sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Previsões de Bruxelas

Como todos os anos, a Comissão Europeia publica as previsões económicas de Outono para 2013. Desta publicação constam projecções, entre outras variáveis, para o crescimento, défice, inflação e desemprego em todos os Estados-membros da União Europeia. Como era de esperar (e sem grande novidade), as projecções não são animadoras para nós, europeus.
Depois das previsões de Primavera revelarem um futuro pouco auspicioso, as recentes previsões demonstram uma descida destas expectativas. 
Destas novas previsões constam o crescimento económico de apenas 0.1% para a zona euro e de 0.4% no conjunto da União Europeia, bastante inferiores às respectivas previsões do passado ano, que antecipavam um crescimento de 1.5% para a zona euro.
Enquanto em Maio Bruxelas projectava taxas de desemprego para 2013 de 11% na zona euro e 10,3% na UE, agora avança valores recorde de 11,8% no espaço da moeda única e de 10,9% no conjunto dos 27 estados membros.
Apesar das contínuas más notícias, a Comissão prevê uma melhoria e um maior crescimento económico para 2014, embora a Comissão Europeia esteja mais pessimista que o Governo e que a 'troika' quanto ao crescimento da economia portuguesa.
Como lembrou o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi: «Olhando para o próximo ano, é esperado que o impulso do crescimento se mantenha fraco. Continua a ser apoiado pelas nossas medidas de política monetária padrão e excepcionais».
Com estas baixas expectativas e crescimento fraco europeu, o “zé povinho” não tem outra solução a não ser fazer novos buracos no cinto e esperar que a “fome” passe.

Ana Inês Subtil

[artigo de opinião desenvolvido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]

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