Denominada
nos seus primórdios de Bracara Augusta, esta tem vindo a destacar-se com um
crescimento bastante acentuado em várias perspetivas. Isto traduz-se num
dinamismo a nível nacional, o que lhe permite ser comparada com inúmeras
cidades europeias. Prova desse dinamismo foi a classificação de
melhor cidade para se viver em Portugal no ano de 2016, bem como o 1º lugar na
categoria Norte com mais de 20 mil habitantes nos “Prémios Municípios do Ano-
Portugal 2018”.
Como já enunciado, o
sucesso de Braga fez-se sentir também a nível europeu uma vez que foi
considerada, entre 83 localidades europeias, como a 12ª com melhor qualidade de
vida, segundo a Comissão Europeia, no ano de 2016. Neste Eurobarómetro referente
à qualidade de vida são utilizados critérios como: satisfação e visão dos cidadãos no que
diz respeito à sua cidade, questões ambientais, situação pessoal do
entrevistado e, por fim, as três questões mais importantes que se colocam na
sua cidade perante10 questões.
No que respeita a cuidados de saúde, a cidade dos arcebispos ocupou a
segunda posição quando comparada aos restantes municípios portugueses. Aliás, o
Hospital de Braga, uma parceria público-privada, foi considerado o melhor do
país no ano de 2017 perante a excelência clínica, segurança do doente,
adequação e conforto das instalações, focalização no utente e satisfação do
mesmo. Este hospital, no ano em questão, realizou 452.553
consultas externas e a satisfação demonstrada no inquérito feito pelo hospital
aos seus utentes no campo das 5 linhas de atividade foi notório: 84,8%
de satisfação.
Já no que concerne a serviços culturais, destacou-se como a quarta
cidade europeia que melhor avalia os serviços culturais ao seus dispor e, neste
sentido, podemos destacar o papel, por exemplo, do Theatro Circo, que em 2017 gerou
uma receita de 1.799.287,00€, ou até mesmo das atuais promoções nos bilhetes de
cinema para atrair cada vez mais pessoas ao cinema. Mais recentemente, a
construção do Altice Fórum Braga promete trazer inúmeros visitantes a Braga bem
como proporcionar atividades culturais aos residentes pelo que será um ponto
forte para os próximos anos.
Além disso, atividades como é o caso da Noite Branca possibilitam aos
turistas e bracarenses momentos de lazer e cultura. Esta conta com mais de 500
mil pessoas e destaca-se como uma atividade que permite um maior dinamismo à
cidade.
Por outro lado, foi
considerada a terceira com maior evolução na recetividade a cidadãos
estrangeiros e na avaliação que faz dos seus espaços verdes.
A
grande maioria dos bracarenses (97%) vivem felizes na cidade e, por isso, em 2016,
a mesma ficou colocada na terceira posição relativa a esse parâmetro, apesar de
a partilhar com outras grandes cidades, como é o exemplo de Málaga ou
Estocolmo. Tal sucede devido a um ponto bastante importante: baixo preço de
habitação quando comparado com outras cidades portuguesas. Apesar de atualmente
a pressão imobiliária se fazer sentir em todo o país, este continua a ser um
ponto a favor na escolha de um local para viver.
Ademais,
a Universidade do Minho é também motivo de alegria uma vez que a qualidade do
ensino se distingue, potenciando a implantação de empresas multinacionais com
fortes necessidades de trabalho especializado, como é o caso da Bosch. São mais
de 18 mil os estudantes que integram este estabelecimento, originários
dos vários pontos do país bem como de outros países e são diversas as
multinacionais implantadas.
Toda a vitalidade inerente deve-se, como já
seria expetável, por ser uma das mais
jovens em Portugal, com 46% de jovens. Aliás, no ano de
2012, foi considerada Capital Europeia da Juventude e, já no ano de 2016, Capital
Ibero-Americana da Juventude. Além disso, no presente ano é Cidade Europeia do
Desporto.
Na minha opinião, Braga
tem um forte potencial de crescimento em virtude dos jovens e do investimento
direto estrangeiro, podendo até evidenciar um papel mais vincado na esfera
nacional e, consequentemente, fazer frente a outras cidades europeias, até
porque as iniciativas ao longo dos anos não estagnaram, tal como comprovado.
Concluindo, todo o
sucesso da cidade resulta, além de não estar perante um declínio populacional,
sendo até das que têm mais jovens residentes, do facto de ser um dos maiores
criadores de empresas e, para além disso, ser um município que atrai muito os
turistas, tendo em conta o rol de monumentos ricos em história, segundo a
InvestBraga.
Deste modo, a resposta à
inicial questão confirma-se: Braga é realmente uma cidade para visitar, viver e
investir.
Célia Catarina Barbosa Santos
Referências:
- Fórum das Cidades
- InvestBraga
- Jornal de Negócios
- Diário do Minho
- Diário de Notícias
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
Sem comentários:
Enviar um comentário