Sempre
que os rankings de produtividade são
divulgados, Portugal aparece sempre em destaque pela negativa. Porém, existem
diversos exemplos de portugueses líderes mundiais de empresas e organizações e
ainda em quadros diretivos a nível internacional que evoluíram de multinacionais
em Portugal. Os portugueses têm caraterísticas que lhes permitem efetivamente
ter sucesso em países mais competitivos, tecnologicamente mais evoluídos e com
níveis de produtividade superiores. Portugal é reconhecido como um país com
elevada qualidade nos seus recursos humanos e se os portugueses são
efetivamente produtivos fora de Portugal, não faz sentido que o não sejam no
seu país.
Tendo
em conta o nível de produtividade do trabalho por hora ilustrativo de 100 no
caso da União Europeia, Portugal em 2016 teve uma produtividade de 68,9. Tendo
em conta que a sua produtividade em 1995 era de 67,4, tendo em conta este
índice, a produtividade do trabalho por hora, para além de se encontrar baixa
comparativamente com a União Europeia, teve um crescimento muito pequeno num
intervalo de tempo considerável.
Portugal
é o décimo oitavo país com produtividade mais alta no contexto dos vinte e oito
países da União Europeia, o que é um resultado bastante mau.
Se
tivermos em conta o caso específico da Eslováquia, que em 1995 tinha uma
produtividade do trabalho por hora de 47,6 e que em 2016 esse valor passou para
76,8, então esse é um exemplo a seguir ao nível do aumento de produtividade.
Na
minha perspetiva, para que uma pessoa seja produtiva, tem de entregar o máximo
no menor tempo possível consumindo o minino de recursos nomeadamente humanos,
materiais e tecnológicos e, assim sendo, não é por trabalhar mais horas que
será mais produtivo, mas sim se fizer o máximo no menor tempo possível, porque
se olharmos para países com elevada produtividade, eles têm um número diário de
horas de trabalho reduzido comparativamente com o nosso. Para além disto, deve
existir um maior planeamento e delegação de tarefas tendo em conta objetivos
claros e concisos quer para o dia-a-dia quer para uma tarefa mais longínqua. Como
a culpa não é só de quem delega tarefas, para o nível individual, tem de
existir uma forte organização pessoal e foco na sua tarefa.
Ana Isabel Ferreira da
Rocha
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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