A tecnologia foi-se infiltrando
nas nossas vidas e atualmente está bastante presente no nosso dia-a-dia. As
novas tecnologias tomaram um escala e um poder gigante, que tem colocado
questões sobre os vários perigos que nos trouxeram ou virão a trazer, e até que
ponto nós podemos manter o controlo.
Olhando para o passado, é
possível identificarmos alguns marcos na história que precederam esta revolução
industrial.
A 1ª Revolução aconteceu
entre 1760 e 1840 e foi movida pela máquina a vapor. Estas máquinas facilitaram
os trabalhos manuais, que começaram a ter o auxílio de máquinas.
A 2ª Revolução teve
início no final do século XIX, tendo como principais inovações o uso da
eletricidade, a linha de montagem e a produção em massa. A linha de montagem de
Henry Ford tornou-se o símbolo da indústria da época, pois permitiu alargar a
produção, tornando-a mais rápida e barata.
A 3ª Revolução começou na
década de 60, com o domínio informático, levando, em 1990, ao boom da internet e das plataformas
digitais.
A geração X foi concebida
numa fase de transição e de entrada no mundo tecnológico, sendo a geração Y (millennials) a primeira que,
efetivamente, nasceu envolvida neste meio. Esta geração desenvolveu-se numa
época com grandes avanços tecnológicos e rodeada por todas estas inovações. Verifica-se
então uma diferença entre estas gerações no à-vontade com as tecnologias e na
capacidade de adaptação à sua presença nos trabalhos do dia-a-dia.
A Revolução 4.0 surge
após estes três processos históricos e traz consigo uma tendência para a
automatização total das fábricas. A revolução tecnológica terá um enorme
impacto no mercado de trabalho, exigindo novas competências, implicando uma
constante aprendizagem e adaptação. O facto de os computadores e máquinas
estarem a tornar-se cada vez mais rápidos que os humanos tem levado a uma taxa
crescente de substituição dos humanos por robôs.
As áreas de engenharia,
matemática, ciências e computação deverão criar novos empregos, havendo uma
previsão de aumento na ordem dos 20%. No entanto, apesar dos empregos do futuro,
prevê-se que cerca cinco milhões de empregos sejam extintos até 2020, segundo o
relatório "The Future of Jobs", de
2016, do World
Economic Forum. Neste cenário de inovação, irá haver um aumento do fosso
entre quem tem baixa qualificação e alta qualificação, o que pode criar maior
desigualdade social e um “novo tipo de proletariado”.
Vários países estão a
fazer investimentos de forma a acompanhar esta revolução tecnológica. De acordo
com o relatório do Fórum Económico Mundial, de 2016, os setes países à frente
nesta quarta revolução são: Singapura, Finlândia, Suécia, Noruega, Estados
Unidos, Israel e Holanda. Segundo estudos da consultora Accenture, em 2015, um aumento da escala industrial desta revolução
poderia gerar 14,2 biliões de dólares na economia mundial nos próximos 15 anos.
Na maioria dos casos,
esta inovação tecnológica é vista como algo positivo e que vai melhorar a
qualidade de vida e a economia. No entanto, nem
todos veem o futuro com esse otimismo. As pesquisas refletem preocupações de
alguns empresários com esta crescente robotização, temendo que se dê o
"darwinismo tecnológico", onde aqueles que não se adaptam não
conseguirão sobreviver.
Ana
Rita Jordão Macedo
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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