“Ricos são muito ricos, pobres são muito pobres”
De acordo com um relatório apresentado em Bruxelas, Portugal é um dos países da União Europeia onde se observa uma maior desigualdade na distribuição de rendimentos.
Segundo o Relatório Sobre a Situação Social na União Europeia, os rendimentos são mais uniformemente repartidos nos Estados-membros do que nos EUA, com excepção feita a Portugal, “Apenas Portugal apresenta um coeficiente superior ao dos Estados Unidos", sublinha o documento. Até países resultantes do alargamento, como Polónia, Letónia e Lituânia se encontram ao nível dos EUA.
No nosso país, a parcela auferida pela faixa dos 20 por cento da população com rendimentos mais elevados é 6,1 vezes superior à auferida pelos 20 por cento da população com rendimentos mais baixos. Portugal é o país em que o fosso entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres é mais largo, sendo que, quase um milhão de pessoas vive com menos de dez euros por dia, que representam 9% da população nacional enquanto nos restantes países da União a média é de apenas 5%.
As desigualdades de rendimentos que se verificam têm provocado uma profunda desigualdade na repartição da riqueza. O desemprego é apontado como uma das causas do problema, já que Portugal é um dos cinco países em que se verifica que o risco de o desemprego levar a uma situação de pobreza é superior a 50%. Sendo outra das causas da pobreza no nosso país os baixos salários praticados. Embora o risco de pobreza se tenha mantido ao longo dos últimos anos, este é considerado uma das principais causas do aumento do sobreendividamento. O número de processos de sobreendividamento apresentados junto à DECO é o mais elevado de sempre, tendo dado entrada na associação de defesa do consumidor 2 143 processos de famílias com um nível de endividamento excessivo face ao seu nível de rendimentos actual. A vergonha de expor a situação leva muitas famílias a adiarem a resolução do problema, por isso, quando pedem ajuda já estão numa situação desesperada e, em muitos casos, de incumprimento.
O Rendimento Social de Inserção (RSI) abrange agora mais famílias, depois de um crescimento de 15,3% no número de beneficiários entre Janeiro e Setembro do corrente ano, em comparação com o ano passado, passando para um total de 379 849 beneficiários. Actualmente, cada família abrangida por este apoio social recebe 242,25 euros mensais. No final do mês de Setembro, a prestação social de combate à pobreza abrangia 148 377 famílias, mais 22 856 do que há um ano atrás, como indica o site da Segurança Social.
A União Europeia mostra ainda Portugal como um país de poucas oportunidades, revelando fraca mobilidade social. Quer isto dizer que, em Portugal, quando se nasce no seio de uma família de uma determinada classe social, dificilmente se sai dela. A baixa formação profissional é um dos factores que mais influencia esta realidade. Se imaginarmos uma criança, filha de um casal com empregos pouco qualificados, ela tem apenas 50% de probabilidade de aceder a uma categoria de emprego mais qualificado. Tal como referido anteriormente o núcleo familiar no qual se insere o indivíduo condiciona fortemente quer a sua qualificação profissional quer a literária levando à manutenção da mesma classe social dos progenitores, na medida em que delimita a ascensão social.
A crise é apontada como uma das principais causas de todos os problemas apontados anteriormente, no entanto todos estes já têm vindo a existir e a persistir. A recente crise financeira apenas fez com que os aumentos sejam exponenciais.
De acordo com um relatório apresentado em Bruxelas, Portugal é um dos países da União Europeia onde se observa uma maior desigualdade na distribuição de rendimentos.
Segundo o Relatório Sobre a Situação Social na União Europeia, os rendimentos são mais uniformemente repartidos nos Estados-membros do que nos EUA, com excepção feita a Portugal, “Apenas Portugal apresenta um coeficiente superior ao dos Estados Unidos", sublinha o documento. Até países resultantes do alargamento, como Polónia, Letónia e Lituânia se encontram ao nível dos EUA.
No nosso país, a parcela auferida pela faixa dos 20 por cento da população com rendimentos mais elevados é 6,1 vezes superior à auferida pelos 20 por cento da população com rendimentos mais baixos. Portugal é o país em que o fosso entre os 20% mais ricos e os 20% mais pobres é mais largo, sendo que, quase um milhão de pessoas vive com menos de dez euros por dia, que representam 9% da população nacional enquanto nos restantes países da União a média é de apenas 5%.
As desigualdades de rendimentos que se verificam têm provocado uma profunda desigualdade na repartição da riqueza. O desemprego é apontado como uma das causas do problema, já que Portugal é um dos cinco países em que se verifica que o risco de o desemprego levar a uma situação de pobreza é superior a 50%. Sendo outra das causas da pobreza no nosso país os baixos salários praticados. Embora o risco de pobreza se tenha mantido ao longo dos últimos anos, este é considerado uma das principais causas do aumento do sobreendividamento. O número de processos de sobreendividamento apresentados junto à DECO é o mais elevado de sempre, tendo dado entrada na associação de defesa do consumidor 2 143 processos de famílias com um nível de endividamento excessivo face ao seu nível de rendimentos actual. A vergonha de expor a situação leva muitas famílias a adiarem a resolução do problema, por isso, quando pedem ajuda já estão numa situação desesperada e, em muitos casos, de incumprimento.
O Rendimento Social de Inserção (RSI) abrange agora mais famílias, depois de um crescimento de 15,3% no número de beneficiários entre Janeiro e Setembro do corrente ano, em comparação com o ano passado, passando para um total de 379 849 beneficiários. Actualmente, cada família abrangida por este apoio social recebe 242,25 euros mensais. No final do mês de Setembro, a prestação social de combate à pobreza abrangia 148 377 famílias, mais 22 856 do que há um ano atrás, como indica o site da Segurança Social.
A União Europeia mostra ainda Portugal como um país de poucas oportunidades, revelando fraca mobilidade social. Quer isto dizer que, em Portugal, quando se nasce no seio de uma família de uma determinada classe social, dificilmente se sai dela. A baixa formação profissional é um dos factores que mais influencia esta realidade. Se imaginarmos uma criança, filha de um casal com empregos pouco qualificados, ela tem apenas 50% de probabilidade de aceder a uma categoria de emprego mais qualificado. Tal como referido anteriormente o núcleo familiar no qual se insere o indivíduo condiciona fortemente quer a sua qualificação profissional quer a literária levando à manutenção da mesma classe social dos progenitores, na medida em que delimita a ascensão social.
A crise é apontada como uma das principais causas de todos os problemas apontados anteriormente, no entanto todos estes já têm vindo a existir e a persistir. A recente crise financeira apenas fez com que os aumentos sejam exponenciais.
Patrícia Sousa
[artigo de opinião produzido no âmbito da u.c. "Economia Portuguesa e Europeia", do Curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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