As empresas fintech tem-se desenvolvidos bastante nos últimos anos, quer em Portugal quer no resto do mundo. Estas empresas surgiram em 2008, após a crise financeira, sendo uma alternativa aos bancos tradicionais, fornecendo créditos, entre outros serviços, de forma mais acessível e não sendo necessário a deslocação a um balcão físico para poder usufruir destas vantagens. O acesso é fornecido através da internet, conseguindo-se fazê-lo facilmente num computador, tablet ou smartphone. Assim, a crise de 2008 criou um novo paradigma, uma forma totalmente diferente de exercer a atividade financeira que mudou a realidade de milhares de pessoas. Serão estas empresas capazes de substitir por completo os bancos tradicionais?
No que se refere à Europa, esta tornou-se um foco bastante grande para este tipo de empresas, conseguindo inclusive estar à frente da Ásia tanto em número como em montante de rondas de investimento, segundo o jornal Expresso. A comissão europeia tomou então medidas de ajuda a estas empresas, de forma a que as empresas e os investidores europeus possam facilmente tirar vantagens deste novo mercado que se encontra em rápida evolução.
No que concerne a Portugal, o panorama não é muito diferente do resto da Europa, tendo tido enormes evoluções nesta nova tecnologia. Segundo o Portugal Fintech Report 2020, um estudo sobre este setor em Portugal, a Fitech house é um lugar físico onde as startups podem desenvolver as suas próprias soluções em contacto com todo o ecossistema, desde um maior contacto com os bancos, seguradoras, entre outros. É um mercado ainda muito voltado ao B2B (business to business), não sendo muito conhecido do público.
Apesar de toda a crise pandémica, estas empresas continuam a ter um enorme sucesso, conseguindo este ano mais de 275 milhões de investimento. Em Portugal, este ano conseguiram emergir sete fintech e ainda houve oito fintechs internacionais que começaram a operar no terreno nacional.
Portanto, este mercado ainda está numa fase bastante inicial, mas encontra-se em grande evolução. Tem sido uma grande oportunidade para desenvolver a economia de Portugal uma vez que traz enormes financiamentos de estrangeiros e a criação de alguns postos de trabalho. No entanto, ainda não consegue substituir por completo todos os papéis dos bancos tradicionais, servindo apenas como um bem complementar.
Carlos Marinho
Bibliografia:
· Jorna de Negócios
· Portugal Fintech Report 2020
· Expresso
· Comissão Europeia
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]