sexta-feira, 20 de novembro de 2009

RAZÕES PARA SORRIR?!

Zona euro sai da recessão com um crescimento de 0,4% no terceiro trimestre”,
por Agência Lusa, Publicado em 13 de Novembro de 2009

Segundo o Instituto Nacional de Estatística, a economia portuguesa registou um crescimento de 0,9% no 3º Trimestre de 2009, um valor superior àquele que se tinha registado no 2º Trimestre.
Já a economia da zona euro cresceu 0,4 por cento no terceiro trimestre deste ano face ao trimestre anterior, confirmando a saída da recessão técnica. No entanto, quando comparado com o período homólogo, os países da zona euro registaram uma quebra de 4,1 por cento. A conservarem-se estes valores, no 4º trimestre poderemos entrar em terreno de expectativa positiva de criação de emprego, o que contraria as vagas de pessimismo que sucederam às previsões da Comissão Europeia.
Destaca-se assim, a aceleração da retoma por parte da Economia Portuguesa, a convergência com a zona Euro e o aproximar do ritmo de crescimento ao limiar estimado no Relatório do Banco de Portugal de 2008 para o crescimento do emprego: um aumento do PIB anual de, pelo menos, 1%.
Segundo dados revistos referentes aos valores do 2º trimestre, Portugal registou um crescimento do PIB de 0,5% e não de 0,3% conforme anunciado. No que toca à decomposição dos factores de crescimento da procura interna, o consumo privado tinha-se revelado nessa altura o principal mecanismo de sustentação da economia. Contudo no 3º trimestre há já uma redução no ritmo de quebra do próprio investimento privado, e uma evolução favorável da balança comercial.
Os valores registados para Portugal demonstram também algo de inelutável: a política económica de combate à crise conjuntural que se seguiu aos episódios de Setembro de 2008, foi a correcta. Falamos de curto prazo em política conjuntural, e as medidas de sustentação do consumo privado (como o reforço dos apoios sociais e a antecipação de reembolsos de IRS) e o investimento público foram capazes de contrabalançar componentes em queda da procura. Ademais, os valores do 2º trimestre terão contribuído para o maior optimismo de empresários e consumidores, o que, conjugado com o efeito de disseminação do investimento público pelas encomendas das empresas, terá motivado a travagem da queda do investimento privado.
Podemos então verificar que estímulos de procura (como os referidos anteriormente) se tornam uma espécie de receita para o combate a este tipo de crise tal como sugerido pelo keynesianismo, e como praticado na China e nos EUA no final de 2008 e no início de 2009, respectivamente, e estão a surtir os efeitos esperados.
Presentemente a grande prioridade da política económica é atingir o limiar de sustentação do crescimento que inaugure o processo de redução do desemprego. Caso não sejam retiradas as medidas de apoio à economia é de esperar que tal objectivo seja conseguido. As próprias previsões da Comissão Europeia previam um menor agravamento do desemprego em Portugal em 2010 do que em vários outros países europeus, tendência que se deverá reforçar. Evidentemente, que a eleição desta prioridade de combate ao desemprego envolve custos para as contas públicas. No entanto entende-se que dos múltiplos défices que Portugal enfrenta, o défice social é bem mais importante que o défice público. Encerro defendendo que temos sim razões para SORRIR mas com cautela.

Ana Peixoto
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular "Economia Portuguesa e Europeia", do Curso de Economia (1º ciclo), da EEG/UMinho]

1 comentário:

Ricardo Vieira disse...

Queria pedir desculpa pelo plaggio feito ao seu post e aos post de mais colegas seus que foram copiados no último mês quer de Outubro quer de Novembro como pode verificar. O Crítica na Rede é uma equipa de três pessoas dois alunos de secundário e 1 professor com mestrado a na geologia mas o administrador, no entanto, estive fora dois meses e por isso foi um colega meu a copiar os post's, daí o meu pedido de desculpas.

Ricardo Vieira