Uber
é uma aplicação para smartphones que
se destina a movimentar pessoas sem ser necessário ter dinheiro consigo, pois o
método de pagamento é o efetuado pelo telemóvel. Este conceito é uma nova
alternativa aos táxis, uma alternativa mais em conta ou low cost, como é frequentemente descrita. Apesar de ter apenas 5
anos, este conceito espalhou-se muito rapidamente. É visível que esta conceção
mostra uma eficácia notória e uma qualidade e segurança que não se podem deixar
de elogiar. Em Portugal, na atualidade, pode-se usufruir deste tipo de
transporte em quase todas as cidades. Para conseguir viajar com esta empresa,
apenas é preciso criar uma conta na aplicação e solicitar um carro através da
mesma.
O que se vem assistido ao longo dos
anos em relação aos taxistas é triste. A maioria destes profissionais só pensam
em formas de aumentar o seu lucro e negligenciam os seus clientes. Um exemplo
disto é o facto de, por usar a bagagem num táxi, o cliente ser taxado de novo,
enquanto que num Uber o preço não se altera.
O conceito “uber” assusta os taxistas, e
a prova disso, que já me aconteceu a mim, numa viagem de táxi para casa, surgiu
na conversa com o taxista. Ele disse-me “não confie nisso menina, o uber não
presta”, onde eu só consegui pensar, que esse é o pensamento dele porque lhe
roubam clientes.
Foi apresentado acerca de 2 anos, em
Lisboa, na Web Summit, a parceria da
Uber com a Nasa. Este acordo defende que nem todos os Uber têm de andar no
chão. Espera-se um conjunto de veículos voadores elétricos que consigam prestar
o mesmo serviço que os carros, mas utilizando meios mais rápidos, os UberAir. O
acordo visa o desenvolvimento de tecnologia que permita disponibilizar este
conceito em algumas cidades dos Estados Unidos da América. Isto será uma boa
oportunidade de investimento tendo em conta pessoas que têm destinos mais
longínquos.
Atendendo que para estes veículos serão necessários outros meios e
locais para a descolagem e aterragem, a Uber está atualmente a trabalhar com
uma empresa de investimento imobiliário para a construção desses mesmos locais.
O objetivo será que os UberAir possam descolar e aterrar verticalmente, onde
poderão ser carregados com energia elétrica.
Eu acredito que esta inovação tenderá a mudar
o paradigma vigente sobre o transporte de pessoas, fomentando o investimento na
área imobiliária e poupando tempo e dinheiro a quem procura viagens
relativamente longas, constantemente.
Voltando agora ao caso de Portugal, a
empresa em questão julga que a legislação não está devidamente atualizada e é
necessário uma mudança. Para tal, vários motoristas destas plataformas, não só
a Uber mas também Taxify, entre outras, marcaram presença na cidade de Lisboa
através de uma marcha lenta com cerca de 2000 viaturas, caso a aprovação da lei que regula o setor não avançasse no Parlamento em
novembro do ano em que este tipo de transporte se inaugurou em Portugal.
Creio que todos
estes motoristas estão a ser conscientes nas suas decisões, pois é possível
assemelhar esta marcha lenta a uma conjunção de uma greve e de um protesto. Uma
vez que ambos acontecem frequentemente em Portugal, concordo com o facto de
também este setor mostrar o seu descontentamento desta forma.
Recentemente,
a chefe do Uber para o sul da Europa, Giovanna D'Esposito, classificou Portugal
como "modelo de ouro" da sua empresa. A economia compartilhada não se tornou apenas um fator econômico
importante, assim como os portugueses participam dela com um grande entusiasmo.
O problema são que pessoas que atuam em categorias como motorista de Uber não
conseguem ganhar muito. E é por isso que economistas e alguns poucos políticos
duvidam que o negócio de compartilhamento efetivamente funcione.
Um desses políticos é o esquerdista José Soeiro, que diz considerar a "indústria compartilhada uma "maldição" em vez de uma "bênção", apontando que é por isso que o seu partido é um dos poucos a exigir mais regulamentação sobre o negócio de plataformas de internet: "O boom da economia compartilhada em Portugal deve-se ao fato de ela se realizar num espaço quase sem legislação". E o governo não ousa enfrentar o problema, acrescentou. "Tivemos a grande crise e agora o turismo é um fator econômico importante, o desemprego caiu, ninguém quer se preocupar com o Uber ou o Airbnb", apontou Soeiro. Mesmo que isso crie empregos precários e promova um trabalho autônomo enganador, acrescentou.
Para terminar, gostaria de deixar a minha opinião favorável ao Uber, talvez não para os trabalhadores, nem para o estado, mas sim uma opinião favorável como utilizadora deste serviço, sendo muito mais rápido e barato do que, por exemplo, um táxi.
Um desses políticos é o esquerdista José Soeiro, que diz considerar a "indústria compartilhada uma "maldição" em vez de uma "bênção", apontando que é por isso que o seu partido é um dos poucos a exigir mais regulamentação sobre o negócio de plataformas de internet: "O boom da economia compartilhada em Portugal deve-se ao fato de ela se realizar num espaço quase sem legislação". E o governo não ousa enfrentar o problema, acrescentou. "Tivemos a grande crise e agora o turismo é um fator econômico importante, o desemprego caiu, ninguém quer se preocupar com o Uber ou o Airbnb", apontou Soeiro. Mesmo que isso crie empregos precários e promova um trabalho autônomo enganador, acrescentou.
Para terminar, gostaria de deixar a minha opinião favorável ao Uber, talvez não para os trabalhadores, nem para o estado, mas sim uma opinião favorável como utilizadora deste serviço, sendo muito mais rápido e barato do que, por exemplo, um táxi.
Ariana Da Cunha Alves
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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