Nos dias que correm, um dos temas mais abordados em
noticiários, jornais e, até mesmo, nas redes sociais é o terrorismo. Este tema tem
sido alvo de várias notícias, sejam elas relacionadas com problemas de terrorismo
na Síria ou ataques terroristas nas grandes cidades europeias.
Neste relatório, o tema será mais direcionado para o
terrorismo nas cidades europeias. De forma, a combater este problema e a tornar
a Europa um lugar cada vez mais seguro, o Conselho da União Europeia criou, em
2005, uma estratégia antiterrorista. Esta estratégia estabelece quatro pilares
fundamentais, sendo estes: prevenir, proteger, perseguir e responder. Deste
modo, a única forma de colocar esta estratégia em prática é através da
colaboração com instituições internacionais e com outros países.
Segundo o Conselho Europeu, o pilar prevenir implica
“combater as causas da radicalização e do recrutamento de terroristas” e constitui
a primeira prioridade para a UE. Após os ataques terroristas em Paris (janeiro
de 2015), foram debatidas as medidas a ser tomadas pelos dirigentes da UE.
Estas novas medidas tinham como objetivo a “proteção dos cidadãos europeus”, a
proteção dos valores europeus, a prevenção contra a radicalização e a
“cooperação com parceiros internacionais”. O pilar proteger é a segunda
prioridade do Conselho Europeu, que consiste na “proteção dos cidadãos e das
infraestruturas e na redução a vulnerabilidade a atentados”. O terceiro pilar
tem como objetivo limitar a capacidade de planeamento e organização dos
terroristas. Por último, o pilar responder baseia-se na capacidade de
preparação e minimização das consequências causadas por um ataque terroristas.
Um dos grandes problemas associados ao terrorismo é
o seu financiamento. A União Europeia tem, também, um programa de luta contra o
branqueamento de capitais e o financiamento do terrorismo. O financiamento de
terroristas tem vindo a tornar-se mais fácil ao longo dos anos, devido à
inovação tecnológica e ao aparecimento de novos instrumentos financeiros. Por
exemplo, os cartões pré-pagos podem constituir um grande benefício para a
população, mas, por outro lado, podem ser uma forma fácil de financiar
terroristas. Ao longo dos anos, o Conselho da UE tem vindo a realizar
alterações relativas à prevenção do sistema financeiro, uma vez que este pode
funcionar como meio de financiamento de terroristas. As propostas feitas são,
por exemplo, o reforço dos poderes das unidades nacionais de informação
financeira, isto é, permitir que certas unidades tenham acesso às contas
bancárias que pertencem a uma dada pessoa, bem como à sua identidade; resolução
dos problemas relacionados com os instrumentos pré-pagos; reforço das medidas
relativas aos países de risco elevado, isto é, a países que apresentam problemas
relacionados com o branqueamento de capitais, e o reforço da transparência das
empresas.
Segundo o “Global
terrorism índex 2015”, do Institute
for Economiscs and Peace, a maioria das mortes causadas pelo terrorismo não
ocorrem nos países ocidentais. Excluindo o ataque de 11 de setembro, apenas
0,5% das mortes por terrorismo ocorreram no Ocidente, desde 2000. Incluindo o 11
de setembro, a percentagem atinge os 2,6%. Desde 2006, 70% das mortes em países
ocidentais foram causadas por terroristas que atuavam sozinhos. Os restantes
30% foram causadas por grupos de terroristas. Apesar de nos últimos anos,
ouvirmos falar de terrorismo causado pelo estado islâmico, esta não é a principal
causa de terrorismo nos países ocidentais. A maioria dos indivíduos que atuam
sozinhos (80%) são impulsionados pelo extremismo da direita, nacionalismo,
sentimento anti-governo e extremismo político.
De forma a concluir, deixo aqui um
aparte acerca do terrorismo a nível mundial. Segundo o “Global terrorism índex 2015”, em 2014,
o Iraque e a Nigéria registarem 53% do total de mortes causadas por terrorismo.
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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