Portugal consegue ser o terceiro país que mais cresce na Europa, mas os economistas duvidam da consistência da retoma.
Contra as expectativas das instituições bancárias e dos economistas, a economia portuguesa surpreendeu. Nos primeiros três meses deste ano, o produto interno bruto obteve um crescimento de 0.9 pontos percentuais face ao trimestre anterior, uma ocorrência muito acima à prevista.
A Comissão Europeia (CE) com as projecções económicas caracteriza a economia portuguesa como estando em recuperação "gradual e superficial". No contexto de curto prazo em que estes relatórios são normalmente interpretados na opinião publicada, os dados foram interpretados como "Portugal está menos pior que a maioria dos seus parceiros europeus". Ou seja, estamos melhor que o esperado.
O ano começou com um crescimento anual negativo de 4%, no segundo trimestre deste ano foi de 3,7% e agora é de 2,4% negativo, portanto há uma visível atenuação da queda do crescimento na economia portuguesa. A quebra menos intensa da economia deve-se sobretudo à redução menos acentuada do investimento. Tanto as exportações como as importações registaram quebras homólogas menos intensas.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revela que Portugal consolidou a saída da recessão. "É o maior crescimento trimestral dos últimos dois anos, desde antes do início da crise, 2007", reagiu Teixeira dos Santos, ministro das Finanças. "É um número muito superior às estimativas do Governo, sendo o terceiro maior crescimento em cadeia de toda a Europa", acrescentou José Sócrates.
Para combate à crise, Sócrates criou algumas medidas, entre as quais colocará 30 mil desempregados em instituições de solidariedade social, na economia social, com o aumento da despesa pública dá a possibilidade de oportunidade a muitas pessoas. O primeiro-ministro declarou ainda que o plano anti-crise apoiará micro e pequenas empresas, até 50 trabalhadores.
Os dados apresentados pelo Eurostat exibe Portugal apenas atrás da Lituânia que consegue 6%, e da Eslováquia 1,6%, mostrando um crescimento de mais do dobro da média comunitária.
Ainda em recessão, continuam as economias do Reino Unido, Espanha, Chipre, Estónia, Hungria e Roménia, com média europeia nos 0,4 por cento.
Estes resultados revelam importantes sinais de recuperação do investimento, e o facto da existência da atenuação da crise, embora persistam algumas incertezas, há uma normalização do sistema financeiro e as medidas de apoio à economia começa a dar alguns resultados, e assim, oferece alguma confiança aos agentes económicos, e daí a sua predisposição em investirem e consumirem, o que traz dinâmica à economia.
A economia evolui de uma forma cíclica, e estava na altura de atravessar uma inovação empresarial, uma mudança mais moderna e competitiva. Nestas “baixas económicas” dá para perceber que as empresas com grande capacidade competitiva e inovadora, são as empresas que além de sobreviverem, conseguem alcançar os seus objectivos e expandirem-se cada vez mais. A crise para uma empresa pode ser a melhoria de outra no mesmo sector, visto que uma instituição não consegue manter-se no mercado, perde clientes para outra, mas a nível geral, o melhor é todas manterem-se no mercado.
Esta crise Portuguesa, esta finalmente a dar sinais de melhora. Sinal tão fortes, que podem contrariar inclusive o impacto da crise internacional.
Marinha Abreu
Contra as expectativas das instituições bancárias e dos economistas, a economia portuguesa surpreendeu. Nos primeiros três meses deste ano, o produto interno bruto obteve um crescimento de 0.9 pontos percentuais face ao trimestre anterior, uma ocorrência muito acima à prevista.
A Comissão Europeia (CE) com as projecções económicas caracteriza a economia portuguesa como estando em recuperação "gradual e superficial". No contexto de curto prazo em que estes relatórios são normalmente interpretados na opinião publicada, os dados foram interpretados como "Portugal está menos pior que a maioria dos seus parceiros europeus". Ou seja, estamos melhor que o esperado.
O ano começou com um crescimento anual negativo de 4%, no segundo trimestre deste ano foi de 3,7% e agora é de 2,4% negativo, portanto há uma visível atenuação da queda do crescimento na economia portuguesa. A quebra menos intensa da economia deve-se sobretudo à redução menos acentuada do investimento. Tanto as exportações como as importações registaram quebras homólogas menos intensas.
Os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) revela que Portugal consolidou a saída da recessão. "É o maior crescimento trimestral dos últimos dois anos, desde antes do início da crise, 2007", reagiu Teixeira dos Santos, ministro das Finanças. "É um número muito superior às estimativas do Governo, sendo o terceiro maior crescimento em cadeia de toda a Europa", acrescentou José Sócrates.
Para combate à crise, Sócrates criou algumas medidas, entre as quais colocará 30 mil desempregados em instituições de solidariedade social, na economia social, com o aumento da despesa pública dá a possibilidade de oportunidade a muitas pessoas. O primeiro-ministro declarou ainda que o plano anti-crise apoiará micro e pequenas empresas, até 50 trabalhadores.
Os dados apresentados pelo Eurostat exibe Portugal apenas atrás da Lituânia que consegue 6%, e da Eslováquia 1,6%, mostrando um crescimento de mais do dobro da média comunitária.
Ainda em recessão, continuam as economias do Reino Unido, Espanha, Chipre, Estónia, Hungria e Roménia, com média europeia nos 0,4 por cento.
Estes resultados revelam importantes sinais de recuperação do investimento, e o facto da existência da atenuação da crise, embora persistam algumas incertezas, há uma normalização do sistema financeiro e as medidas de apoio à economia começa a dar alguns resultados, e assim, oferece alguma confiança aos agentes económicos, e daí a sua predisposição em investirem e consumirem, o que traz dinâmica à economia.
A economia evolui de uma forma cíclica, e estava na altura de atravessar uma inovação empresarial, uma mudança mais moderna e competitiva. Nestas “baixas económicas” dá para perceber que as empresas com grande capacidade competitiva e inovadora, são as empresas que além de sobreviverem, conseguem alcançar os seus objectivos e expandirem-se cada vez mais. A crise para uma empresa pode ser a melhoria de outra no mesmo sector, visto que uma instituição não consegue manter-se no mercado, perde clientes para outra, mas a nível geral, o melhor é todas manterem-se no mercado.
Esta crise Portuguesa, esta finalmente a dar sinais de melhora. Sinal tão fortes, que podem contrariar inclusive o impacto da crise internacional.
Marinha Abreu
[artigo de opinião produzido no âmbito da u.c. "Economia Portuguesa e Europeia", do Curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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