O conceito de I&D (investigação e desenvolvimento) designa um conjunto de atividades
ou trabalhos criativos executados de forma sistemática e com vista ao aumento
dos conhecimentos humanos, bem como à utilização desses mesmos conhecimentos em
novas aplicações.
Este conceito engloba três categorias de atividades: a investigação
fundamental, a investigação aplicada e o desenvolvimento experimental.
A investigação fundamental consiste em trabalhos experimentais ou teóricos
que têm como finalidade a obtenção de novos conhecimentos científicos sobre os
fundamentos dos fenómenos e factos observáveis. A investigação aplicada, tal
como a investigação fundamental, tem como objetivo a aquisição de novos
conhecimentos, mas com uma finalidade pré-determinada. Esta consiste em
trabalhos originais. Por fim, o desenvolvimento experimental consiste na utilização sistemática
de conhecimentos existentes com vista a fabricação de novos materiais, produtos
ou dispositivos, bem como à instalação de novos processos, sistemas ou
serviços.
Em 2017, o I&D representou 1,33% do PIB portugês. Da despesa total
investida, 51% foi feita pelo setor das empresas, seguindo-se o ensino superior
com 43%. As empresas garantiram a maior parte do aumento em relação a 2016,
investindo mais 139 milhões do que no ano passado, enquanto no Ensino Superior
se investiu mais 24 milhões do que em 2016. O Estado e instituições privadas
sem fins lucrativos asseguraram, respetivamente, 5% e 2% do investimento.
É fundamental o investimento em I&D para que as nossas
empresas se tornem mais produtivas, para que estas criem melhores produtos e
produtos mais inovadores. Este investimento é necessário para conseguirmos
exportar mais bens e serviços de alto valor acrescentado. Só assim a nossa economia
pode progredir e o país criar condições para crescer sustentadamente.
Deve-se
aumentar a despesa em I&D pública e privada, através de estabilidade na
inovação. Esta estabilidade pode ser conseguida através de: aumento do emprego
qualificado e científico associado a atividades de I&D empresarial; apoio a
capacitação das pessoas e organizações para a transformação digital; reforço
das ligações entre os ‘atores’ do sistema de inovação (empresas, universidades,
instituições de I&D, centros tecnológicos, centros interface e outros), criando oportunidades de orquestração
de atividades, preferencialmente à escala global; definição, estrutura e apoio
no desenvolvimento de agendas de inovação orientadas para a criação de valor
económico e social; entre outras.
Em suma, é
muito importante o investimento em I&D para que Portugal possa competir com
os outros países de igual para igual.
Adriana Ferreira
Bibliografia:
·
Observador
·
Jornal Público
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho
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