Numa época de crise, é importante encontrar investimentos que impeçam o mundo de afundar ainda mais para uma profunda crise financeira. Uma oportunidade a apostar será as energias renováveis. Mas tem Portugal caminhado no sentido de uma economia “mais renovável”? O facto de ser um investimento novidade poderá criar uma aversão por parte dos investidores, sendo claramente importante a divulgação dos seus benefícios e o estabelecimento de políticas de incentivo pelos órgãos governamentais. Em Portugal foram criadas algumas medidas de carácter jurídico e financeiro, de apoio ao investimento em energias solares, que segundo o portal das energias renováveis, vão desde protocolos com condições vantajosas em vários bancos para interessados na compra painéis solares, desde à dedução de 30 % em IRS dos custos da compra e instalação e à comparticipação de uma quantia de € 1.641,70 pelo Estado. Portugal tem ainda investido no aumento da potência instalada, entrando em funcionamento três novas centrais, fotovoltaica, biomassa, biogás e ainda um reforço nas 8 centrais eólicas existentes.
Todas estas medidas tiveram um resultado bastante animador, dados referidos no Relatório de Outubro do Concelho Europeu para as energias renováveis (EREC) mostram o lugar de prestígio do nosso país, onde obteve uma quota de 21% de energia proveniente de fontes renováveis no consumo bruto final de energia em 2005 e tem como meta a atingir até 2020 uma quota de 31%. Estes valores remetem o país para o quarto melhor desempenho entre os países membros após a Finlândia, Suécia e Letónia.
O Jornal de Negócios prenda – nos ainda com a notícia de que este investimento e o crescimento do conhecimento tecnológico nesta área poderão ainda criar cerca de 8 milhões de empregos a nível mundial em 2030, sendo parte deste emprego qualificado, fomentando as exportações dos bens de consumo resultantes do desenvolvimento tecnológico.
No entanto, este investimento ecológico fará com que o país tenha de mobilizar aproximadamente 5 milhões de euros para este sector. Um grande investimento numa altura em que os recursos são escassos e há necessidade de verificar o seu retorno. Portugal, apesar de reunir esforços no incentivo ao investimento de infra-estruturas de produção de energia renovável, poderia desenvolver ainda mais a sua capacidade de produção e principalmente apostar na investigação para desenvolvimento desta área. É importante salientar, que o custo da energia renovável acabará por descer, a par com a inovação tecnológica. Este será, provavelmente, o maior desafio para Portugal, uma economia pequena e vulnerável, caracterizada por uma estrutura produtiva com pouca tecnologia, e com profissionais ainda pouco qualificados.
Perante estes dados, o desenvolvimento na Europa da indústria energética, poderá ser o motor do desenvolvimento económico, dando simultaneamente a oportunidade dos europeus viverem de uma forma sustentável num longo prazo. Como Piebalgs afirma, investir em energias renováveis será a oportunidade dada a União Europeia para se colocar à frente da Terceira Revolução Industrial, bem como os EUA se antecederam à Segunda.
Patrícia Bogas
Bibliografia:
- http://www.portal-energia.com/
- http://www.erec.org/
- Jornal de negócios 20/10/2009
Todas estas medidas tiveram um resultado bastante animador, dados referidos no Relatório de Outubro do Concelho Europeu para as energias renováveis (EREC) mostram o lugar de prestígio do nosso país, onde obteve uma quota de 21% de energia proveniente de fontes renováveis no consumo bruto final de energia em 2005 e tem como meta a atingir até 2020 uma quota de 31%. Estes valores remetem o país para o quarto melhor desempenho entre os países membros após a Finlândia, Suécia e Letónia.
O Jornal de Negócios prenda – nos ainda com a notícia de que este investimento e o crescimento do conhecimento tecnológico nesta área poderão ainda criar cerca de 8 milhões de empregos a nível mundial em 2030, sendo parte deste emprego qualificado, fomentando as exportações dos bens de consumo resultantes do desenvolvimento tecnológico.
No entanto, este investimento ecológico fará com que o país tenha de mobilizar aproximadamente 5 milhões de euros para este sector. Um grande investimento numa altura em que os recursos são escassos e há necessidade de verificar o seu retorno. Portugal, apesar de reunir esforços no incentivo ao investimento de infra-estruturas de produção de energia renovável, poderia desenvolver ainda mais a sua capacidade de produção e principalmente apostar na investigação para desenvolvimento desta área. É importante salientar, que o custo da energia renovável acabará por descer, a par com a inovação tecnológica. Este será, provavelmente, o maior desafio para Portugal, uma economia pequena e vulnerável, caracterizada por uma estrutura produtiva com pouca tecnologia, e com profissionais ainda pouco qualificados.
Perante estes dados, o desenvolvimento na Europa da indústria energética, poderá ser o motor do desenvolvimento económico, dando simultaneamente a oportunidade dos europeus viverem de uma forma sustentável num longo prazo. Como Piebalgs afirma, investir em energias renováveis será a oportunidade dada a União Europeia para se colocar à frente da Terceira Revolução Industrial, bem como os EUA se antecederam à Segunda.
Patrícia Bogas
Bibliografia:
- http://www.portal-energia.com/
- http://www.erec.org/
- Jornal de negócios 20/10/2009
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular "Economia Portuguesa e Europeia", do Curso de Economia (1º ciclo), da EEG/UMinho]
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