A ligação entre investimento e crescimento é bastante notória, pois o investimento é uma condição fundamental para o crescimento económico. O crescimento económico só existe se houver projetos de investimento favoráveis, ou seja, se houver projetos de investimento capazes de levar o país para a frente, capazes de proporcionar uma evolução em algum aspeto, por mais pequena que seja.
Nos últimos anos, Portugal tem realizado uma má afectação dos recursos disponíveis. Portugal apresenta alguns recursos, mas, também, apresenta falhas consideráveis nas opções de consumo e de investimento, ou seja, Portugal não utiliza da melhor maneira possível os seus recursos. São realizados maus investimentos e investimentos em sectores sem sustentabilidade, muito devido ao mau escrutínio de créditos concedidos.
Com a crise financeira e económica existente, Portugal apresentou uma queda acentuada do investimento, tanto no investimento privado, bens de capital (equipamentos), como no investimento público, capital humano e conhecimento (saber fazer).
Em 2008, o investimento em formação bruta de capital fixo rondava os 40.850,4 milhões de euros, passando, em 2013, a rondar os 250923,0 milhões de euros. Tanto o investimento público como o investimento privado têm vindo a diminuir a passos acelerados, baixando desde 2008, 1.196,7 milhões de euros e 2.964,6 milhões de euros, respectivamente. Dado este panorama, podemos perguntar-nos como é que Portugal vai crescer?! Como é que se vai desenvolver?!
Portugal deve melhorar os seus níveis de investimento, já que o fundamental para o crescimento económico é a qualidade e o volume de investimento. Para tal acontecer, terá que se apostar na melhoria da competitividade do sector transacionável, na existência de uma estratégia de industrialização, terá que se atrair o IDE (Investimento Direto Estrangeiro) e, ainda, reforçar os financiamentos aos projetos de investimento.
Para garantir um crescimento económico do país, deve apostar-se no aumento do emprego, no aumento das exportações, quer para países europeus quer para países não europeus. Por isso, Portugal deve atrair o máximo de investimento necessário, ou seja, garantir financiamentos para concretizar os projetos de investimento idealizados, sendo estes financiamentos obtidos ou através das poupanças, isto é, a partir de capitais próprios ou através de créditos, quando os agentes económicos estrangeiros emprestam o dinheiro proveniente das suas poupanças.
Concluindo, Portugal, atualmente, tem como necessidade crescer economicamente, logo, para tal acontecer, precisa de agarrar os melhores projetos de investimento, os mais capazes de mexer, positivamente, com a economia. Se assim não for, estaremos sempre a depender de outros e nunca de nós próprios. Portanto, é necessário ter em mente que um clima de investimento aprazível e fiável é fundamental para o crescimento económico!
Raquel Saraiva Pinheiro Soares
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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