 e 601,5 em 2012 e 2013, respectivamente.
Em relação aos dados da Administração
Central, podemos ver que há um decréscimo acentuado nas receitas do Estado a
partir de 2011, sobretudo devido aos sucessivos aumentos de impostos, sendo que
no ano de 2011 o Estado obteve uma Receita Total de 76.936M e no ano de 2012
decresceu para 67.794M. Esta decréscimo deveu-se ao menor montante de imposto
arrecadado pelo Estado. Em relação à Despesa Total do Estado, houve também um
decréscimo, porém, não em tanta proporção como as Receitas, sendo que em 2011 o
Estado gastou cerca de 84.458M e em 2013 teve uma despesa de cerca de 78.419M.
Pedro Ulisses Rodrigues Veloso Soares
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1ºciclo) da EGG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1ºciclo) da EGG/UMinho]
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