Quem hoje não tem um
computador ou mesmo acesso á internet? Actualmente não há dúvida que quase toda
a gente já acedeu á internet pelo menos uma vez. A sociedade moderna recorre
sempre às novas tecnologias, principalmente nas áreas de educação. Os
estudantes, sempre que necessitam de informação, recorrem à internet. A
sociedade ainda lê com frequência mas tem outro tipo de leitura sendo estes
documentos ou artigos oriundos da internet, a prática de ler um bom livro como
nos velhos tempos diminuiu bastante. Sem dúvida que posso dizer que vivemos
numa “sociedade de informação”. Esta, está em constante mudança e expansão e
detém um elevado nível de informação. Contudo, devido a estas características a
SI trás modificações sociais (modificação na estrutura ocupacional da
sociedade), culturais (globalização cultural com interatividade sem limites) e
político-económicas (crescimento de empresas á escala mundial).
Segundo Castells (2000), a
sociedade de informação tem as seguintes características: a informação é a sua
matéria-prima, isto é, ao contrário do que acontecia no passado, as tecnologias
desenvolvem-se para que o homem possa “trabalhar” sobre essa informação; e é
flexível, porque possibilita a constante mudança na sociedade/mercado.
Com o desenvolvimento e
expansão das tecnologias e também devido á flexibilidade da SI o mercado tornou-se
mais eficiente, competitivo e ocorreu uma diminuição da degradação do meio
ambiente. Em relação ao capital, a flexibilidade contribui para a adaptação dos
trabalhadores, consumidores e produtores através do melhoramento técnico e
intelectual de acordo com as progressivas mudanças no mercado de trabalho.
Contudo a SI não detêm
apenas vantagens para a sociedade, esta também pode ser caracterizada por
discriminação/exclusão quer entre países, empresas ou pessoas devido á
informação que detêm. De acordo com Leal (1996) a SI pode ser responsável por
desemprego devido á falta de qualificação e perda de comunicação interpessoal
associada com a perda de identidade, devido à crescente sociedade virtual. Em
relação ao desemprego tecnológico, este deve-se ao aumento de substituições de
postos de trabalho por novas tecnologias o que requer da mão-de-obra novas
qualificações e readaptação sendo que este período de adaptação pode ser longo.
Outro tema sensível é a
educação da SI. Esta actualmente tem um domínio das tecnologias, obtenção fácil
e rápida de informação, interactividade e rapidez de mudanças. Nos dias de hoje,
a sociedade exige dos estudantes uma maior ampliação da informação, como o
domínio de várias línguas, capacidade de interagir com outras pessoas no mundo
de trabalho e como reagir aos problemas deste e também exige um espírito
criativo e arrojado. Por isso, os docentes têm de repensar num ensino adequado
à nova sociedade em que o seu principal objectivo não é transmitir uma grande
quantidade de informação mas pensar em maneiras de estimular o aluno a
desenvolver habilidades para ajuda-lo a lidar com as informações disponíveis.
A sociedade actual não é
estática, está em constante mudança devido principalmente ao desenvolvimento
tecnológico.
É claro que é desejável
impulsionar a SI, pois ela oferece mais conhecimento, estimula a aprendizagem,
tem a capacidade de arranjar soluções para as empresas de maneira a que sejam
mais eficazes e amigas do ambiente de maneira a proporcionar o bem-estar
coletivo e individual.
Em jeito de conclusão acabo
com a declaração política do G8 (Fevereiro de 1995), “ As TIC’s estão a mudar a
forma como vivemos: como trabalhamos e fazemos negócios, como educamos as
nossas crianças, estudamos e investigamos, nos treinamos a nós mesmos e como
nos divertimos. A sociedade de informação não afecta apenas como as pessoas
interagem, mas requer também que as organizações tradicionais sejam mais
flexíveis, mais participativas e descentralizadas”.
Dulce
Silvana Miranda Matos
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade
curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º
ciclo) da EEG/UMinho]
Sem comentários:
Enviar um comentário