E-commerce é um termo utilizado para definir as ações de compra e venda de produtos físicos pela internet. Tais ações podem ser constituídas entre os agentes económicos de três principais formas: business-to-consumer (B2C); business-to-business (B2B); e consumer-to-consumer (C2C).
Quando os agentes económicos se organizam desses modos,
pela internet, eles tornam o mundo mais sustentável. Isso porque o e-commerce torna toda a cadeia produtiva
mais sustentável. Por exemplo, através da internet os gastos com energia e água
podem ser reduzidos já que as práticas inerentes a modelos de negócio online são mais sustentáveis. Os
executivos aderentes ao e-commerce
também possuem uma série de oportunidades, como a redução dos custos, o ganho
de escala e a possibilidade de utilizar uma maior porcentagem dos ganhos para
investir em inovação.
Assim o comércio online
se tornou extremamente atrativo para todos os tipos de empresários. Desde os
micro aos maiores, faz sentido se recorrer à internet. Atualmente, há uma
tendência de produtores independentes entrarem nesse meio, mas há décadas
entrar no digital era uma estratégia ousada. Hoje, os que tomaram tal risco no
passado são conhecidos como os maiores nomes da internet mundial. São empresas
como Amazon, Alibaba, Wallmart e Mercado Livre.
Atualmente, a indústria têxtil é uma das que mais
causam desperdícios, logo, otimizar os recursos dessa indústria certamente
seria uma mais-valia e um passo na direção de um mundo mais verde. Todos os
agentes económicos envolvidos na cadeia da indústria fashion contribuem para os altos índices de poluição e desperdício.
Dados mostram que uma em cada duas pessoas joga roupas no lixo em vez de doarem
essas roupas que demoram décadas para se degradarem. Apenas os Estados Unidos
produzem 17 milhões de toneladas de tecidos desperdiçados todos os anos. Esse
número se torna mais impactante quando somado ao fato de que para produzir uns jeans e uma camiseta são necessários 5000
galões de água. Entretanto, o desperdício de água não é o maior problema da
indústria, mas sim os gases de efeito estufa. A indústria têxtil sozinha é
responsável por 10% de toda a emissão desses gases, contribuíndo para o
aquecimento da Terra e para as mudanças abruptas de clima.
Dado tamanho desperdício da indústria têxtil e do ramo
fahion como um todo, as empresas
tomaram algumas medidas inovadoras. A mais utilizada foi o e-commerce, porque utilizar as plataformas digitais faz com que as
empresas reduzam o desperdício e a poluição. Isso acontece dado procura do
consumidor que compra online. Esse
tipo de consumidor deseja entrar numa plataforma digital e se deparar com mais
opções de produtos. Assim, os fabricantes adotaram uma disposição long tale,
na qual há menos produtos no total, mas em maior variedade. Como
consequência, esses produtores diminuíram os gastos necessários para produzir as
suas peças. Além disso, esses produtores podem trabalhar com menos estoque e
fazer mais dos produtos com mais fluxo, adotando ligeiramente um mindset
de on-demand. Assim, sendo benéfico para o produtor, que consegue
diminuir os gastos, para o consumidor, já que ele encontra mais produtos, e para
o planeta, pois reduz as emissões de gases de efeito estufa.
A pandemia serviu como um grande acelerador dos
negócios digitais já que impôs essa realidade aos pequenos e médios
empresários. Em 2019, o comércio eletrónico era responsável por $3,4B em vendas.
Já em 2021, de acordo com previsões do Statista, $4,9B serão vendidos pela
internet, um aumento de 44%. Em 2021, a grande empresa focou-se mais na
internet e o pequeno empresário aprendeu a usufruir das possibilidades de
negócios nela.
Para o pequeno empresário que adotou o modelo de
negócio online nesse período, há
diversas facilidades na rede. As barreiras à entrada são mínimas e as conexões
possibilitadas através da internet permitem que uma pessoa independente gere um
negócio relevante do seu próprio laptop,
em seu quarto; plataformas como o Shopify
permitem que isso seja possível. Devido às poucas barreiras à entrada, chego à
conclusão de que muitas pessoas se tornaram pequenos empreendedores e criarão
suas marcas independentes dentro desse contexto.
Esse movimento de se tornar um microempreendedor online tornará o mundo mais sustentável devido a otimização da cadeia produtiva e terceirização utilizando mão-de-obra especializada. Dada essa cadeia, há menos emissões de gases de efeito estufa, mais consumo, menos desperdício e, em suma, contribui-se para uma produção e um consumo mais sustentável. Por isso, acredito que as grandes plataformas aliadas ao ecommerce têm potencial para tornar o mundo mais verde.
Rodrigo Souto
[artigo de opinião desenvolvido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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