Como é constantemente referido nos “média”, a taxa de desemprego em Portugal é elevada, embora tenha vindo a registar descidas pouco significativas. Exemplos disso são o mês de Julho, que mostrou uma baixa para 16,6%, e Agosto, que recuou para 16,4%. Apesar destas pequenas reduções, Portugal contínua de facto a ter a quinta taxa de desemprego mais elevada entre os Estados Membros da União Europeia, enquanto as taxas mais baixas pertencem à Áustria (4,9%), à Alemanha (5,2%) e ao Luxemburgo (5,8%). O setor etário mais afetado é o jovem, pois a sua taxa em Portugal (37,1%) foi a quarta maior da UE, assim como a taxa de desemprego jovem observada em Portugal foi superior às registadas na zona euro (12%) e na UE (10,9%).
Em Portugal, o Eurostat estima que o número de desempregados se tenha reduzido em dois mil (de 886 mil para 884 mil). Apesar de tudo, o número de desempregados continua a ser mais elevado do que há um ano. De entre os 28 Estados-membros, Portugal (16,4%) está logo atrás da Grécia (27,9%), da Espanha (26,2%), do Chipre e da Croácia (ambos com 16,9%).
Desceu mais do que o previsto para 16,4% no segundo trimestre deste ano, face ao trimestre anterior, altura em que a taxa se fixou no valor recorde de 17,7%, enquanto que a taxa de desemprego jovem diminuiu para 37,1%. Foi a primeira vez que a taxa de desemprego recuou, desde o segundo trimestre de 2011. O segundo trimestre costuma ser melhor do que os três primeiros meses, sobretudo por causa da aproximação do verão, a época forte do turismo, que cria mais postos de trabalho.
Esta descida do desemprego deve-se principalmente à sazonalidade da época e esta também revela uma melhoria das condições de base do mercado de trabalho. Outra realidade importante é o facto do desemprego e o subemprego, por falta de trabalho, ter atingido os 1,305 milhões de portugueses e apenas 356,5 mil destes desempregados estão a receber subsídio de desemprego.
Concluindo: apesar de haver indicações relativamente ao desenvolvimento da atividade económica, em Portugal e na Zona Euro, que levam a crer que nos próximos tempos se poderá verificar uma descida do desemprego, motivada por este aumento da atividade económica, a verdade é que passará ainda muito tempo sem que este flagelo social se atenue visivelmente.
Mónica Mendes Silva
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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