O primeiro foco da pandemia surgiu na China, sobretudo pela falta de controle sanitário apropriado, tendo-se alastrado para os diversos países do mundo, existindo 6000 casos mundialmente, a 29 de janeiro de 2020.
O
confinamento foi feito em múltiplas escalas, colocando sob pressão o
funcionamento eficiente dos sistemas de saúde e, consequentemente, uma
desorganização económico-social do sistema económico. Como Portugal faz parte
da EU, desde 1 de janeiro de 1986, tal influencia a gestão das fronteiras com
os restantes Estados-membros e com países terceiros, tendo sido destacado em vários
países onde o vírus estava menos controlado o colapso dos serviços de saúde e,
inevitavelmente, o aumento do número de mortes.
Os
países têm feito um significativo esforço fiscal através dos seus fundos de
emergência, pretendendo a UE despender um gasto total de 151 biliões de dólares
na recuperação desta pandemia, tendo como prioridade a saúde dos cidadãos, além
do foco no auxílio às pequenas e médias empresas com a utilização dos instrumentos
de política económica. Para além disso, o setor turístico foi também fortemente
afetado e, assim, a Comissão Europeia propôs, a 13 de maio de 2020, uma série
de medidas que permitirão uma reabertura gradual e coordenada das instalações e
serviços turísticos, bem como um apoio específico às empresas do setor.
A
meu ver, a união de todos os estados-membros é importante no apoio à
recuperação da economia pela demora que a mesma terá e pelos esforços que terão
de ser feitos por todos os cidadãos.
A
7 de julho de 2021, a Comissão Europeia previu que a economia europeia se iria
recuperar a um ritmo ligeiramente mais rápido do que se esperava, prevendo-se
que a economia da UE e da área do euro cresça 4,8% este ano (2021) e 4,5% em
2022. Menciona-se que o Mecanismo de Recuperação e Resiliência (MRR) é um
contributo significativo para esse mesmo crescimento, onde a riqueza gerada
pelo mesmo corresponda a cerca de 1,2% do PIB real da UE, em 2019.
Como
se pode ver no gráfico que se segue, de 2019 para 2020, a Taxa de Crescimento
Real do PIB, sofreu uma diminuição significativa, passando de 2,69%, em 2019,
para -8,96%, em 2020. Segundo as projeções do Banco de Portugal, espera-se que,
em 2021, o crescimento do Produto Interno Bruto seja de 4,8%, em 2021 de 5,6%,
em 2022 ,e em 2023 de 2,4%, ficando nesse mesmo ano acima da área Euro (2,1%).
A 16 de março 2021, o Banco Europeu de Investimento
propôs um plano relativo às pequenas e médias empresas, que inclui o Fundo
Europeu de Investimento, visando mobilizar até 40 mil milhões de euros em
financiamentos, orientados para empréstimos intercalares. A 18 de março de 2021,
o Conselho de Governadores do Banco Central Europeu anunciou um programa
temporário de compra de ativos em resposta à emergência pandémica,
representando 7,3% do PIB da zona euro, de modo a fazer face à situação,
mantendo-se em vigor até ao final da crise.
Em suma, sem dúvida que esta crise constitui um
desafio para a economia europeia, pondo em causa os meios de subsistência dos
cidadãos, protegendo, principalmente, os setores vitais da economia, o emprego
e os trabalhadores.
Joana Correia
Bibliografia
Ø
https://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/130379/2/431621.pdf
Ø
https://journals.openedition.org/espacoeconomia/11826
Ø
https://www.bportugal.pt/page/projecoes-economicas
[artigo de opinião desenvolvido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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