sexta-feira, 25 de outubro de 2013

O flagelo do desemprego

O flagelo do desemprego é um fenómeno que tem vindo a atingir o nosso país desde há algum tempo. Atingindo o seu máximo (17,8%, segundo a Eurostat) em Abril deste ano. Este aumento da taxa de desemprego pode, em parte, justificar-se como uma consequência da estratégia de recuperação económica imposta pela Troika, ou seja, com as medidas implementadas, era previsível que o desemprego aumentasse.
Como é óbvio, estas medidas têm como objetivo a recuperação económica, e esta não passa por um aumento do desemprego, mas sim por uma diminuição, que de facto se tem verificado nos últimos meses (desde Abril que a taxa de desemprego tem diminuído mensalmente). 
Esta recuperação pode ter duas interpretações: a positiva, as medidas da Troika têm surtido efeito e Portugal começa lentamente a recuperar da crise; e a negativa, esta recuperação deve-se ao acelerar das atividades económicas comum nesta altura do ano.
Outra situação importante de analisar àcerca tema é a faixa etária mais afetada: os jovens (também atingiu o seu valor record em Abril, 42,5% segundo a Eurostat). Com este preocupante nível de desemprego jovem, também o futuro e o desenvolvimento podem vir a ser afetados, pois com uma grande parte dos jovens fora do mercado de trabalho, a mão-de-obra mais qualificada e a tecnologia mais recente ficam mais longe das empresas, impedindo assim o desenvolvimento.
À semelhança da taxa de desemprego global, a taxa de desemprego juvenil baixou para os 37% nos últimos meses, podendo esta redução ser justificada pela sazonalidade da época ou pela eficácia das medidas tomadas dos últimos tempos.
Resta-nos esperar que o governo português tenha razão, isto é, o desemprego esteja finalmente a diminuir e a economia a recuperar.

Pedro Miguel Pimenta 

[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho] 

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