As
eleições para a presidência da Comissão Política Nacional do PSD foram
agendadas para 13 de janeiro e, até ao momento, só há dois candidatos apresentados:
Rui Rio e Pedro Santana Lopes. A campanha começou há um mês, mas será que foi
dito algo de novo?
Após a escuta das ditas propostas e
promessas dos dois candidatos, ficamos a saber que Rui Rio, que se intitula
mais estável do que Santana Lopes, tenciona ter um défice zero, recrutando
gente mais velha pela sua experiência e gente mais nova pela sua dinâmica,
criatividade e ambição. Por outro lado, temos Santana Lopes que, relembrando,
nas legislativas de 2005, permitiu a Sócrates a maioria absoluta dos
Socialistas e, em 2009, quando quis voltar à Câmara de Lisboa, perdeu e quando
quis regressar ao partido ficou em terceiro contra Manuela Ferreira Leite e
Paulo Rangel. Santana Lopes quer positivo o saldo das Administrações Públicas,
o saldo Corrente e primário, que exclui os juros, para que assim sejam
libertados recursos para amortizar o défice e a dívida, mas centrado no
crescimento económico, apostando numa geração mais jovem.
Quer Rui Rio quer Santana Lopes se mostram disponíveis para falar com o Primeiro-Ministro António Costa e salientam os resultados económicos positivos que o atual Governo tem demonstrado, mostrando-se disponíveis, também, para pactos de regime com o atual Governo, nomeadamente no que se refere a reformas estruturais para o avanço do país, tais como, reformas da Segurança Social, da Justiça e da prevenção contra os incêndios. No entanto, nenhum destes candidatos quer um Banco Central.
Quer Rui Rio quer Santana Lopes se mostram disponíveis para falar com o Primeiro-Ministro António Costa e salientam os resultados económicos positivos que o atual Governo tem demonstrado, mostrando-se disponíveis, também, para pactos de regime com o atual Governo, nomeadamente no que se refere a reformas estruturais para o avanço do país, tais como, reformas da Segurança Social, da Justiça e da prevenção contra os incêndios. No entanto, nenhum destes candidatos quer um Banco Central.
Apesar
das maiores diferenças entre estes candidatos serem a nível pessoal, os dois apostam
num discurso mais social. Santana, mais próximo das pessoas, Rui Rio, mais
racional e mais próximo daquilo que os portugueses querem.
Torna-se tudo ainda mais confuso quando
ambos defendem uma possível coligação com o CDS-PP, que dizem ser o “seu
parceiro natural de coligação”, em resposta aos acordos fixados entre o Partido
Socialista (PS), o Partido Comunista Português (PCP) e o Bloco de Esquerda
(BE). Será lógica tal justificação? Ao realizaram tal acordo, não estarão a
fazer o mesmo?
Um mais para o centro-esquerda, outro mais
para o centro-direita, não é muito claro o que sabemos sobre estes candidatos, talvez
porque nenhum dos dois queira opinar, pois tal ação envolve riscos. Mas será
que mais uma vez teremos mais do mesmo, ou seja, mais uma vez um PSD sem
diferenças do seu passado?
A questão que se coloca é: será que o PSD
sabe o que quer?
Francisca Isabel Silva Pereira
Leite
Referências:
·
Http://www.tvi24.iol.pt/politica/psd/rui-rio-rejeita-bloco-central-e-critica-almoco-de-marcelo-e-santana.
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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