As alterações energéticas são um tema relevante e de grande debate actualmente. Toda a gente já ouviu falar, mas nem todos se preocupam. Se há alguns anos era um tema cuja discussão se resumia a possibilidades, onde a maioria da população não acreditava ser possível o gelo dos pólos desaparecer ou então que o petróleo era um bem escasso; nos dias de hoje já são menos os cépticos, mas existe ainda muita polémica à volta deste tema.
Recentemente, surgiu uma notícia muito controversa sobre o falso alarmismo para as alterações climáticas (AC). A notícia indica que o Mett Office irá rever os dados estatísticos de mil estações meteorológicas, espalhadas pelo mundo, ao longo dos últimos 150 anos. Este projecto, que levará vários anos, tem o propósito de dar confiança ao público depois do Climategate (caso da suposta alteração das temperaturas observadas nos últimos anos por parte de cientistas britânicos e norte-americanos, visando a inflação do aquecimento global - AG). Para além desta situação já de si polémica, o governo de Gordon Brown, segundo o The Times, pressionou o Mett Office a não avançar com a investigação com a justificativa de não se dever dar argumentos aos cépticos do AG. É caso para dizer: se não se tem nada a temer, porquê proibir?
A economia não pode ficar (e não fica) indiferente a este tema, até porque as mudanças climáticas devem-se a actividade comerciais desenvolvidas pelo Homem. Por este motivo algumas medidas que visam atrasar, e talvez num futuro reverter, as AC passam pela alteração de padrões de produção, de consumo e de investigação de novos processos produtivos. A implementação de quotas à libertação de CO2, que obriga os países a modernizar a sua indústria para métodos menos poluentes, é um bom exemplo de como as AC têm um impacto directo sobre a actividade económica dos países.
Não sendo possível produzir sem poluir, resta-nos tornar os nossos processos industriais mais ecológicos, o que acarreta custos potencialmente elevados. Com o protocolo de Quioto e, mais recentemente, com a Cimeira de Copenhaga, os países comprometeram-se a reduzir de forma bastante acentuada as emissões de gases poluentes. Contudo, o desejo de reduzir as emissões poluentes não é prioridade para todos os países e, por isso, a Cimeira de Copenhaga foi considerada por muitos um fiasco. Para o Conselheiro de Durão Barroso, “esta reunião terminou sem um acordo vinculativo, sem metas de redução das emissões e sem mecanismos de transferências de tecnologia definidos”. Sendo assim, ficamos sem respostas para um problema que não espera por nós.
Existem algumas medidas que procuram diminuir o efeito de gases poluentes no planeta, por exemplo, o armazenamento de dióxido de carbono que pode ser feito nos oceanos ou em grutas (cavidades) da crosta terrestre. O Professor Canadiano David Keith (2006) contruiu um protótipo que permite a captação de dióxido de carbono (captando mais CO2 que aquele necessário à sua construção e funcionamento), podendo no futuro ser mais eficiente que as árvores na captação deste gás. O armazenamento no fundo dos oceanos pode ser feito nas jazidas petrolíferas em exploração, ou então na transformação do CO2 em gelo seco e armazenado directamente no fundo do mar (devido as elevadas pressões e baixas temperaturas mantém-no “encarcerado” por milhares de anos). A aplicação deste tipo de medida já está existe numa escala industrial, como é exemplo a central de captação e armazenamento de CO2 nos EUA em New Heaven, Virgínia.
Se existir solução para as alterações climáticas, tem de ser aplicada e aceite por todos os países do mundo. Não é praticável que um conjunto de países (como por exemplo, a EU) se esforce por reduzir as emissões e ser mais ecológico se todos os outros continuam a poluir. A poluição não reconhece fronteiras nem o seu poluidor e, enquanto assim for, este é um problema de todos e não de alguns. Como seres vivos únicos e isolados no Universo temos de decidir se pretendemos continuar a consumir sem nos preocuparmos com a destruição do planeta, ou então se queremos lutar por manter o planeta um lar para milhões de espécies únicas. Enquanto subespécie que somos, estamos a caminhar para nos declararmos o ser vivo mais destrutivo que alguma vez habitou a Terra. Contrariando esta ideia existem várias campanhas e associações que lutam contra a aparente inércia global. Várias figuras públicas dão o seu contributo para esta causa aproveitando o facto de serem exemplos para a sociedade, nomeadamente Cameron Diaz e Leonardo DiCaprio.
Com esforço é possível reverter a actual situação ambiental, mantendo o crescimento económico. Só não é possível quando os países colocam interesses pessoais à frente dos interesses da humanidade.
Célio Oliveira
Recentemente, surgiu uma notícia muito controversa sobre o falso alarmismo para as alterações climáticas (AC). A notícia indica que o Mett Office irá rever os dados estatísticos de mil estações meteorológicas, espalhadas pelo mundo, ao longo dos últimos 150 anos. Este projecto, que levará vários anos, tem o propósito de dar confiança ao público depois do Climategate (caso da suposta alteração das temperaturas observadas nos últimos anos por parte de cientistas britânicos e norte-americanos, visando a inflação do aquecimento global - AG). Para além desta situação já de si polémica, o governo de Gordon Brown, segundo o The Times, pressionou o Mett Office a não avançar com a investigação com a justificativa de não se dever dar argumentos aos cépticos do AG. É caso para dizer: se não se tem nada a temer, porquê proibir?
A economia não pode ficar (e não fica) indiferente a este tema, até porque as mudanças climáticas devem-se a actividade comerciais desenvolvidas pelo Homem. Por este motivo algumas medidas que visam atrasar, e talvez num futuro reverter, as AC passam pela alteração de padrões de produção, de consumo e de investigação de novos processos produtivos. A implementação de quotas à libertação de CO2, que obriga os países a modernizar a sua indústria para métodos menos poluentes, é um bom exemplo de como as AC têm um impacto directo sobre a actividade económica dos países.
Não sendo possível produzir sem poluir, resta-nos tornar os nossos processos industriais mais ecológicos, o que acarreta custos potencialmente elevados. Com o protocolo de Quioto e, mais recentemente, com a Cimeira de Copenhaga, os países comprometeram-se a reduzir de forma bastante acentuada as emissões de gases poluentes. Contudo, o desejo de reduzir as emissões poluentes não é prioridade para todos os países e, por isso, a Cimeira de Copenhaga foi considerada por muitos um fiasco. Para o Conselheiro de Durão Barroso, “esta reunião terminou sem um acordo vinculativo, sem metas de redução das emissões e sem mecanismos de transferências de tecnologia definidos”. Sendo assim, ficamos sem respostas para um problema que não espera por nós.
Existem algumas medidas que procuram diminuir o efeito de gases poluentes no planeta, por exemplo, o armazenamento de dióxido de carbono que pode ser feito nos oceanos ou em grutas (cavidades) da crosta terrestre. O Professor Canadiano David Keith (2006) contruiu um protótipo que permite a captação de dióxido de carbono (captando mais CO2 que aquele necessário à sua construção e funcionamento), podendo no futuro ser mais eficiente que as árvores na captação deste gás. O armazenamento no fundo dos oceanos pode ser feito nas jazidas petrolíferas em exploração, ou então na transformação do CO2 em gelo seco e armazenado directamente no fundo do mar (devido as elevadas pressões e baixas temperaturas mantém-no “encarcerado” por milhares de anos). A aplicação deste tipo de medida já está existe numa escala industrial, como é exemplo a central de captação e armazenamento de CO2 nos EUA em New Heaven, Virgínia.
Se existir solução para as alterações climáticas, tem de ser aplicada e aceite por todos os países do mundo. Não é praticável que um conjunto de países (como por exemplo, a EU) se esforce por reduzir as emissões e ser mais ecológico se todos os outros continuam a poluir. A poluição não reconhece fronteiras nem o seu poluidor e, enquanto assim for, este é um problema de todos e não de alguns. Como seres vivos únicos e isolados no Universo temos de decidir se pretendemos continuar a consumir sem nos preocuparmos com a destruição do planeta, ou então se queremos lutar por manter o planeta um lar para milhões de espécies únicas. Enquanto subespécie que somos, estamos a caminhar para nos declararmos o ser vivo mais destrutivo que alguma vez habitou a Terra. Contrariando esta ideia existem várias campanhas e associações que lutam contra a aparente inércia global. Várias figuras públicas dão o seu contributo para esta causa aproveitando o facto de serem exemplos para a sociedade, nomeadamente Cameron Diaz e Leonardo DiCaprio.
Com esforço é possível reverter a actual situação ambiental, mantendo o crescimento económico. Só não é possível quando os países colocam interesses pessoais à frente dos interesses da humanidade.
Célio Oliveira
Fontes:
http://aeiou.expresso.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=ex.stories/551763
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=1451936
http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1453482&seccao=M%E1rio%20Soares&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco
http://www.portal-energia.com/alstom-instala-a-maior-unidade-mundial-de-captacao-e-armazenamento-de-co2/
Programa Ways to Save the Planet: Fixing Carbon, no canal DiscoveryChanel
http://aeiou.expresso.pt/a-defesa-do-ambiente-e-as-contradicoes-das-estrelas=f353907
http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Vida/Interior.aspx?content_id=1451936
http://dn.sapo.pt/inicio/opiniao/interior.aspx?content_id=1453482&seccao=M%E1rio%20Soares&tag=Opini%E3o%20-%20Em%20Foco
http://www.portal-energia.com/alstom-instala-a-maior-unidade-mundial-de-captacao-e-armazenamento-de-co2/
Programa Ways to Save the Planet: Fixing Carbon, no canal DiscoveryChanel
http://aeiou.expresso.pt/a-defesa-do-ambiente-e-as-contradicoes-das-estrelas=f353907
[artigo de opinião produzido no âmbito da u.c. "Economia Portuguesa e Europeia", do Curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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