As pequenas e médias empresas (PME) desempenham
um papel económico e social muito importante. Este papel é extremamente
apreciado em períodos de crise e de agravamento do desemprego, como o que
atravessamos.
Em particular, o desenvolvimento das PME
proporciona várias possibilidades de emprego, o que pode contribuir para
reduzir a taxa de desemprego, contribuindo para o bem-estar das comunidades
locais e regionais. Por outro lado, o desenvolvimento do sector das PME pode
reforçar a concorrência e a produtividade, estimulando, por conseguinte, o
crescimento do rendimento global e do rendimento per capita.
O tecido empresarial português é principalmente
feito de pequenas empresas, responsáveis por grande parte do emprego da
mão-de-obra nacional. Estas são as PME que, por gerarem quase dois terços do
PIB, concentram grande parte das atenções.
De acordo com os dados fornecidos pelo INE, em
2011, existiam cerca 1,1 milhões de PME, o equivalente a 99,9% do conjunto de
empresas em Portugal. No
mesmo ano, 78,5% da mão-de-obra empregada trabalhava nas empresas de menor
dimensão.
Apesar de 99,9% das empresas serem PME, estas eram
responsáveis em 2011 por 58,8% do volume de negócios total gerado em Portugal. Ainda
assim, uma percentagem elevada já que as PME são, por definição, pequenas
empresas com menos de 250 trabalhadores e com um volume de negócios menor ou
igual a 50 milhões de euros.
O forte peso das PME na economia nacional é
acompanhado de uma significativa contribuição destas empresas para o PIB. Os
dados do INE, para 2011, revelam que as PME foram responsáveis por 61,1% do
valor acrescentado bruto. Ou seja, quase dois terços do que se produz em
Portugal vem de empresas de pequena e média dimensão.
Todavia, as PME vêem-se muitas vezes
confrontadas com deficiências do mercado, pois têm dificuldade na obtenção de
financiamento, designadamente na fase de arranque, e os seus escassos recursos
podem igualmente reduzir o acesso a novas tecnologias. As PME são efectivamente
confrontadas com problemas que não são comuns às grandes empresas, nomeadamente
o acesso a recursos financeiros e humanos.
Entre as principais
vantagens, comparativamente às grandes empresas, as PME têm actividades diversificadas e estruturas de
mercado flexíveis que favorecem respostas rápidas às mudanças no mercado
e têm a capacidade de aproveitarem mais facilmente os diversos nichos de
mercado. Estas características são importantes vantagens no contexto económico
actual, marcado pela incerteza.
Concluindo, é um facto
de que as PME são indispensáveis para o alcance do crescimento económico, a
criação de empreso e a coesão económica e social. Além disso, para revitalizar
a economia, Portugal necessita de mais pessoas dispostas a tornarem-se
empreendedores. Assim, na minha opinião, é fundamental o apoio às pequenas e
médias empresas, na promoção de um ambiente favorável. Sendo essencial tomar
medidas para resolver as ineficiências do mercado que continuam a persistir e
que constituem um obstáculo ao seu potencial de desenvolvimento,
limitando o acesso das PME à inovação, às tecnologias de informação e ao
financiamento.
Rafaela Silva Ribeiro
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
[artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3º ano do curso de Economia (1º ciclo) da EEG/UMinho]
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