Os portugueses estão a poucos dias de conhecer as boas e as más noticias que o orçamento de estado para 2015 vai trazer para o seu bolso. No momento em que as equipas da coligação governamental afinam as medidas a incluir no documento que irá dirigir a gestão dos dinheiros públicos ao longo do próximo ano, os portugueses têm aqui uma óptima oportunidade para redigir o seu orçamento.
Assim sendo, com o lançamento do novo orçamento será a oportunidade ideal para rever as finanças pessoais, de forma a optimizar o orçamento de cada família para o próximo ano. É de salientar que a espectativa da apresentação do novo orçamento do estado para o próximo ano não sofra grandes alterações face ao do ano corrente, podendo mesmo beneficiar alguns portugueses com maior folga orçamental. No exemplo das pensões mais altas (acima de 4611,42 euros) já se sabe que estas vão ser submetidas, no ano seguinte, à Contribuição Extraordinária de Solidariedade (CES). Relativamente às pensões mínimas, também sofrerão aumento, enquanto os casais de desempregados com filhos devem aumentar a majoração de 10% no subsídio de desemprego. Espera-se também que exista a possibilidade de uma descida do IRS para as famílias portuguesas. Por outro lado, ficou comprometido no orçamento de estado a devolução de 20% dos cortes salariais aos funcionários públicos, em 2015.
No entanto, é importante sublinhar a necessidade de as famílias não se entusiasmarem com a folga orçamental, uma vez que isso poderá fazer com que gastemos mais sem obtermos necessariamente mais satisfação pessoal com os gastos. Teremos que ter em atenção também que os limites orçamentais e a poupança são princípios base para uma boa política de orçamento familiar. Consequentemente, na elaboração de um plano anual devem constar todas as receitas e despesas, incluindo as ocasionais e as periódicas. Essa deve, por isso, ser a primeira medida que as famílias devem tomar logo no arranque do ano, para evitar meses de sufoco financeiro e rentabilizar o seu orçamento anual. Este trabalho deve ser elaborado por toda a família, incluindo uma verba que lhes permita obter os objectivos de médio e de longo prazos. Logo, para este trabalho ser realizado, é necessário que todos os elementos da família conheçam os objectivos financeiros para que haja equilíbrio das contas. O orçamento familiar pode ainda ser afinado de outra forma, como diminuir as despesas, ou seja, é necessário respeitar e monitorizar o fluxo de despesas e receitas ao longo de cada mês.
Estes cuidados, conjuntamente com a definição de uma poupança regular, de forma automatizada, gastar de forma equilibrada, respeitando os limites do orçamento, e investir de acordo com o perfil e os objectivos pessoais são as principais matrizes para ajudar os portugueses na construção e na gestão do orçamento familiar para o próximo ano.
Jorge Inocêncio Dias
[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3° ano do curso de Economia (1° ciclo) da EEG/UMinho]
[Artigo de opinião produzido no âmbito da unidade curricular “Economia Portuguesa e Europeia” do 3° ano do curso de Economia (1° ciclo) da EEG/UMinho]
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