Lisboa
foi invadida nos passados dias 6 a 9 do mês corrente por uma onde de ar fresco
de muitas personalidades internacionais, como Al Gore, Sara Sampaio e Francois
Hollande, de muitos investidores, CEO´s de empresas conhecidas mundialmente e, principalmente,
de muita, muita tecnologia. Tudo se deveu à Web
Submmit, que estará presente em Portugal, no Altice Arena, durante 3 anos
consecutivos. Pena que dois deles já passaram.
A
Web Submmit, originalmente Dublin Web Submmit, é a maior conferência de tecnologia e
empreendedorismo do mundo, sendo realizada anualmente, desde 2009. Foi fundada
por Paddy Cosgrave, David Kelly e Daire Hickey. O tema da conferência é centrado na tecnologia e os participantes
vão desde empresas da Fortune 500 (as
maiores corporações do mundo, segundo a sua receita) até às pequenas empresas de tecnologia. Estão presentes vários
CEO´s e fundadores de startups
tecnológicas em conjunto com uma série de pessoas da indústria da tecnologia
global.
Foi
com estranheza que Portugal recebeu esta notícia em 2016, mas também com muito
agrado uma vez que, sendo esta uma conferência com elevada reputação mundial
traria, muito provavelmente, muita receita para Portugal. Mas porquê Portugal?
Este é um país pequeno, no extremo da Europa, e com um mau histórico em termos
fiscais (várias crises económicas).
Aquando
a explicação da escolha de Portugal como o destino escolhido, foi referido que
Lisboa era uma cidade cosmopolita, com boas condições de infraestruturas e um
grande número de hotéis.
O
sucesso em 2016 foi notório e este ano as perspetivas estavam ainda mais
elevadas, e de facto não foram defraudadas. Foram 59 115 pessoas durante
os 3 dias, oriundas de 170 países diferentes, onde mais de metade das cerca de
60 mil pessoas eram do sexo feminino. Gastou-se cerca de 80 mil quilómetros de
fio elétrico, o suficiente para subir o monte Evereste 8 vezes, para garantir
energia elétrica em todo o evento. Foram iniciadas na internet nos 3 dias em
que o evento decorreu 202 milhões sessões, mobilizados 2 600 jornalistas, 2 100
startups, 14 000 investidores, mas,
sobretudo, houve muita “tecnologia no ar “.
O
preço dos bilhetes é algo que não pode deixar de ser referido. São considerados
exorbitantes para uns e um bom investimento por outros. Chegaram aos 1500
euros, com tudo incluído, os últimos bilhetes vendidos. A boa noticia é que já
na edição de 2016, e nesta igualmente, o estado juntou-se à Web Submmit e, através do programa Inspire Portugal, permitiu que 10 mil
jovens, entre os 16 e os 23 anos de idade, tivessem acesso a bilhetes a 7,5
euros, por meio-dia, o que equivale a 1% do preço do bilhete normal. Uma medida
muito bem vista pelos jovens de hoje, que apesar de não serem o principal alvo
deste evento, mas sim a população em geral, não veem assim o custo monetário
como o maior entrave para a sua participação neste evento.
As
ideias de negócio que este ano apareceram foram, uma vez mais, surpreendedoras
e deixaram qualquer um de boca aberta. Desde um teste de gravidez feito
maioritariamente de bambu a uma app
que ajuda casais em divórcios difíceis.
Como
portuguesa e jovem que sou, só me resta lamentar não ter estado presente neste
grande evento que tanto tinha para nos dar. É com ótimos olhos que vejo estas
iniciativas, pois colocam Portugal na boca do mundo, e torna-nos pessoas mais
informadas e mais enriquecedoras num mundo onde o conhecimento não ocupa espaço.
Cláudia Sofia Pereira
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
Sem comentários:
Enviar um comentário