Hoje a União Europeia dispõe de uma estrutura económica, social, cultural e política invejável a qualquer Estado extra-comunitário. Mas, o que hoje é uma realidade nem sempre o foi, não obstante, o velho Continente mostrou-se forte nos momentos mais difíceis transformando sempre as crises em oportunidades.
Tomemos o exemplo da resposta sábia e coerente com que alguns estados europeus socorreram a Europa dilacerada com o fim da segunda Guerra Mundial, resposta essa, que lançou as bases para toda uma operação de reconstrução e reconciliação europeia.
Para isto em muito contribuíram os ideais e intervenções de grandes personalidades da época, da qual se destacou, entre outras, Jean Monnet, que ao verificar a situação de crise na Europa e a ineficácia das medidas e meios à data existentes e aplicados, e mesmo contrariando receios e complexos, vê como única saída para a Europa a sua integração económica e política.
Lançou as bases teóricas da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, berço da actual EU, aplicadas á prática por outro grande estadista da época, Robert Schuman (ministro dos Negócios Estrangeiros francês), que contando com outras mentes brilhantes, como Konrad Adnauer (chanceler da Alemanha Federal) e Alcide Gasperi (presidente do Conselho italiano), iriam perpetuar um ideal de paz e prosperidade.
Era o acordar do velho sonho. De facto, o desejo de uma Europa unida não é novo, os interesses por detrás dessa unificação é que nem sempre previam a paz.
O sonho contudo, ainda não se realizou. As fronteiras históricas da Europa não se esgotam somente nestes 27 Estados, mas isso é sabido, e está-se no caminho para os integrar. Sendo este um anseio não só dos países que compõe a União Europeia como dos restantes Estados Europeus, não deve encontrar entraves, a não ser os necessários a nível estrutural para que a integração seja uma forma de desenvolvimento integrado e sustentado de toda a Europa e não um simples alargamento.
E se o sonho ainda não se realizou, deve-se em parte á falta de vontade ou capacidade política dos actuais dirigentes europeus para que tal se verifique.
Torna-se portanto necessário que a UE tendo já atingido a sua maioridade chame a si todos os direitos e obrigações, a que lhe assiste. Falo da obrigação da EU, ajudar e cooperar com países europeus, candidatos ou não, a resolverem situações de extrema necessidade para a paz numa Europa que se quer unida entre si. Mas que união é esta quando o único Estado no mundo com a sua capital dividida, aquando da invasão por um país terceiro, com a anexação por mais de trinta e quatro anos de cerca de trinta e cinco por cento do seu território, se situa na nesta Europa. Este é o caso do Chipre e da sua invasão em 1974 pelo exército Turco.
É necessário acordar de vez a bela adormecida criada pelos fundadores, da construção europeia, e que interesses alheios á paz na Europa tentaram e tentam a todo o custo manter adormecida, para ser um garante dessa mesma paz, falo da União da Europa Ocidental (UEO).
Contudo, esta cooperação militar e política tornar-se-á ineficaz se não for acompanhada por uma política europeia de defesa e segurança comum, que ponha a Europa a falar a uma só voz, munindo-se de estruturas que sejam capazes de fazer sentir as suas decisões no terreno, e não somente seguir as emanadas da terra do “Tio Sam” como alguns “ilustres” líderes europeus (ex. Durão Barroso) parecem desejar com as suas acções.
Toma-se, portanto, obrigatório à EU não esquecer os problemas dos restantes países europeus como o caso da Sérvia por exemplo, e caminhar ao encontro de procedimentos e políticas que melhorem esta cooperação, que passará em muito, por uma maior afirmação política da UE no Mundo, para que o seu sonho seja uma realidade alicerçada numa base de segurança, liberdade e prosperidade.
Rui Rodrigues
rodriguesbcl@gmail.com
Tomemos o exemplo da resposta sábia e coerente com que alguns estados europeus socorreram a Europa dilacerada com o fim da segunda Guerra Mundial, resposta essa, que lançou as bases para toda uma operação de reconstrução e reconciliação europeia.
Para isto em muito contribuíram os ideais e intervenções de grandes personalidades da época, da qual se destacou, entre outras, Jean Monnet, que ao verificar a situação de crise na Europa e a ineficácia das medidas e meios à data existentes e aplicados, e mesmo contrariando receios e complexos, vê como única saída para a Europa a sua integração económica e política.
Lançou as bases teóricas da Comunidade Europeia do Carvão e do Aço, berço da actual EU, aplicadas á prática por outro grande estadista da época, Robert Schuman (ministro dos Negócios Estrangeiros francês), que contando com outras mentes brilhantes, como Konrad Adnauer (chanceler da Alemanha Federal) e Alcide Gasperi (presidente do Conselho italiano), iriam perpetuar um ideal de paz e prosperidade.
Era o acordar do velho sonho. De facto, o desejo de uma Europa unida não é novo, os interesses por detrás dessa unificação é que nem sempre previam a paz.
O sonho contudo, ainda não se realizou. As fronteiras históricas da Europa não se esgotam somente nestes 27 Estados, mas isso é sabido, e está-se no caminho para os integrar. Sendo este um anseio não só dos países que compõe a União Europeia como dos restantes Estados Europeus, não deve encontrar entraves, a não ser os necessários a nível estrutural para que a integração seja uma forma de desenvolvimento integrado e sustentado de toda a Europa e não um simples alargamento.
E se o sonho ainda não se realizou, deve-se em parte á falta de vontade ou capacidade política dos actuais dirigentes europeus para que tal se verifique.
Torna-se portanto necessário que a UE tendo já atingido a sua maioridade chame a si todos os direitos e obrigações, a que lhe assiste. Falo da obrigação da EU, ajudar e cooperar com países europeus, candidatos ou não, a resolverem situações de extrema necessidade para a paz numa Europa que se quer unida entre si. Mas que união é esta quando o único Estado no mundo com a sua capital dividida, aquando da invasão por um país terceiro, com a anexação por mais de trinta e quatro anos de cerca de trinta e cinco por cento do seu território, se situa na nesta Europa. Este é o caso do Chipre e da sua invasão em 1974 pelo exército Turco.
É necessário acordar de vez a bela adormecida criada pelos fundadores, da construção europeia, e que interesses alheios á paz na Europa tentaram e tentam a todo o custo manter adormecida, para ser um garante dessa mesma paz, falo da União da Europa Ocidental (UEO).
Contudo, esta cooperação militar e política tornar-se-á ineficaz se não for acompanhada por uma política europeia de defesa e segurança comum, que ponha a Europa a falar a uma só voz, munindo-se de estruturas que sejam capazes de fazer sentir as suas decisões no terreno, e não somente seguir as emanadas da terra do “Tio Sam” como alguns “ilustres” líderes europeus (ex. Durão Barroso) parecem desejar com as suas acções.
Toma-se, portanto, obrigatório à EU não esquecer os problemas dos restantes países europeus como o caso da Sérvia por exemplo, e caminhar ao encontro de procedimentos e políticas que melhorem esta cooperação, que passará em muito, por uma maior afirmação política da UE no Mundo, para que o seu sonho seja uma realidade alicerçada numa base de segurança, liberdade e prosperidade.
Rui Rodrigues
rodriguesbcl@gmail.com
(artigo de opinião)
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