O investimento
imobiliário em Portugal não pára de aumentar, sendo esta ampliação muito
visível, principalmente, na cidade de Lisboa.
Por exemplo, o centro
histórico de Lisboa viu um crescimento do investimento de 17% face ao semestre
anterior, visto que no primeiro semestre do ano corrente foram investidos 345
milhões de euros e no semestre anterior o valor rondava os 296 milhões de
euros.
A diferença no volume
investido nestes dois semestres deve-se, provavelmente, ao resultado de uma
aposta em imóveis de maior valor visto que o número de imóveis vendidos não foi
assim tão distante: em cada semestre, foram transaccionados cerca de 889 imóveis.
Segundo a Confidencial
Imobiliário, com base nos dados do Índice de Preços do Centro Histórico de
Lisboa (IPCHL), as transações realizadas incluem a “venda quer de prédios, quer
de frações, reabilitados ou por reabilitar, nas áreas de habitação, retalho e
serviços”. Sendo assim, o investimento médio no primeiro semestre de 2017 foi
de 394 mil euros.
Contudo, apesar deste investimento,
se recuarmos ao semestre homólogo (primeiro semestre do ano de 2016), houve uma
queda “quer no volume de investimento (- 13% face a 395 milhões de euros) quer
no número de ativos transacionados (-34% face às 1.345 transações) ”, de acordo
com os dados do IPCHL. Desde 2013 que estes dois indicadores não eram
ultrapassados.
Com estes dados é
possível afirmar que há 6 semestres consecutivos (desde 2014) que, apesar da
diminuição de imóveis transacionados, tem havido uma subida acumulada nos
preços praticados no centro histórico de Lisboa, de cerca de 67%.
Esta semana, arrancou
um projeto libanês no valor de 16 milhões de euros em Lisboa, para a construção
de um condomínio projetado para a nova geração.
O aumento do
investimento não é só notário na cidade de Lisboa, mas também noutras cidades
portuguesas. Por exemplo, em Grândola, vila do distrito de Setúbal, a Vanguard Properties lançou, no início
desta semana, o princípio de um projeto imobiliário que ronda os 200 milhões de
euros. O projeto tem como objetivo a construção de 200 moradias de várias
tipologias, que pretende incentivar clientes nacionais e estrangeiros. Desde
2015 que esta empresa está presente em Portugal e desde então já desenvolveu 14
projetos residenciais em todo o país, com uma área total de 320 mil metros
quadrados de construção.
Em suma, é visível o
aumento do investimento imobiliário em Portugal pelas empresas do sector e,
principalmente, pela capacidade de financiamento dos projectos com qualidade e
viabilidade devido à existente procura. Estes dados são positivos para a nossa
economia pois proporcionam um aumento da riqueza nacional devido à criação de
cidades mais sustentáveis, dinâmicas e atractivas, tanto para turistas como
para residentes.
Sérgio
André de Oliveira Marques
https://www.idealista.pt/news/imobiliario/habitacao/2017/11/09/34817-grupo-libanes-investe-16-milhoes-em-lisboa-e-cria-condominio-para-a-nova-geracao?xts=410875&xtor=AD-309-[node/34817]-[]-[0]-[observador__observador.pt]-[GT]-[text_link]&source=28
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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