É de conhecimento geral que a austeridade em Portugal terá de continuar
por muito tempo e que a economia encontra-se num momento dramático. O Governo
tem de continuar a cumprir o Programa de Ajustamento Financeiro, no sentido de
assegurar a reputação e a credibilidade da marca Portugal. É fundamental
reforçar a economia, conquistar novamente a confiança dos mercados para que os
bancos se consigam financiar.
Tornou-se evidente que o caminho para reposicionar Portugal assenta na
internacionalização, ou seja, o país tem que assumir uma perspectiva de médio e
de longo prazo com o objectivo de alcançar uma estratégia de crescimento
sustentado. Com o mercado doméstico em crise, as empresas procuram soluções no
estrangeiro para se tornarem mais competitivas. Focam-se essencialmente na
inovação, na investigação e desenvolvimento, na tecnologia e no marketing para
alcançarem o sucesso.
A procura pelo crescimento nos mercados emergentes já não é uma questão
de escolha, mas sim de necessidade. É crucial para as empresas Portuguesas
virarem a sua atenção para o mundo, sobretudo para a parte do mundo em que se
está a registar um bom crescimento. Neste sentido, é preciso sair da Europa,
alargar os horizontes, alcançar mercados como o Brasil, a China, a África e os
Países Árabes.
Compete às pequenas e médias empresas projectarem o país para uma
dinâmica de criação e de aposta na criatividade. É necessário produzir produtos
inovadores comparativamente com outros países, uma vez que o destino não
depende apenas do sector de actividade mas também do posicionamento de cada
produto. Cada caso é um caso e há oportunidades para todos.
Em suma, é fundamental ganhar competências internas suficientes para
atingirmos novas geografias.
Ana Patrícia Martins
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