Este é um dos temas mais debatidos na nossa
sociedade, muitas vezes levado a exaustão, no entanto, como desperta em mim uma
preocupação crescente, decidi abordá-lo mais uma vez.
Desde há mais de dez anos que a taxa de
desemprego em Portugal tem vindo a aumentar, em proporções que assustam quer os
trabalhadores quer os portugueses em geral. No entanto, esta subida nem sempre foi
gradual. Mais o menos até 2008, teve esse comportamento mas nos anos seguintes
a subida foi mais acentuada. Esse agudizar deveu-se em muito à crise financeira
que se instalou na economia portuguesa, e que dura até aos dias de hoje.
Os motivos que levam ao desemprego são diversos.
Um que se denota com frequência na nossa sociedade tem a ver com as
qualificações dos trabalhadores ficarem obsoletas, ou seja, como os
trabalhadores com mão-de-obra pouco qualificada não conseguem fazer face a
trabalhos mais elaborados e exigentes. Esta situação leva o desemprego de longa
duração a aumentar.
Os recém-licenciados também sofrem e de maneira
significativa com a falta de emprego, tanto que a taxa de desemprego deste
grupo é mais elevada do que a taxa de desemprego geral. Muitos licenciados
estão condenados a nos tempos posterior à licenciatura a não exercerem a
profissão para a qual estudaram tantos anos no seu pais, levando a que muitos
emigrem ou exerçam profissões para as quais não estão qualificados.
Por último e não menos importante, tem a ver com
o subsídio de desemprego. Esta componente que o Estado atribui aos desempregados,
como forma de os ajudar a sobreviver enquanto não encontram outro emprego, não
apresenta pontos positivos pois este subsídios muitas vez prolongam o tempo de
desemprego dos indivíduos desempregados. Esse rendimento que recebem é o
suficiente para que estes não queiram procurar emprego e se acomodem com a
situação.
Para melhor nos elucidar em termos
quantitativos, apresento algumas percentagens: no segundo trimestre de 2012, a taxa de desemprego
é de 15%, sendo que classe etária juvenil representa 35,5% dessa taxa; em 1980 a taxa de desemprego
era de aproximadamente 7,8% e na classe etária juvenil de 30%.
Dados relativos à duração do desemprego podem
ser expressos nos seguintes números: cerca de 374 milhares de desempregados já
estavam desempregados há mais de 1 ano e 331 milhares há menos de um ano, isto
em 2011.
O desemprego é uma vertente da economia que mais
têm afetado a economia e os seus cidadãos, sendo um motivo de preocupação
crescente, não se avistando melhorias nem reduções que tanto são prometidas.
Este fenómeno tem efeitos quer sociais, quer económicos, ou seja, desemprego
significa menor rendimento, que consequentemente diminui o poder de compra e leva
a que a economia não possa evoluir e desenvolver-se. A nível social, os efeitos
na população não são melhores, pois o desemprego afecta as atitudes e os
comportamentos dos portugueses, que muitas vezes entram em desespero por não
terem fonte de rendimento. O desemprego é um fenómeno socioeconómico.
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