O
Web Summit é um evento dedicado à
tecnologia e ao empreendedorismo, sendo a maior conferência de tecnologia do
mundo. A ideia surgiu na Irlanda, onde se realizaram as primeiras edições (2010-2015),
mas, pelo segundo ano consecutivo, a conferência vai ter lugar em Lisboa. A
falta de infra-estruturas e a fraca qualidade da rede wi-fi na Irlanda levaram a organização a abrir concurso para outras
cidades acolherem este evento. Lisboa concorreu e venceu as edições de 2016,
2017 e 2018, existindo ainda a possibilidade do evento se manter em Portugal em
2019 e 2020.
A
edição de 2017 arranca já no dia 6 de novembro e promete ser “o maior e melhor Web Summit até á data”,
segundo um dos fundadores. Contando com mais de 60 mil participantes, oriundos
de mais de 170 países e 1200 oradores, a Web
Summit promete ser um período de partilha de conhecimento e inovação na
área da tecnologia. Um dos grandes objetivos do evento, que se vai realizar na
FIL e na Altice Arena, é aproximar empreendedores a executivos, gestores e clientes
de grandes empresas do ramo tecnológico. Na edição deste ano, 280 start-ups portuguesas vão tentar
angariar investidores de entre os “tubarões” do ramo.
Com
preços a variar entre os 7,5€ e os 24.995€, os bilhetes para o grande evento
tecnológico do ano estão quase todos vendidos e a expectativa é elevada. Também
nas áreas de transportes, segurança e wi-fi
parecem existir evoluções positivas em relação aos anos anteriores. Segundo um
dos fundadores, Paddy Cosgrave, a rede wi-fi
“vai funcionar a 99,9%”, o que representa um melhoramento face à edição
passada. Quanto aos transportes, a Carris, o Metro e a CP vão voltar a
disponibilizar um passe que combina as três plataformas de transportes, e os serviços
da Uber e Cabify vão apresentar condições específicas relacionadas com o
evento.
No
que diz respeito à segurança, embora Portugal seja considerado um dos países
mais seguros do mundo, vão existir medidas extraordinárias. Vão ser cortadas
várias ruas no Parque das Nações, Bairro Alto, Cais do Sodré e Alcântara, e vai
ser montado um dispositivo de segurança em volta da rede de metro.
Para
o nosso país, nomeadamente para a cidade de Lisboa, o Web Summit é um autêntico dinamizador económico. Segundo a Associação
da Hotelaria de Portugal, a taxa de ocupação esperada na cidade na altura do
evento é de 88%. Já de acordo com a Airbnb, uma plataforma de aluguer total ou
parcial de alojamento, foram efetuadas cerca de 18 mil reservas para os dias do
evento, o que movimentará à volta de 1,5 milhões de euros. Segundo a AICEP, o Web Summit 2016 teve um impacto direto
na economia portuguesa na ordem dos 200 milhões de euros. Para além destes números,
Paddy Cosgrave refere que “o impacto deve ser avaliado no período de cinco a
dez anos”, período esse que permitirá conhecer “a perceção que as pessoas têm
de Portugal e de Lisboa” e colher os frutos dos contactos realizados entre start-ups e investidores.
A
importância económica do Web Summit
para o nosso país advém do impacto imediato gerado pelo evento, e pelos
negócios futuros que a divulgação de empresas e ideias inovadoras nacionais
venham a possibilitar, apoiados na rede de contactos criada e na partilha de
informação promovida.
Portugal
será notícia, em todo o mundo, como sendo o centro do empreendedorismo e do
futuro da tecnologia entre os dias 6 e 9 de novembro de 2017.
Nuno Rafael Rego Campos
Bibliografia
Negócios, nº3618, ano XVI, 03 de
novembro de 2017
Diário de Notícias: https://www.dn.pt/portugal/interior/a-web-summit-teve-um-impacto-na-economia-na-ordem-dos-200-milhoes-de-euros-5507553.html
Jornal Económico: http://www.jornaleconomico.sapo.pt/noticias/web-summit-o-festival-de-tecnologia-que-esta-a-mudar-portugal-228435[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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